domingo, julho 27, 2014

Na Praia

Antes de ir a banhos não resisto a colocar aqui duas telas  realizadas por   dois pintores que gosto muito. Um já abordei aqui em post anterior, falo-vos do pintor francês  Gustave Courbet e a  outra é do pintor americano, William Merrit Chase, que ganhou merecida  fama pelas belíssimas telas de mulheres, trajando quase sempre  garridos vestidos e cuja paleta cromática é qualquer coisa de outro mundo. Também as suas maravilhosas telas retratando cenas de interior são de uma beleza ímpar.
Na tela que aqui aparece,denominada de 'Na Praia', William Chase  pinta mais uma vez uma cena passada numa praia de Long Island, praia essa muito usada por si para realizar obras absolutamente fantásticas. Este pintor usava muitas vezes esta praia como cenário das suas cenas familiares, uma vez que deu aulas num centro aqui existente durante vários anos, sendo que muitas das aulas eram dadas ao ar livre.
A obra que aqui aparece, mostra uma típica praia em época da Primavera, quando ainda não está muito calor para se tomar banho, mas já suficientemente agradável para se estar sobre a areia a apreciar o mar. Assim o que aqui vemos são mulheres e crianças vestidas e com grandes e garridos chapéus a protege-las do sol forte. Sopra um ventinho forte que vai fazer com que as sombrinhas decoradas com motivos orientais e bastante garridos estejam completamente tombadas. As crianças divertem-se com a areia, enquanto as progenitoras de costas para nós vigiam-nas. O céu azul coberto parcialmente por nuvens brancas, não é impeditivo que o sol brilhe com toda a intensidade. O mais incrível nesta tela é a sensação de movimento que o artista dá às suas personagens e às sombrinhas que parecem voar com a força do vento. Por sua vez  à esquerda da tela vemos uma mulher vestida de branco que devido ao vento parece estar prestes a cair sobre a areia!
Uma tela linda que só um grande pintor consegue criar e dar-nos a sensação que de um momento para o outro aquelas mulheres recolherão os seus pertences e se encaminharão na nossa direcção!

A outra tela que aqui surge, de Gustave Courbet, intitulada de 'Praia da Normandia', foi realizada no seu atelier e nela o artista faz uma evocação do tempo em que esteve a viver por essas bandas, após ter fugido devido aos acontecimentos  da Comuna de Paris em que esteve envolvido.
Courbet, vai aliás transpor para a telas várias  da praias da  Normandia sendo esta uma de muitas. Representada com grande realismo vemos que alguns barcos dos pescadores se encontram parados sobre uma grande extensão de areia. O que domina a tela vai ser um grande penhasco escarpado, de tremenda força compositiva. O volume desse penhasco como que domina toda a tela e nele vemos aplicadas várias tonalidades de cores que vão do vermelho ao verde. É como um colosso plantado na praia, e a sua força é-nos dada como indestrutível. Perto dele os barcos são quase de uma fragilidade trágica e as figuras dos marisqueiros que aproveitam a maré baixa para pescar na zona de areia húmida são como que meros pontos na paisagem. A língua de água que vemos é de um azul lindo e toda a restante tela é dominada pela tonalidade azul acinzentada do céu, entrecortado por nuvens maravilhosamente pintadas. A bandeira francesa esvoaça num dos mastros da embarcação que se encontra atracada na areia e não podemos deixar de pensar que o realismo com o qual está representada é maravilhoso. Uma tela soberba realizada por um pintor único.

