terça-feira, janeiro 27, 2015

William Turner- O Terraço de Mortlake

Acho que ainda está em exibição em Portugal, o último filme e belíssimo filme  de Mike Leigh, Mr Turner, filme esse que já abordei aqui num post anterior. Realço mais uma vez aqui neste post que  Mr Turner está muito bem realizado e a escolha dos actores e principalmente do  actor principal foi muito bem feita, no sentido em que Timothy Spall, destituído de qualquer charme, beleza, simpatia e empatia consegue dar vida a  um William Turner que tinha tanto de genial como de anti social,  roçando mesmo a bestialidade. Saímos do cinema amando ou ainda amando mais  a sua obra e algo surpreendidos com o modus vivendi da pessoa que a realizou no sentido que o que ali vemos é um ser que pouco apelava à simpatia de quem com ele convivia sendo que o mesmo pouco fazia para que isso viesse a acontecer.
O Terraço de Mortlake
 De facto e pelo que me foi dado a ler, em termos pessoais Joseph Mallord William Turner (1775-1851)  , mais conhecido por William Turner, pouco procurou ao longo da sua vida dar-se bem com quem quer que fosse, tendo como único foco de interesse a sua obra e o amor incondicional que nutria pelo pai e que tão bem foi retratado no filme do M. Leigh.
 Era um homem arrogante e se virmos bem, talvez essa arrogância mascarava o facto de não ver ser  devidamente reconhecido o seu génio artístico, visto que o mesmo sempre almejou  ser um grande pintor devidamente  reconhecido pelos seus pares . Resta a consolação de não o ter sido em vida, mas tê-lo sido em morto, pois não só foi o percursor de  estilos vindouros como legou -nos uma obra ímpar.
Na sua vida pessoal e afectiva, Turner manteve-se sempre um cockney impenitente, nada escrupuloso consigo e para com os outros (vide a relação escabrosa que   o mesmo mantinha com a sua governanta pelo qual não nutria qualquer afecto...muito pelo contrário!) não era nada dado a grandes limpezas, não procurava falar correctamente, resmungava constantemente, era solitário e mantinha o seu foco de atenção virado para as suas telas, a sua mistura incrível de cores, as suas paisagens terrestres e marítimas, as viagens constantes para fora e pelo interior da Grã-Bretanha e o seu aguçado sentido estético. No fim da vida casa-se com uma antiga senhoria e nesse casamento vemos o vislumbre de algum amor de Turner pela sua esposa.
Em termos artísticos se havia entre os seus pares e não só  quem lhe reconhecesse a genialidade não era menos certo que uma certa elite não perdia ocasião de o rebaixar quanto mais não fosse pela incompreensão demonstrada pelas suas telas e a sua paleta cromática e até pelo seu próprio feitio difícil. 
W.Turner-Auto Retrato
Quase sempre associamos Turner às cores, e que cores! Se no principio os seus quadros tomavam uma tonalidade soturna predominando as cores escuras, lentamente Turner vai fazendo uma viragem e talvez fruto a sua convivência com aguarelistas, começa a dar liberdade às tonalidades das suas pinturas a óleo e o que vemos  a  uma dada altura, são tonalidades novas e sem precedentes. É então que começam a aparecer paisagens marítimas e não só de tirar o fólego e onde a mistura de cores, a perspectiva e o traço irão lançar este pintor para o panteão dos artistas imemoriais e fazer do mesmo o precursor dos impressionistas, algo que vamos dando conta ao longo do filme e que M.Leigh tão bem soube explorar.
A obra de William Turner que aqui aparece, denominada de Terraço de Mortlake, é tão simples e tão belas que chega a impressionar. O que vemos é uma tarde de verão em Inglaterra e onde o rio Tamisa vai correndo tranquilamente. Vemos barcos de recreio que se destacam por detrás das árvores altas magnificamente executadas na sua simplicidade. As sombras destas projetam-se na faixa de relva e vemos que algumas pessoas que passeiam observam o cão que salta para o parapeito do muro que bordeja esta agradável  alameda. Aqui nada está a acontecer de importante mas  no entanto o nosso primeiro olhar vai para a figura pintada em tons negros do cão que se destaca como elemento principal  a par das altas árvores. É uma cena calma e ao mesmo tempo vibrante como tudo o que Turner fez. Aqui e como sempre é a luz que se destaca como foco principal do artista em causa e o mais incrível que tudo serve de pretexto para dar grande suavidade a luz do sol. A luz agita-se no ar, ela vai branquear os montes  que vemos ao longe, vai tornar as árvores translúcidas, projecta um padrão de sombras em diagonal na relva baça tornando toda a cena algo de fascinante. A perspectiva em fundo parece não ter fim e está singela e magnificamente executada. 
Estamos assim perante uma das grandes obras de um grande pintor, um homem que legou à humanidade algumas das mais incríveis telas que o olhar do homem pode ver e apreciar.
A seu tempo irei abordar as telas marítimas deste génio chamado William Turner.

