quarta-feira, dezembro 30, 2015

Feliz Ano de 2016

E já estamos quase em 2016...ou é o tempo que passa a corre ou somos nós que vivemos a vida intensamente e nem damos por ele.

De qualquer forma através destas duas soberbas telas de do pintor escocês Jack Vittriano, venho desejar a todos um  FELIZ, SAUDÁVEL, ENDINHEIRADO, SOLIDÁRIO...ANO DE 2016.
TUDO DE BOM PARA TODOS!




segunda-feira, dezembro 21, 2015

Feliz Natal

Através desta magnifica tela de Sandro Botticelli venho desejar a  todos os meus leitores  um Santo e Feliz Natal.
Sandro Botticelli-A Adoração dos Reis Magos-Tempera sobre madeira-111x134
Galeria Degli Uffizi-Florença


Pormenor-A personagem a direita da tela com a vestimenta de cor caqui e a olhar para nós é Botticelli que tinha o hábito de aparecer nas suas obras.

segunda-feira, dezembro 14, 2015

Chuva

Dizem que a chuva veio  mas não para ficar, pois iremos ter um Natal soalheiro.
De qualquer forma nada para regalar a vista do que telas em que o tema seja a chuva.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

A Virgem e o Menino na Arte

Como estamos em contagem decrescente para o Natal Cristão, não resisti a colocar aqui algumas belas imagens de Arte Sacra em que é consagrada a relação da Virgem com o Menino Jesus. Espero que apreciem estas magníficas telas tanto como eu.
Andrea Montegna-A Virgem com o Menino e os Santos

B.Esteban Murillo-A Virgem e o Menino

Pietro de Cartona-Adoração dos Pastores

Agostino Carracci-Sagrada Familia e S.Catarina

Agostino Carracci-A Virgem com o Menino e os Santos

Alberto de Catanei-A Virgem e o Menino com os Santos

Bellini-A Virgem e  os Santos


Caravaggio-Virgem do Loreto


Cima de Conegliano-A Virgem e o Menino com S.João Batista e Maria Madalena

Coreggio-A Adoração dos Pastores

Corregio-A Virgem e o Menino com S.Jerónimo, Maria Madalena e S.João Batista

David Gerard-Virgem das Sopas de Leite

Duccio di Buoninsegna-Maestá

Guido Reni-A Adoração do Menino

J.Tintoretto-Adoração dos Pastores

Leonardo Da Vinci-A Virgem o Menino e S.Ana

Luca Signorelli-A Virgem com o  Menino e os Santos

Lucas Cranach-Descanso na Fuga para o Egipto

Pamigianino-A Virgem e o Menino com os Santos



Rogier van der Weyden-Adoração dos Reis Magos
Robert Campin-A Virgem e o Menino à Lareira

terça-feira, novembro 24, 2015

Licença para nos Maçar?

Atenção.... contêm spoiler...ou lá o que isso é...