quinta-feira, julho 24, 2014

Snowpiercer- O Expresso do Amanhã

Estreou hoje este Snowpiercer- O Expresso do Amanhã, um filme do realizador coreano  Bong Joon-ho ( realizador dos filmes("The Host - A Criatura", (gostei muito deste filme quando passou por cá há 8 anos) "Memories of Murder", "Mother - Uma Força Única") e com os actores, Chris Evans, Tilda Swinton, irreconhecível e cada vez mais camaliónica (adoro esta actriz!), Jamie Bell, John Hurt(sempre muito bem), Octavis Spencer (uma surpresa para mim, vê-la nessas andanças)Alison Pitt, Ewen Bremner, Song Kangho, Ko Asung e o grande Ed Harris, que faz sempre bem o papel de criatura maléfica.
O filme vem com boas referências, tem sido muito bem recebido nos circuitos cinematográficos e é uma distopia apocalíptica muito bem realizada.
Eu gosto deste tipo de filmes, gosto destes actores, e por isso foi com agrado que vi o filme.
É um filme violento, tem cenas arrepiantes, não é nada previsível, muito pelo contrário, há cenas absolutamente surpreendentes, o negro dos que vivem na cauda da locomotiva, contrasta em absoluto com as cores garridas e extremamente alegres dos afortunados  que vivem na frente da locomotiva, há planos de filmagem incrivelmente ousados, a história está muito bem urdida, tendo sido adaptada  da novela gráfica francesa "Le Transperceneige", criada no início dos anos 1980 por Jacques Lob e Jean-Marc Rochette.
No fundo este comboio de seu nome Snowpiecer  e que dá título ao filme, comboio esse  que gira à volta da terra sem nunca parar, levando nele o que resta da humanidade após alguns seres humanos se terem armado em deuses e com isso terem dado cabo do planeta terra, fazendo-a mergulhar  numa nova era glaciar e comandada pelo grande e 'divino' Wilford,  nada mais é do que um microcosmos representando tudo o que há de bom e sobretudo o que há de mau na espécie humana: a ganância, a maldade pura, a inveja, o ódio,  a miséria, a mais abjecta e pura tirania e o  supremo desprezo pelos mais básico princípios que fazem do ser humano um  ser racional. E como sempre acontece nestes casos em que o ser humano se vê confinado durante anos num espaço reduzido, quando explode a violência ela leva tudo à frente e aqui....literalmente....
 O filme inclusivé já foi premiado em vários festivais internacionais e penso que muito bem premiado, pois é um objecto cinematográfico muito inovador.
Pena que talvez seja passado quase incógnito, nesta época balnear em que as pessoas passam mais tempo na praia e em esplanadas do que no escurinho de uma sala de cinema. É mesmo pena, porque o filme é muito bom!

terça-feira, julho 22, 2014

P.Gouguin-Cavaleiros na Praia

Cavaleiros na Praia
Já escrevi aqui  algumas vezes sobre Paul Gauguin um pintor que  aprecio bastante.
Gauguin ganhou fama mundial com as suas telas de mulheres da polinésia francesa, mas a par disse pintou por esta altura,outras obras muito interessantes e que eu amo de coração, como é o caso da tela que aqui aparece, denominada de Cavaleiros na Praia.
A minha apreciação desta tela vai para a paleta de cores usadas pelo este pintor e aquela areia cor de rosa faz as delícias de qualquer amante da arte deste pintor.
Auto Retrato com Cristo Amarelo
Paul Gauguin fugiu para os mares do Sul à procura de um estilo de vida primitivo em que a sua arte pudesse florescer. Apesar de lhe desagradar a sociedade colonial fechada que lá encontrou, não deixou de pintar os polinésios como se fossem seres sobrenaturais que gozassem de uma liberdade total. 
O que mais aprecio neste  pintor é que ele vai então imprimir em nós a sua versão da natureza, criando formas estilizadas e bidimensionais, usando para isso cores intensas e exóticas com aquilo que poderia parecer um abandono despreocupado, mas que são cuidadosamente calculadas para produzirem o maior efeito para quem olha para a tela.
Na obra aqui presente isso acontece, pois Gauguin pinta a areia cor de rosa, não porque, sentimo-lo ele tenha "visto" nela qualquer tom rosado, mas porque só a areia rosada podia exprimir os seus sentimentos.
O amarelo que é quase sempre ou mesmo sempre usado, teria para este pintor sido demasiando intruso e real. De facto o que aqui se passa é que não se trata de  uma cena lógica mas sim mágica, e a paz e a alegria são meramente simbólicas, não literais.
É uma tela de uma fase idílica da vida, com gente delicada com cavalos de finas patas, de gente que os domina sem esforço, onde tudo é pura liberdade, onde existe uma paisagem marítima intoxicante, de céu amplo e maravilhosamente enevoado, em que homens e mulheres convivem na mais perfeita harmonia..
Uma tela magnifica, pintada por um grande pintor em estado de graça.