sexta-feira, janeiro 23, 2015

Tudo Bons Rapazes

Penso que este ano a Academia de Hollywood vai ter alguma dificuldade em escolher  o candidato Masculino para Melhor Actor Principal, uma vez que as prestações este ano são todas muito boas.
 Apesar de  ainda não ter visto a prestação de Bradley Cooper no seu Sniper Americano, filme de Clint Eastwood, assim como de Eddie Redmayne na Teoria de Tudo (filme que só estreia para a semana em Portugal) do realizador James Marsh , já ouvi falar muito bem de ambos e vi as actuações dos outros candidatos.
 Assim, e pelo que já vi julgo que vai ser uma luta muito renhida, porque estão todos muito bem e só lamento o facto  de neste lote não estar Jake Gyllenhaal pelo seu desempenho no filme Nightcrawler - Repórter na Noite!
Por mim substituiria de bom grato Steve Carrel, que está nomeado pelo seu Foxcatcer (que  não acho que seja assim nada de extraordinário, a não ser pelo nariz postiço) por Gyllenhaal esse que a meu ver uns bons furos assim de S.Carrel!
Pelo que já vi dos filmes e dos nomeados acabo por ter alguma dificuldade em escolher, mas ficaria  com Benedict Cumberbatch, no seu O Jogo da Imitação, com  Michel Keaton no seu extraordinário papel em Birdman-A Inesperada Virtude da Ignorância e pelo que já ouvi com Bradley Cooper em Sniper Americano.
Os dois primeiros estão soberbos, mas  o meu coração de cinéfila pende para Benedict Cumberbach, porque de facto o seu desempenho está extraordinário! 
Adorei vê-lo no Jogo da Imitação um grande filme, soberbamente bem realizado e que traça o perfil deste homem tão complexo e incompreendido na sua genialidade e circunstancialmente tão fora do seu tempo  que foi o matemático Alan Turing.
Se alguém tinha que representar a estranheza deste último só poderia ser mesmo Cumberbach que é um belíssimo actor, que nunca exagera em nada do que faz e que consegue com a sua presença e aquela voz única (acho que no panorama cinematográfico ninguém mais  tem uma voz assim e não é sem razão que ele consegue pregar-nos à cadeira do cinema a fazer de voz de dragão Smug no capítulo dois e três da saga O Hobbit)) encher o ecran e relegar todos os outros e bons actores para segundo plano. Neste excelente filme que é O Jogo da Imitação só mesmo a grande  Keira  Knightley consegue dar-lhe réplica.
Quanto a Michel Keaton está também excelente no seu Birdman, um filme muito difícil de ser feito devido ao facto do mesmo ser um filme de um take só, ou seja, o que ali vemos não tem cortes e tudo se passa nos bastidores algo labirínticos de um teatro da Broadway. É também difícil, porque tudo gira em torno da sua personagem. É um papel complexo e algo esquizofrénico e Keaton que andava arredado do cinema há algum tempo consegue a exemplo de uns poucos actores revitalizar a sua carreira em grande e com muito estilo. A dar-lhe réplica está um Edward  Norton numa excelente forma física e com uns abdominais de fazer inveja a muito rapaz de 20 aninhos.
Como disse mais acima ainda não vi o Sniper Americano nem a Teoria de Tudo e por conseguinte ainda não vi como Bradley Cooper, (outro actor que tem vindo a surpreender pela positiva, dado que começou na comédia (Vide Ressaca) e gradualmente tem vindo a  ter boas prestações (Golpada Americana  e Guia para um Final Feliz), nem o desempenho Eddie Redmayne no seu Teoria de Tudo, baseado na vida de Stephen Hawking, pois este último filme  ainda não estreou por cá.
Contudo, já fiz as minhas apostas e ponho as fichas todas em Benedict Cumberbach!
Dá-lhes meu bem!