Sempre gostei da série de filmes 007 tirando a época em que por lá andou como Agente de sua Magestade o actor Roger Moore que transformou durante alguns anos a série numa paródia sem qualquer sentido.
Depois houve quem pegasse no formato e o animasse indo buscar primeiro Pierce Brosnan e mais tarde Daniel Graig.
Com este último, a saga toma um rumo mais sério, mais duro e violento e os personagens secundários como é o caso de M (Judy Dunch) ganham vida e consistência assim como a personagem Moneypennie (Naomie Harris) e o próprio G, interpretado pelo ator Ben Whishaw acaba por ser uma agradável surpresa pela sua  joventude, fleuma e irreverência.
Acresce-se a isso que Daniel Graig, uma escolha que a princípio parecia improvável, acabou por se impôr de uma forma muito segura, dando sempre o que tem e o que não tem para que a sua personagem ganhe a adesão dos amantes desta série de filmes.
Confesso que desde o início me tornei fã deste ator, porque o acho muito bem talhado para este papel, tanto a nível de feições, como na postura corporal. De facto, ele não é exagerado naquilo que tem de fazer, é parco em palavras e vê-se que trabalha bem o corpinho para a dureza das acções.
Quando Sam Mendes fez a sua aparição em Skyfall,( para mim um dos melhores filmes desta saga cuja longevidade é considerável) deu-se uma explosão de energia e de facto o filme é uma total surpresa considerado unanimemente um dos melhores da saga até então.
Para isso contribuiu a criação de um dos vilões mais conseguidos, (o Sr Silva) papel atribuído a um  excepcional  Javier Barden,  que nunca deixa os seus créditos e méritos por mãos alheias.
O facto de Judy Dench também se despedir para sempre neste filme, deu a Skyfall uma aurea bem merecida juntamente com  aquela abertura incrível passada nas estreitas vielas de Istambul, não esquecendo a corrida de mota pelos telhados do grande Bazar. Quando o filme termina vemos que o papel de M será assegurado pelo ator Ralph Fiennes, uma boa escolha, mas que vemos claramente que nunca chegará aos pés de Judy Dench, essa sim uma autêntica mulher de armas na verdadeira acepção da palavra.
Pelo sucesso de Skyfall não havia dúvida que Sam Mendes iria ser 'massacrado' para fazer o segundo filme e apesar da sua relutância inicial, o realizador acede e resolve realizar este Spectre (com argumento  de John Logan, Neal Purvis, Robert Wade e Jez Butterworth) que agora está em exibição e que teve em Portugal uma abertura fenomenal pelos números estratosféricos que teve na sua estreia.
Fui vê-lo com alguma expectativa e sinceramente não gostei do filme.
Falemos em primeiro lugar dos actores.
 Fazer de Christoph Waltz, o mau da fita foi um monumental erro de casting. C. Waltz anda a fazer as mesmas caretas, os mesmos esgares, a mesma fala há 11 filmes atrás e a sua personagem tem a consistência do algodão doce. Leve...leve. leve....pois nada dali sai, nada dali é assustador.
Foi a meu ver uma péssima escolha agravada por aquele final absolutamente ridículo.
Segundo, a história pretende fazer uma homenagem aos outros 3 filmes anteriores, mas julgar que todos aqueles maus da fita eram marionetas deste Franz Oberhauser (C.Waltz)  o grande polvo que até nem o gato lhe falta, é tão ridículo que até dói!
Mónica Belucci aparece durante 10 minutos e desaparece para nunca mais ser vista, o que é pena pois fã que sou desta atriz penso que ela teria bem mais a dar que uma mera cena de enterro e cama.
O brutamontes que aparece (Dave Batista) para dar pancada apenas serve para isso, para matar e dar pancada, dali vem zero...apenas grunhidos e pouco mais!
Ralf Fiennes também pouco acrescenta à sua personagem e apenas Ben Whishaw como G e Naomi Harris como Eve Moneypenny garantem alguma consistência nos seus respectivos papeis.
Até o enredo, apesar de ser interessante, (o eterno problema de quem escuta quem e afinal vemos que anda meio mundo a escutar o outro meio) não é nada de interessante e é até bem batido. Já o vi em outros filmes a ser bem melhor trabalhado.
Surpresa agradável foi ver a  bonita e segura Léa Seydoux como Madeleine Swann, a saber fazer juz a uma verdadeira bond girl , o próprio  Daniel Graig, e aquela abertura incrível pelas ruas da cidade do México onde se celebra de uma forma única o Dia de los Muertos. 
De facto, aqui vemos a mão de Sam Mendes na  grandiosidade dessa cena e na  explosão passada no deserto, cuja magnificência só é conseguida por um grande realizador como de facto este é.
Apesar das quase 3 horas de filme (no meu ver o enredo não justifica esse tempo todo), não posso dizer que assisti a um bom filme, porque não assisti, também não posso dizer que dei o dinheiro por mal empregue, pois também não dei. Fiquei foi com pena de não ter visto coisa melhor, pois sei que disso é capaz o realizador.
Contudo, não posso deixar de referir que há cenas bem maçadoras e até me apetece dizer que este  James Bond para além da  licença para Matar teve  também para nos Maçar, o que de facto é um grande aborrecimento.

quinta-feira, outubro 29, 2015

Ele e Ela

 
Ele telefona-me com uma voz de quem está já a dar o último suspiro e ela até fica com uma pontinha de apreensão-que - rapidamente - lhe passa- ao -verificar-que-já-tinha-ouvido-aquilo-outras-vezes.

Ele: Estás bem?
Eu: Sim...estou...porquê essa vozinha?
Ele: Nem sabes o meu estado...
Ela: Que estado é esse? Estado de sítio?
Ele:Ah...ah...ah... Estou aqui no escritório, mas devo estar a chocar algo grave!
Ela: Grave como? Constipação? Gripe? Sintomas de AVC?
Ele: Sim...deve ser isso...não me sinto nada bem...tensão alta, tristeza....peso nos ouvidos...coração a bater... penso que estou com a tensão muito alta, muito alta mesmo... e tenho uma pontinha de febre, se calhar também estou com sintomas de gripe...
Ela: Já te  medicaste para a tensão alta?
Ele: Se tomei! Foi logo! Estava altíssima!
Ela: Então toma também meio Beneron....vem para casa e deita-te!
Ele: Achas que com meio Beneron fico bem? (vozinha ansiosa)
Ela: Sim! Ficas muito bem...dormindo ficas bem...
Sim: Se calhar é isso...tenho de me deitar...pois não me sinto mesmo nada bem...
Tenho de ir ao médico com alguma urgência...mudar a medicação para a tensão, dar-me algo mais forte pois o que ele me deu não está  a resultar!
Tenho que fazer um check up o mais rapidamente possível.
Ela: Ok...quando quiseres marca uma consulta.
Ele: Pois vou para casa deitar-me... estou mesmo mal!
Ela:Deita-te e dorme...amanhã  teremos  homem outra vez.