domingo, julho 20, 2014

Estranhos Prazeres

MAS QUE PANCA É ESTA DAS CRIANÇAS COM AS POÇAS DE ÁGUA?
É QUE NÃO HÁ UMA QUE NÃO ADORE COLOCAR LÁ OS PÉS TODA SATISFEITA!
ACHO MESMO QUE ESSE É UM DOS MAIORES PRAZERES DOS PEQUENITOS, SENÃO VEJAMOS....

quinta-feira, julho 17, 2014

Uma ida ao Porto




Eu já conhecia  a cidade do Porto uma vez que  lá vivi 2 anos quando era uma 'teenager inconsciente' como dizia o Herman José.
Penso que  é  uma cidade que  temos de aprender a amar/gostar/ apreciar...
Na altura era muito nova e apesar de apreciar lá viver, não gostava dos  invernos que são muito rigorosos. Sofria muito com o frio e isso deitava-me muito abaixo. Estava sempre com frieiras, tinha as mãos e os pés constantemente gelados, não havia casaco que me aquecesse, e pela primeira vez na minha vida tive um  'kispo'  branco tão grosso, mas tão grosso que se eu não fosse uma magrizela, passava perfeitamente por um urso polar. Só ele me aquecia o corpo e penso que também a alma. Quando chovia ficava sempre tudo tão húmido, que não apetecia sair da cama e a minha vontade era hibernar até o despontar a primavera. Fiz lá o nono ano e lembro das minhas coleguinhas rirem-se muito com as minhas expressões lisboetas e o modo como eu colocava as palavras. Eu muitas vezes não as entendia, mas entre falas mais ou menos serradas acabávamos sempre  por nos ri de nós próprias.
 Adorava era ir ao mercado do Bulhão, isso é que era uma festa, aquelas senhoras sempre a incentivarem-nos às compras, os gritos, o barulho e sobretudo aquele espaço tão colorido e cheio de vida. Gostava muito da comida, das broas, dos múltiplos pratos de bacalhau, dos famosos  'bolinhos de bacalhau' entre coisas mil .
Havia um restaurante que eu amava ir que era e é o Abadia. Meu Deus, como se como lá bem! Aquilo não é um restaurante, é um templo de boa gastronomia. Pena desta vez não ter tido tempo de lá ir.
Andar  pela Foz era maravilhoso e passear pelos arredores do Porto uma maravilha. Depois vim para Lisboa e por cá quedei-me. De vez em quando retorno a  esta cidade, e procuro ir sempre, mas sempre de comboio, porque adoro. Chegar à estação de Campanhã dá-me cá uma nostalgia dos tempos idos.
No domingo passado voltei a esta linda cidade. Fui com uma amiga que ia com a filha, visto esta querer ir ao concerto dos One Direction. A cidade fervilhava de vida tanto de gente vinda de todos os cantos do país como também do estrangeiro. Estava um tempo esplendoroso, e só atravessar a ponte que liga Vila Nova de Gaia ao Porto é toda uma  experiência única. Adoramos logo o Porto. Uma vista espectacular.
Chegadas à cidade, nada melhor que andar a pé ou visitar a cidade naqueles autocarros de dois andares. Comparamos o bilhete que faz a linha vermelha e a linha azul em dois dias  visitamos a cidade e ficamos a conhecer alguns dos belos cantos e recantos desta cidade única..
 Não há melhor. Tudo correu bem. Comemos coisas boas, visitamos coisas lindas, vimos gente bonita, o rio Douro da cor da prata, lindo de morrer... aquela Ribeira sempre a 'bombar' de gente de todos os cantos do mundo, as pastelarias cheias, o  café Magestic um polo de atracção turística, sempre com gente a fotografá-lo, a Rua de Santa Catarina um must e no fim quando nos apanhamos outra vez dentro do comboio de regresso à capital era toda uma saudade da minha parte. No bilhete de autocarro estava incluído umas degustações de vinho do Porto nas caves do dito que há em Gaia, mas já não tivemos tempo, porque querendo ver tudo alguma coisa fica para trás com grande pena minha...fica para a próxima!
Adoro o Porto e não me cansarei de lá voltar. É uma cidade linda a ver e a descobrir todos os encantos que ela tem.
Que cidade tão acolhedora!