 
 
 

sábado, janeiro 17, 2015

A Efemeridade da Fama


Há dias estava à noite a fazer zapping e fui dar com O Desafio Final. Esse Desafio Final, e pelo que me foi dado a ver,é uma espécie de programa onde um bando de gente jovem desocupada e a procura desesperadamente de fama, é metida dentro de uma casa artilhada de câmaras de filmar e ali estão durante dois meses sem fazer ponta de um c... e onde quotidianamente  se insultam nas mais variadas formas, que vão do: "não ês nada", "vales zero", "não estás aqui a fazer nada!!!","fala para o meu rabo", "fala para a minha mão", "cala-te ó idiota", cala-te tu", "estúpida/o","otário/a",/vai à m..." "vai pró c...." ....passando por uma palavra que se ouve constantemente mas que duvido que algum deles saiba o seu significado e essa palavra é o LOL!
Ah...todas as frases começam por: Tipo....
Pelo meio daquele bando de desocupados anda uma cadelinha que praticamente quase toda a gente ignora e pelo que me foi dado também a ver há autênticos circuitos e gincanas para passarem por cima das fezes da mesma sem que alguém faça qualquer intenção de limpar as mesmas de tão ocupadas estão as raparigas em colocar pestanas postiças e pintar os olhos de negro ao ponto de se julgar que foram todas esmurradas (será que não foram mesmo?) e de tão atarefados estão os pseudo  machos a fazer abdominais ou a mirarem-se nos múltiplos espelhos que chameiam a dita casa e que é muito famosa, segundo reza a publicidade!
O que vi foi também  um festival de gente absolutamente ignorante ao ponto de qualquer coisa que daquelas bocas saia e que seja correcta dar lugar a pulos de alegria e a palmas pelo êxito alcançado. O exemplo para mim absolutamente extraordinário foi o  de uma delas acertar no cheiro de açafrão e eu ver jeitos de a mesma vir a ser nomeada a um prémio internacional.
Os rapazes são o de mais grunho que me foi dado a ver. Há de tudo. Há o grunho musculado, o  armado em metrossexual, o  que julga que é um lamber sexual, o grunho que acha que é do mais inteligente que portugal tem, o grunho intriguista, o grunho sonso, o armado em engatatão e a bonitão ...  e no que diz respeito às moças, há as que passam o dia a dormir, as que passam o programa a fumar e a ver se há uma lasca nas unhas de quem não faz ponta... as que passam o dia a pintar-se e a colocarem tais camadas de eyeliner que no fim não sabemos se estamos perante raparigas de 20 anos ou perante a Morticia Adams, as que cada vez que abrem a boca sai calinadas de bradar aos céus...etc, etc!
Que hoje em dia a maior parte dos jovens sem qualquer perspectiva de vida anseie pelos seus 15 minutos de fama é algo que já se enraizou num país sem grande futuro e cuja taxa de desemprego é incomensurável, mas que haja gente que se disponha a tão tristes figuras para que tal seja alcançado vai para além da minha compreensão.
Essa fama todos sabemos que é puramente efêmera. Ela dura até ao verão, o máximo. Depois haverá outro infame reality show e esses moços e moças desaparecem na bruma dos tempo.
Recordemos o Big Brother. Alguém se lembra de algum desses concorrentes? Eu também não!
 A televisão e mais concretamente este tipo de programas é trituradora de gente e de sonhos. Dali nada sairá e muito raramente alguém sobressairá  depois do tempo limitado de fama a que estão sujeitos. Alguém se lembrará futuramente desses jovens que hoje se esgatanham para ganhar um pequeno prémio em dinheiro e que enxovalham e se deixam enxovalhar perante múltiplas câmaras de televisão, daqui a um ano? Parece-me que ninguém!
 Sei que muitos destes jovens têm fãs!!!! e isso ainda me faz mais confusão de que os próprios concorrentes em si.  Como é possível  ser fã de pessoas que estão meses dentro de uma casa e cujo mérito muito duvidoso é mostrarem-se quotidianamente, a  tomarem banho, a comerem sem grandes propósitos à mesa, a estarem deitados  em cima de uma cama, a fumar e a falar mal uns dos outros, a fazerem sexo por debaixo de edredons com imensa gente e nomeadamente a família a ver, a entrarem em conflitos verbais e  físicos e usarem a linguagem do mais desbragado possível?
 Ser fã de gente assim, revela o que de mais complexo pode ser o ser humano.
Até quando este tipo de programas? Será que o ser humano tem mesmo necessidade de ligar a televisão e dar com coisas destas? Será que não passaríamos bem sem elas?
 Parece-me bem que sim!

quinta-feira, janeiro 15, 2015

Os Nomeados são....


