quinta-feira, junho 25, 2009

Pieter Bruegel o Velho - A Queda dos Anjos Rebeldes

Pieter Brueghel, "O Velho" nasceu em Breda, 1525/1530 e morreu em Bruxelas, 9 de Setembro de 1569 .Foi um pintor da Flandres, célebre por nos seus quadros retratar paisagens e cenas do campo.
Pieter Brueghel, conhecido como Pieter Brueghel, "O Velho" (para distinguí-lo de seu filho mais velho), foi o primeiro de uma família de pintores flamengos. Assinou como Brueghel até 1559.Depois seus filhos retiraram o "h" do sobrenome.
P. Bruegel ,"O Velho", considerado um dos melhores pintores Flandres do século XVI, é o membro mais importante da sua família, uma vez que o seu filho, também pintor, nunca teve reconhecimento idêntico ao do pai. Foi admitido como mestre na Guilda de São Lucas com 26 anos, em 1551, e aprendiz de Coecke Van Aelst artista de Antuérpia, escultor, arquiteto e "designer" de tapeçarias e vitrais. É nesta altura que Bruegel viaja para a Itália, onde produz uma série de pinturas, a maior parte das quais representando paisagens. A sua primeira obra assinada e datada foi produzida em Roma, em 1553.
Em 1553, se estabeleceu em Antuérpia e dez anos depois mudou para Bruxelas permanentemente. Casou-se com Mayken em 1563, filha de Van Aelst, seu mestre.
O objectivo da sua viagem a Itália era aprender as formas de pintar dos mestres Renascentistas permanecendo , como interno, uma temporada no atelier de um professor Siciliano.
Bruegel ficará conhecido por ser um pintor de multidões e de cenas populares. Além da sua predileção por paisagens, pintou quadros que realçavam o absurdo na vulgaridade, expondo as fraquezas e loucuras humanas, que acabaram por lhe trouxer muita fama. A mais óbvia influência sobre sua arte é de Hieronymus Bosch, em particular no início dos estudos de imagens demoníacas, como o “Triunfo da Morte” e “Dulle Griet”, 1562. Foi na natureza, no entanto, que ele encontrou seu maior inspiração, sendo identificado como um mestre de paisagens. Bruegel é muitas vezes tido como o primeiro pintor ocidental a pintar paisagens para as suas próprias razões, e não como um pano de fundo histórico qualquer.Retratava a vida e costumes dos camponeses, a sua terra, uma vívida descrição dos rituais das aldeias, da vida, incluindo a agricultura, a caça, as refeições, as festas, danças e jogos. As suas paisagens de inverno de 1565 (por exemplo “Caçadores na Neve”) são hoje tidas como provas corroborativas da gravidade dos invernos durante a Pequena Era Glacial.
Utilizando um abundante espírito cômico, criou algumas das primeiras imagens de protesto social na história da arte. Exemplos disso, são as suas obras “O Combate do Carnaval e da Quaresma” (uma sátira dos conflitos da Reforma), e "A Torre de Babel". Na obra "O Combate do Carnaval e da Quaresma",Bruegel representa o princípe Carnaval obeso, representando os Protestantes, e os Católicos são representados por um indivíduo magro e triste ataviado com uma colmeia na cabeça!
Bruegel no fundo procurava caricaturar tanto uns como outros.
Nas composições "A Pequena Torre de Babel", e "A Grande Torre de Babel". Bruegel, cria uma composição em que essa torre referenciada na Biblia se ergue até ao céu, sendo uma interpretação de desmesura e de orgulho do Homem perante Deus.Pelo menos três vezes Bruegel, tomou por motivo a Torre de Babel. Duas versões chegaram até nós, a "grande "Torre encontra-se num Museu em Viena, a "pequena" num Museu em Roterdão.
Este quadro de Bruegel que aqui aparece o Arcanjo Miguel, representado ao centro da composição, com uma armadura castanho-dourada, expulsa do Céu os anjos rebeldes a Deus. Os anjos, de túnica branca, combatem a seu lado, os anjos caídos transformando-se na maior parte em corpos nus de híbridos imaginários.No bordo superior do quadro, um segmento de círculo luminoso revela a proximidade de Deus; de facto, a parte superior, bastante celeste, é mais ordenada, menos povoada que a parte inferior, próxima do Inferno, onde os personagens caem desordenadamente e onde reina o caos.Se compararmos os anjos com as criaturas infernais repararemos que os primeiros estão vestidos com trajes de pregas fartas, deixando apenas a descoberto a cabeça e as mãos. Pelo contrário, a maior parte dos "maus" estão nus, e além disso, abrem as bocas ou mesmo o corpo, expondo alguns deles, o anús aos olhos do público. Com isso Bruegel pretende mostrar apenas a forma carnal destes, indicando assim que eles estão nos antípodas dos anjos, os seres espirituais.
Este quadro de P.Bruegel "O Velho", denominado de A Queda dos Anjos Rebeldes, 1562, ,117x162 cm, encontra-se no Museu de Belas Artes em Brugelas



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