sábado, julho 12, 2014

Uma Odisseia sem Gás

Estando agora refeita do que me aconteceu aquando de uma pequena fuga de gás que tive na minha casa, mais  concretamente na cozinha, não resisto a colocar aqui as agruras pelo que passei não para me virem cortar o gás, isso o piquete da Lisboa gás fez num instante, mas sim para me religarem
 o dito cujo.Isso sim, foi uma odisseia qua me leva a dizer que caso vos aconteça algo de semelhante, o melhor é mesmo mandarem arranjar a uma empresa particular e nunca meterem a Lisboa Gás ou outro fornecedor vosso ao barulho, porque senão têm a semana estragada e quando digo a semana é mesmo a semana, porque foi isso que me acontece.
 Estive 8 dias sem gás porque não havia quem se entendesse sobre qual das entidades deveria fazer a religação! Sim, é isso mesmo fui passada de "pôncios para pilatos" sem que alguém assumisse as suas responsabilidades sobre a dita religação.
 
Mas comecemos pelo princípio.
No princípio e ao contrário do que diz a Bíblia, não era o verbo, mas sim um cheiro a gás que se espalhava de cada vez que eu abria um armário que se situa por debaixo do meu fogão. Isso aconteceu no dia 25 de Junho da graça do Senhor.
Algo assustada fiz uma coisa que nunca mais farei, devido ao que aconteceu posteriormente. Chamei o piquete do gás da Lisboa Gás minha fornecedora. Telefonei para o número 800201722 e depois de uma longa espera, lá veio uma operadora que me passou para um outro número que não me recordo agora, pois inúmeros foram os números de telefone que liguei depois disso.
 
Certo é que depois de dizer ao que vinha a operadora disse que dentro de uma hora o piquete cá estaria na minha casa para desligar o gás. Deu-me os conselhos básicos que era de abrir janelas, etc e esperei uma hora e qualquer coisa até que o piquete viesse.O piquete, limitou-se a constatar a fuga, a desligar o gás no contador e na escada (aqui colocou um selo onde dizia que só a Lisboa Gás poderia fazer a religação), deixou-me um documento com o relatório do que aqui fez, disse-me para mandar arranjar a avaria e que depois ligasse para a Lisboa gás para a mesma tornar-me a ligar o gás.
Telefonei logo para uma empresa certificada que não podendo vir nessa 4ªa feira, agendou a intervenção para o dia 26 uma quinta feira. De facto na 5ª feira logo de manhã o técnico reparou-me a fuga de gás, colocando nova canalização e às 11.30 tinha tudo pronto.
 
A partir desse momento começou a minha odisseia de religação do gás.
 
Comecei por telefonar para o mesmo número da lisboa Gás 800201722 para me virem ligar gás e qual não foi o meu espanto quando me dizem que aquele número não era para isso e para eu ligar para outro número. No espaço de 3 horas liguei para o variadíssimos números e sempre com a mesma resposta. Não era de sua competência ligarem-me o gás e que ligasse para outro numero que me iam dando sucessivamente.
Quando não me davam número, era porque passavam para outro departamento ficando eu à espera tempo infinitos. O que sei dizer é que eram 15 horas da tarde e não tinha ainda nada de concreto pois todos os operadores me encaminhavam para outro departamento.
Acrescento que muitos operadores estão muito mal informados e dentro do mesmo serviço somos capazes de receber três ou mais respostas completamente diferentes umas das outras!
Só por volta das 15 horas é que uma operadora da Lisboa Gás (talvez a mais informadita) me disse que eu deveria telefonar para a EDP, para o número 808535353, reportar o que me tinha acontecido, dizer para a EDP realizar um pedido para a Lisboa Gás vir-me fazer a religação, ou seja era a EDP que tinha que entrar em contacto com a Lisboa gás e só assim a Lisboa gás tinha poder para vir à minha casa fazer-me a religação.
 