Foi com alguma surpresa que não vi o nome de Angelina Jolie aparecer nas nomeações de Melhor Realizador. Tinha grande fé nela e no seu Invencível, filme sobre a as 'sete vidas' de Luie Zamperini que morreu no ano transacto e cujo filme é uma magnifica recriação de parte da sua vida. Dar-me-ia satisfação ver uma mulher ganhar a Melhor Realização pelo segundo ano consecutivo, depois de Kathryn Bigelow tê-lo ganho no ano passado, mas vou sonhando....
Tinha também esperança que Julianne Moore fosse nomeada para o papel principal no filme de David Cronemberg Mapa para as Estrelas, mas a critica aqui expressa sobre o modus vivendi dos actores de Hollywood é tão grande que era irrealista pensar que o filme estivesse nomeado para alguma categoria. Era preciso mudar muitas mentalidades. A actriz está contudo nomeada pela sua prestação em Still Alice/ O Meu Nome é Alice.
René Russo também não aparece o que é uma pena pois adoraria vê-la na nomeação de melhor actriz secundária pela sua prestação magnifica em Night Crowler-Repórter da Noite. Também Jake Gyllenhaal não está infelizmente  nomeado  e o mesmo só aparece na de Melhor Guião Original.
Os nomeados para melhor filme são então:
  Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância, com nove  nomeações;
 Boyhood - Momentos de uma Vida,  com seis;
 O belíssimo Grand Budapest Hotel, com nove;
 O Jogo da Imitação, filme que estreou esta semana em Portugal, com oito nomeações, incluindo o de Melhor Actor Principal para Benedict Cumberbatch;
 Selma - Marcha Para a Liberdade, com duas (filme que ainda não estreou  por cá);
 Sniper Americano de  Clint Eastwood, com seis;
 A Teoria de Tudo sobre a vida de Stephen Hawking,  com cinco;   Whiplash - Nos Limites com cinco nomeações, filme que também ainda não estreou.
É difícil fazer apostas para o dia 22 de Fevereiro, porque estão todos 'ela por ela', mas prevê-se que Boywood-Momentos de uma Vida ,  Grande Budapest Hotel (filmes que já aqui abordei neste blogue) e O Jogo da Imitação irão arrasar a noite.
 Se não me engano Interstellar (filme  que também postei aqui) só está nomeado para as categorias técnicas, e muito bem a meu ver, pois mais não merece.
 Talvez o único que poderá interpôr-se entre aqueles será o Sniper Americano  ou Birdman, do realizador Alejandro González Iñárritu.
 Penso que Fox Catcher, não terá grande hipóteses (Steve Carrel está nomeado para melhor actor) e foi com grande pena que vi o filme de David Fincher ser apenas nomeado para Melhor Actriz Principal, neste caso Rosamund Pike.
Uma grande injustiça, tal como o filme de Angelina Jolie, Invencível, apenas nomeado para categorias técnicas. É muito pouco. São  injustiças a que a Academia  já nos habituou!
Ganhei o dia ao ver que Marion Cotillard está nomeada para a categoria de Melhor Actriz Principal, com o seu papel soberbo em Dois Dias uma Noite. Isto mostra que mesmo com um filme belga esta talentosa actriz já  conseguiu impor-se  em Hollywood e em grande estilo! 
Contudo, ao entrar  ela, a grande sacrificada foi Jennifer Aniston com o seu Cake, também ainda não estreado por cá.
Aguardemos então a ver quem irá sair contente e quem irá passar o resto da noite a curtir mágoas e a enfrascar-se!
Jessica Chastain irá receber o galardão pela sua presença em vários (e bons) filmes realizados no ano passado entre os quais um que ainda não estreou cá em Portugal, Um Ano Muito Violento onde contracena com Oscar Isaac e o Miss Julie realizado por Liv Ulmman e que quem viu, diz que a actriz está estupenda. Faço intenção de o ir ver brevemente. Não nos esqueçamos que a actriz entrou também em Interstellar e marcou presença na triologia O Desaparecimento de Eleanor Rigby, o que de facto é algo de invulgar no panorama cinematográfico.
Fiquei desgostosa de na categoria de Filmes de Animação não surgir  O Filme Lego, indiscutivelmente um dos grandes filmes de animação do ano passado e que só gente muito obtusa relegaria o mesmo para as calendas gregas... que injustiça!
Pelo menos está lá o Big Hero 6 outra pérola da animação e espero bem que ganhe o Oscar.
Ah.. e para terminar ....estava aqui a esquecer-me de uma coisinha...
A grande Meryl Streep está nomeada para Melhor Actriz Secundária pela sua prestação (mais concretamente pela sua magnifica caracterização) em Into the Woods/Caminhos da Floresta...mas isso já nós prevíamos...né????
Com isso  bate o seu próprio record de nomeações e a ganhá-lo irá fazer companhia a Katharine Houghton e pelo que li desta actriz e sobre o que ela achava da primeira, lá no além alguém vai ficar para lá de chateada!