segunda-feira, outubro 19, 2015

Gold Marilyn Monroe

Andy Warhol, nascido em Pittsburg na Pensilvânia (E.U.A) em 1928 e falecido em Nova Iorque em Fevereiro de 1987 começou as suas arte pop com imagens vindas da BD. Dizem que quando viu uma exposição da obra do grande Lichenstein em Nova Iorque resolveu abandonar a temática da banda desenhada e passar a abordar obejctos e pessoas conhecidas...mais propriamente pessoas famosas.
É o caso da série que o mesmo fez dedicados a esse ícone do cinema que foi Marylin Monroe e que deu inicio em 1962 pouco tempo depois da actriz ter falecido.
 Partindo de uma imagem fotográfica que anunciava o filme Níagara (1953) em que M.Monroe era uma das actrizes principais, Warhol que adorava o mundo do cinema (foi cineasta) e coleccionava fotografias e cartazes publicitários de filmes, vai conceber uma tela de homenagem à actriz em que situa o rosto da mesma no centro enquadrando-o como nos antigos ícones bizantinos em tom dourado.
Não há dúvida que vemos que Andy Warhol adorava o glamour transmitido por esta actriz e isso vai ser reflectido na tela posto que retrata a mesma dando especial relevo à sua boca entreaberta em diversas composições, numa das quais essa é a única temática a ser repetida várias vezes na tela.
Por sua vez os olhos da famosa e malograda actriz tornam-se como o centro da nossa atenção pelas suas atraentes características.
 De facto, Marilyn Monroe era míope e como não usava óculos, o seu olhar de  pálpebras descaídas acabava por ter um magnetismo irresistível, que vai ser perfeitamente reflectido na obra de Warhol. Também o loiro do cabelo vai ser substituído por um vivo amarelo, e as sombras sobre os olhos carregados de azul fazem contraste com a boca magnificamente pintada de vermelho.
Esta portentosa obra denominada de Gold Marilyn Monroe,  um acrílico serigrafado e óleo sobre tela pode ser visto no Museu de Arte Moderna  em Nova Iorque.

segunda-feira, outubro 05, 2015

Chegada Outonal


As Vindimas-Silva Porto(Museu do Chiado)

Parece que é desta que com grande barulho chegou o Outono do nosso descontentamento, das roupas -não-muito-quentes-porque-depois-ficas-cheia-de-calor, das castanhas assadas, das cheias súbitas, do vento barulhento e estrondoso, das manhãs ensolaradas e tardes chuvosas e vice-versa, das uvas saborosas e da sua respectiva apanha, do pensar em mudar para pijamas um pouco mais quentinhos e do puxar do edredon para cima de nós lá para a madrugada.
É também a estação dos tons castanhas e das folhas caídas, das poças de água à beira da estrada e que nos estragam o dia se algum cretino de carro resolve passar mesmo por cima de uma e molhar-nos os pés que por essa altura ainda resistem em andar ao ar livre tendo por companhia umas calças ainda escandalosamente brancas porque se quando o Verão vem tratamos logo de nos descascar quando o mesmo vai resistimos em nos cobrir.
Entre ontem e hoje a chuva não tem parado de cair e o pior mesmo é o vento que não dá tráguas. Ele é cabelos pelos ares, ele é casaco a abanar por todos os lados, guarda chuvas virados do avesso e largados na rua e um calor que faz com que não saibamos se nos agasalhamos ou se nos deescapotamos. O meio termo deixa-nos sem saber o que vestir o que calçar. Se por um lado ainda há quem ande como se estivéssemos num 15 de agosto por outro há quem já não tire o casaquinho de cima.
Sou sou muito friorenta e já ando de casabeque para cima e para baixo.
Se tenho calor? Claro, porque ora está quente, ora está frio, mas são essas inquietações que fazem do Outono uma estação maravilhosa quando ela existe e não passamos logo de um verão inclemente para um frio polar como já tem acontecido sobejas vezes.
Apesar de todos esses 'contratempos' que gozemos então este Outono do nosso des-contentamento.