Essa informação deixou-me absolutamente atónita, pois nunca pensaria que a EDP pudesse ter alguma coisa a ver com a religação do gás da minha casa, posto que quem tinha desligado o mesmo era a Lisboa gás e deveria ser ela a tornar-me a ligar o respetivo gás.
Contudo, assim fiz, apesar de não ter sido fácil, pois também aqui andei de número para número sempre a dizerem-me que a  EDP não tinha nada a ver com a religação do gás da minha casa, pois isso era competência da Lisboa gás.
Após muita insistência da minha parte lá consegui uma operadora que disse-me que de facto era a EDP que tinha que pedir a religação e fez esse pedido à Lisboa gás, dizendo-me que aguardasse ao telefone enquanto ela fazia o pedido.
Aproveitei no fim, para pedir à operadora para realizar uma queixa da minha parte a todo esse disparate pelo qual eu estava a passar o que ela fez. Passados uns minutos recebi no meu telemóvel, uma msg a dizer que a minha queixa tinha sido registada, ou seja a queixa andou para a frente, a religação do meu gás não atava nem desatava!
Na passada 6 feira, dia 27, fiquei toda a manhã a aguardar que alguém aparecesse e como continuava sem gás na minha casa e sem que me tivessem dito nada, tornei a pegar no telefone e ligar a saber se a Lisboa Gás já tinha recebido por parte da EDP o pedido de religação do gás. Recebi como resposta que a Lisboa gás ainda não tinha recebido nada da EDP. Telefonei para esta e disseram-me que já tinham encaminhado o pedido para a Lisboa gás e estranhavam que a Lisboa gás ainda não tivesse recebido nada!
 
Como entrou o fim de semana, lá fiquei sem gás e como não trabalhavam nesses dias tive que me aguentar sem ter o serviço, pelo qual nunca estive em dívida!
No dia 30 segunda feira tornei a fazer diligências entre as duas empresas  e fui sempre recebendo como resposta que aguardasse. A Lisboa Gás ás ia dizendo que nada tinha recebido da EDP e a EDP dizendo que já tinha enviado o pedido.
Pelo meio fui encontrando operadores que iam dizendo as maiores incongruências, pois ora um dizia uma coisa, ora outro dizia outra, sem que houvesse qualquer coordenação entre os mesmos, coisa que me faz pensar que existe dentro dessas empresas operadores sem a mínima preparação para lidar com o público em geral.
No dia  1 de Julho, desesperada e depois de telefonar para ambas as empresas em vão, pois as resposta variam entre “nós já mandamos o pedido de religação e não podemos fazer mais nada…” e “ainda não recebemos qualquer pedido e por isso não podemos fazer a religação do gás…” resolvi ir à sede da EDP na no Marquês de Pombal e resolver ali a questão de uma vez por todas, pois no meu ver  alguém das chefias deveria tomar conta desta ocorrência  que já raiava à insanidade!
Quando chegou a minha vez de ser atendida e expondo toda a questão a primeira coisa que a funcionária disse foi que era com a Lisboa gás e não com a EDP!
Fartíssima  de respostas dessas, eu resolvi ligar para a Lisboa gás mesmo ali (por telemóvel) e passar a chamada à funcionária para ela ouvir de viva voz a resposta da sua colega da lisboa gás.
Assim fiz, e vi a surpresa da funcionária  da EDP quando ouviu a reposta da sua colega da Lisboa gás e mais surpresa ficou quando após várias chamadas para a Lisboa gás e para os seus próprios colegas da EDP, foi paulatinamente entrando no mundo kafkiano em que eu tenho vivido nesses últimos dias!
O que é certo é que entrei ali às 11 horas e já era uma hora da tarde e a mesma ainda não tinha conseguido nada, sendo então obrigada a passar o caso para a chefia que resolveu tomar o caso nas suas mãos, pedindo para eu aguardar, o que fiz durante larguíssimos minutos.
No fim, já perto das 14.30, a funcionária superior apareceu para me dizer que (depois de muito pedir!!!!) finalmente tinha conseguido que a Lisboa gás me fosse ligar o gás, mas que aguardava confirmação dos mesmos.
Mandou-me regressar a casa, ficando com o meu telemóvel, para me ligar dando-me depois as horas em que me fossem ainda hoje  ligar o gás.
Sai da EDP por volta das 14.40, e eram 15.20 a mesma funcionária superior, telefonou-me a dizer que entre as 16.00 e as 18.00 horas um técnico da EDP ia fazer a inspeção pelo qual eu tinha de pagar 60.00 euros (já tinha pago 133.00 pelo arranjo da fuga de gas!!!) e nesse  mesmo dia de hoje um técnico da Lisboa gás vinha então à minha casa  fazer a religação, pois era isso que tinha ficado combinado na troca de emails entre a EDP e a Lisboa gás.
 