Elastic Heart

Gosto muito da cantora Sia e estranho sempre ela nunca aparecer nos seus vídeo clips. É uma legitima opção sua e o mais engraçado é que ela tem vídeos lindíssimos ( tal como as suas magníficas canções e) aliadas a uma voz única.
Ultimamente ela apostou numa jovem bailarina de seu nome Maddie Ziegler's garota essa  que eu acho que não deve ter ossos de tão elástica que é (já a tínhamos visto no lindíssimo vídeo/canção Chandelier) e que agora retorna em Elastic Heart tendo como companhia o actor  Shia Labeouf  ultimamente mais conhecido pelas suas atitudes algo bizarras como foi o de aparecer numa cerimónia de entrega de prémios com um saco de papel enfiado na cabeça a dizer que não era uma vedeta, agredir jornalistas, aparecer em conferências de impressa visivelmente embriagado,etc, etc....
 Não é que venha daí grande mal ao mundo pois as acções ficam com quem as pratica, mas Shia Lebeouf é tão bom actor que a mim faz-me confusão essas 'confusões' em que o actor se mete, deixando tristes os seus fãs.
 Li que o mesmo foi fazer uma cura de sono, uma desintoxicação, sei lá que mais... e eu acho muito bem, pois ele é um belíssimo actor e a prova-lo é só ver o filme Dos Homens Sem Lei e o  Fúria um dos seus últimos papeis na companhia de Brad Pitt.
Voltando ao vídeo, este é muito bonito, Shia Lebouf emparelha muito bem com Maddie Ziegler's( ela já actuou em outros vidos clips) e é um regalo para a vista vê-los. Este é decididamente um dos mais originais vídeos que já vi.
 

sexta-feira, janeiro 09, 2015

Mr Turner e Mapa para as Estrelas

Dois Filmes imperdíveis para inicio deste ano de 2015.
 O primeiro que vos aconselho é o Mr Turner do realizador inglês Mike Leigh, com um excepcional e muito mal aproveitado Timothy Spall, num dos papéis que se irá para sempre 'colar' a ele como o ' o papel de uma vida'.
Este Mr Turner é um  filme inteligente e muito bem feito sobre a vida deste pintor excepcional que foi William Turner, que legou à humanidade quadros belíssimos e que hoje é reconhecidamente adorado por muitos amantes de arte e que tem merecidamente um cantinho especial no coração dos ingleses.
 Penso que nunca outro pintor 'viu' o mar como Turner e foi isso que M.Leigh quis mostrar neste seu último filme que tem só uma das mais belas fotografias que me foi dado a ver nos últimos anos.
 De facto, estamos aqui  perante um filme grandioso e que nos faz pensar como alguns artistas que legaram à humanidade uma obra grandiosa foram em vida tão pouco reconhecidos, tanto pelo público como pelos seus pares. Que pena! Mr Turner merecia bem mais respeito pela sua obra enquanto foi vivo.
Um filme portentoso.
Num post posterior irei abordar a obra deste pintor.
 
 
 
 
 
 





 
 
A outra obra que aqui trago e que quase passou despercebida em Portugal foi o último filme de um realizador que eu amo de coração e que nos últimos anos perdeu um pouco o fôlego, mas que com esta sua última obra voltou à grandiosidade dos sues primórdios. Falo-vos  de David Cronemberg e o seu "Mapa para as Estrelas".
Que grande filme, que machadada na fauna que pulula por Hollywood, que filme fantástico, que interpretações soberbas de Julianne Moore, Mia  Wasikowska e de John Cusak!
Adorei o filme. É uma bofetada bem dada em múltiplas vedetas hollywoodescas extremamente mimadas, que encharcadas em comprimidos,  álcool e com um ego desmesurado não hesitam perante nada nem perante ninguém para obter os seus intentos, isto é obter um papel que as mantenha na crista da onda! 
Aqui vemos também como jovens actores de 13 anos podem ganhar fortunas em filmes que caem no goto do público (a critica aos franchisings de filmes está muito bem feita!) mas que entre portas, são capazes das maiores atrocidades carregando o fardo da sua fama como se fossem velhos de 80 anos!
 Vemos também os podres de quem tudo tem, vive no mais completo fastio, mergulhado em livros de auto ajuda que fazem companhia a centenas de frascos de comprimidos à cabeceira da cama.
D.Cronenberg mostra também com grande sageza  como Los Angeles está cheia de jovenzitos imberbes que vindos da sua terra natal sonham serem grandes actores, acabando na maior parte dos casos a  guiar  limusines, a trabalhar em restaurantes fazendo tudo o que podem para obter um simples papel nesta meca do cinema, trituradora de sonhos que é Hollywood.
Desta vez David Cronemberg não perdoou e voltou à temática que lhe é cara: o corpo humano como sitio de onde emana os maios repulsivos actos e onde uma vedeta de cinema sentada na sanita  destila as maiores barbaridades tanto por baixo como por cima e nem se dá ao trabalho de quando dela sai, puxar a água ou de lavar as mãos. Uma cena magistral protagonizada por uma soberba J.Moore!
Está de parabéns o realizador e o seu naipe de incríveis actores.
Um Óscar para Julianne Moore...já!
 

terça-feira, janeiro 06, 2015

Esperança de Um Bom Ano

Na passagem de ano, qual miss universo, fazemos todos votos de Paz, Amor, Felicidade para toda a gente,  algum Dinheiro para nós e não deixamos de  almejar Saúde pois todos sabemos que  sem ela nada nos é  cabalmente permitido.
Não deixamos de  desejar também trabalho para nós e para os nossos amigos e familiares.  Queremos que a nossa vida melhore substancialmente e que quem nos governe tenha alguma sabedoria, bom senso e que não nos estrafegue com impostos ou com medidas insensatas.
Quase todos nós fazemos esses pedidos anos após anos e isso é bom na medida que mostra que ainda cá andamos e que pelo menos temos a cabeça limpa e ainda nos lembramos desses simples e tão importantes conceitos.
 Contudo, o anos vai avançando e cadê a Paz? A partilha nunca foi apanágio dos ser humano e todos querem aquilo que os outros têm ou pelos menos uma parte desse quinhão.
Cadê o Amor? Admiramos actos de amor abnegado, seja por parte dos bombeiros, seja por parte de médicos e enfermeiros que salvam vidas e muitas vezes arriscando a sua (vide o que se passa em certos países africanos no que se refere ao Ébola, essa epidemia monstruosa )seja por cidadãos comuns que tudo fazem para que outros tenham algum bem estar. O Amor não deveria ser um acto digno de admiração pois ele deveria estar enraizado no coração dos homens e das mulheres de boa vontade, deveria por isso fazer parte do nosso Adn e de o distribuirmos sem querer paga o retorno, mas isso infelizmente não acontece.
 A Felicidade é algo que todos procuramos alcançar no nosso dia a dia. O simples acto de acordarmos com saúde é já uma felicidade e muitas vezes não nos apercebemos disso. Ela é dada como adquirida, e não damos conta que de um momento para o outro ela pode desaparecer como por magia tal como todo o dinheiro que levamos uma vida a amealhar. Basta uma crise económico/financeira, basta o prolongamento de uma doença, basta o desemprego e tudo  que temos voa porta fora.
Então resta-nos a Saúde. Sem ela nada somos. Ela é aquilo que nos move e que faz com que possamos ter emprego, ser felizes, ter paz e amor. Com ela podemos ganhar algum dinheiro, sem ela tudo soçobra à nossa volta, tanto no que diz respeito a nós como no que diz respeito aos que nos rodeiam.
Ano Novo, Vida Nova, costumamos dizer. Então que tenhamos uma vida nova, no sentido de melhorarmos um pouco o nosso mundo. O Planeta Terra é tudo o que temos. Podemos mandar para Marte, a Lua, etc, sondas e mais sondas. Contudo, ainda não temos a possibilidade de emigração para fora do nosso espaço terrestre. Cá estamos e parece que cá ficaremos por mais alguns anos.
Sejamos honestos, dignos e pacíficos, pois isso é alguns dos qualificativos que faz de nós seres humanos. Comportemo-nos como tal.
Que 2015 seja o ano da mudança e que tudo melhore nas nossas vidas e nas vidas de quem nos rodeia. 