Por volta das 16 horas lá apareceu um inspector  (mandado pela EDP) para fazer a inspeção, técnico esse que depois de fazer a dita inspecção quedou-se três quartos de hora!!! sem nada fazer pois  pois não podia concluir a inspecção sem que o técnico da Lisboa gás aparecesse para se fazer   a religação.
Para grande espanto meu o técnico da Lisboa Gáz não apareceu quando tudo tinha ficado combinado entre a EDP e a Lisboa Gás.
O inspector foi-se embora, eu telefonei para a EDP dizendo que continuava sem gás porque aprsar da inspecção estar feita, quem me deveria ligar o gás não apareceu, da EDP ficaram muito surpresas, depois telefonei para a Lisboa Gás e para grande espanto meu fui informada que não tinha entrado nos serviços qualquer indicação por parte da EDP para religação do gás!
 
Como podem ver, eu estava imersa no maravilhoso mundo de gente completamente doida!
 
Bom, no dia 2 de Julho sigo outra vez para a EDP, há uma repetição do dia anterior, mais emails trocados entre as chefias e a Lisboa Gás, a promessa que me iam ligar nesse dia o gás, coisa que não veio a acontecer, mais telefonemas meus para ambas as entidades e ao fim do dia tenho a promessa que no dia  a 3 de Julho entre as 9 e as 10h, ia ser feita a religação do gás uma vez que tinha já chegado à  Lisboa Gás o pedido de religação.

No dia 3 de Julho, logo de manhã aparece novamente um inspector da EDP, e só mais tarde o técnico da Lisboa Gás para fazer a religação, coisa que foi feita em escassos minutos!!!
Após tudo isso não pude deixar de me interrogar completamente estupefacta como pode existir no nosso mercado  empresas tão irresponsáveis.São empresas que prestando um serviço público e que são pagas a peso de ouro pelos seus clientes!
 
As questões que aqui deixam são as seguintes:
Como é que cortam o gás a uma pessoa e depois levem uma semana par ao ligar, passando a responsabilidade de empresa para empresa?
Porquê a EDP ser tida e achada num processo que só deveria ser apenas e só da competência da Lisboa gás?
Afinal foi um piquete da Lisboa gás que me fechou o gás! Não deveria ser outro piquete a ligar esse mesmo gás?
Porquê tanta desumanidade para com os clientes que são o sustento dessas empresas?
 
Disseram-me, em telefonema que fiz logo na 5ªfeira para a Lisboa gás que tudo se ficava a dever ao facto da EDP ser minha comercializadora e por isso tudo passar pela EDP.
 
Mas isso não é ridículo?
 Como é que duas empresas podem lutar assim pela concorrência e deixar os clientes em “maus lençois”?
 
O que me leva a supor é que há algum litígio entre a EDP e a Lisboa gás devido ao facto de uma ser a fornecedora e outra a compradora. Uma compra o gás à outra e vende ao clientes a bons preços. A que vende sente-se prejudicada e quem paga são os consumidores que nada têm a ver com o "pato".
 
Devido a tudo isso caso num futuro muito longuínquo (espero eu) tiver algum problema em termos de fuga de gás, não chamarei nunca a Lisboa gás, mas chamarei, isso sim uma empresa que opere no mercado e que sei que chegada à minha casa tudo resolverá o problema sem que eu passe pelas agruras que passei devido à desumanidade de duas empresas em guerra aberta e que se estão puramente a marimbarem-se para os clientes que são seu sustento!
 

quinta-feira, julho 03, 2014