domingo, janeiro 04, 2015

Por Caminhos da Floresta

Eu nem sou grande apreciadora de musicais. E uma pecha minha...mas não há nada a fazer quanto a isso. Os únicos musicais que eu gosto são "O Fantasma da Ópera"  "Cats", "Chicago" e "Música no Coração". Tenho-os a todos em Dvd menos o Cats.
Foi por isso com grande surpresa minha que dei por mim a adorarrr, mas mesmo a adorar de coração este "Into the Woods (Caminhos da Floresta)" que estreou na semana passada em Portugal, e cujo elenco tem esta senhora única do cinema que é Meryl Streep, (soberba, soberba, soberba...) coadjuvada por uma fantástica e melodiosa Anna Kendrick, uma surpreendente Emily Blunt  e ainda com Chris Pine, Johnny Deep,James Corden (que bem que ele vai como par de Emily Blunt), Tracey Ullman, a bonita Mackenzie Mauzy, o jovem e muito talentoso Daniel Huttlestone, Lilla Crawford que eu não conhecia e que tem uma voz super cristalina, Christine Baranski ( que bem que vai no papel de madrasta intratável!)...entre tantos outros actores muito cheios de genica e que dão tudo neste muito bem feito filme da Disney, realizado por Rob Marshall que também aparece na produção.
Adorei o fime! Estão todos muito bem.
 M.Streep que já está a ganhar prémios com o filme muito dificilmente ficará longe dos Oscares( dá-lhes Meryl!) está sublime no papel de Bruxa Má. É ela o locomotive do filme e como sempre brilha em tudo o que faz. Está tão fantástica a cantar que eu que já a tinha visto em Mamamia não deixei de ficar outra vez surpreendida com o talento desta mulher. A sua Bruxa Má é do melhor que eu já vi...e olha lá que o cinema está cheio de bruxas más!
 Emily Blunt também andará ali a rondar o Oscar de actriz secundária ou não...o que seria uma surpresa muito agradável, até porque ela está muito bem no papel de mulher de um padeiro que faz tudo para engravidar!
Anna Kendrick...bem...está rapariga faz tudo. Ela canta musicais, ela canta música pop, ela dança, ela representa e o mais incrível é que é gira, talentosa e faz sempre tudo bem. Vê-la na saga Crepúsculo não se imagina o talento desta jovem actriz e cantora. Que continue sempre assim, porque vai longe!
 Johnny Deep, lá está durante 10 minutos como lobo mau e como sempre faz tudo muito bem, muito certinho.
As grandes surpresas para mim foram o actor James Corden no papel de um padeiro muito ansioso e muito amoroso que faz tudo para dar um filho à sua amada esposa e o jovem Daniel Huttlestone que canta que se farta e é um  rapaz super talentoso e que tem futuro.
É um belíssimo filme, que percorre com grande ironia, alegria e mordacidade alguns do grandes contos infantis, como é o caso da Cinderela, Capuchino Vermelho (esta Capuchino Vermelho está impagável!), João e o Pé de Feijão e  Rapunzel.
Tem também uma fotografia mágica, actores em estado de graça, uma música linda de morrer....e não tenho mais qualificativos.
Olha ides ver e regalai-vos!