quarta-feira, setembro 30, 2015

Um Homem algo Irracional

É sabido que o realizador norte americano Woody Allen, faz um filme por ano.
Se no ano passado brindou-nos com o nada brilhante Magia ao Luar, este ano a coisa não melhorou muito mais com este seu último filme o Homem Irracional cujo elenco  é constituído por esse grande canastrão que é o Joaquin Phoenix, a ninfeta e sempre segura Emma Stone, (a espaços a mesma faz lembrar Mia Farrows) a irreverente  Parker Posey, Tom Kemp entre muitos outros.
Fui vê-lo com a esperança que estava ali qualquer coisa de brilhante e de transcendente visto a coisa se ambientar num campus universitário e o tema ser um professor de filosofia em crise existencial, mas essa minha esperança esvaiu-se logo quando vi que Joaquin Phoenix foi  um monumental erro de casting arrastando-se penosamente( e penosamente é mesmo o termo visto o mesmo estar gordíssimo e sempre em perpétua sonolência) e Emma Stone (será ela agora a nova musa de W.Allen?) não ter a garra necessária para agarrar um papel que nas mãos de uma...olha de uma Mia Farrows quando nova, nos daria um delicioso filme, até porque o guião é bastante interessante e até algo original.
Contudo, tudo foi embrulhado de uma forma tal, que a páginas tantas já nem Kant, nem Kierkegaard, nem Heidegger abundantemente referidos salvam o filme, e o pior é que por vezes as referências aos mesmos soaram-me a pura pretensão...ou sou eu a ser muito critica. Enfim....
 Com um final absolutamente desastroso a provar de uma maneira muito tosca e algo primária que o crime perfeito não existe e lembrando constantemente o Crime e Castigo do grande Fedor Dostoiévski este Homem Irracional não redime W.Allen do declínio que temos vindo   assistir no que respeita à sua filmografia desde De Roma com Amor.
Ai que saudades de um Match Point e da sua escandalosa imoralidade e ai que saudades de um Vicky,Cristina Barcelona e da sua divertida irreverência, para já não falar no divertido Meia Noite em Paris, um filme que guardo com especial carinho no meu coração.
Não é um filme que nos incomoda e pelo qual dizemos ter dado por mal empregue o dinheiro,( há por aí bem piores) mas dizer que este Homem Irracional é o um grande filme é manifestamente um exagero.
Vê-se mas não nos convence.
 

quarta-feira, setembro 16, 2015

Péssima Visita

Que o realizador M. Night Shyamalan já há algum tempo nos tem dado obras de 'bradar aos céus' de tão mázinhas que elas são não é surpresa para ninguém, mas dar-nos para visionamento este A Visita já é a meu ver um caso sério de psiquiatria ou de transtorno-obsessivo-compulsivo-em-insistir-no mau-gosto-e-na-surpresa-final-para-mostrar-que-sou-muito-bom!
Pois não ês filho...não ês bom e se queres que te diga na tua cinematografia só se safa A Vila e o 6ºSentido, pois que a partir daí já ninguém atura os teus finais de filmes bombásticos e pretenso  surpreendentes, porque o principio e o meio de tais obras são tão más que não há fim que lhe valha....e com  a agravante que a meio do filme já toda a gente saber o final!!!Ah...ah...ah...
Voltaste a reincidir e o resultado é uma boa mierda...desculpa-me o termo, mas se não sai no meio ao filme foi só para não incomodar o senhor que a meu lado dormia a sono solto e quando alguém dorme assim é porque tu meu caro tens que  te reinventar sob pena de daqui há alguns tempos seres considerado o rei das pessegadas com pretensões a grande obra cinematográfica.
Este A Visita é filme a evitar a todo  custo e mais não digo!

sexta-feira, setembro 04, 2015

Fait Divers Televisivos

Há dias estava a fazer zapping e fui dar com uma nova série sobre zombies uma tal de Fear de Walking Dead.
Como sou fã da série original o Walking Dead fiquei a ver essa nova série e dei por mim a pensar não só o quanto a mesma era péssima (mas que te deu Kim Dickens para apareceres neste horror?) como os actuais  argumentistas em Hollywood são preguiçosos em  pegarem numa formúla de sucesso  e espremem-na até secar .
Se incontestavelmente Walking Dead é uma excelente  série quanto mais não seja pela sua belíssima fotografia e retrato de uma sociedade totalmente destruída e onde aqueles que sobrevivem não se diferenciam muito dos mortos vivos com que têm de lidar constantemente não deixa de ser menos verdade que este Fear the  Walking Dead é algo que apenas e só existe para dar trabalho a uma quantidade de gente e onde os actores de tão péssimos chegam a ser cómicos.
Neste segundo episódio dei por mim a rir às gargalhadas (não..não era de nervoso miudinho) aquando da cena da escola em que a personagem principal já sabendo ao que ia, ainda assim se aproxima do funcionário da escola tentando ajudá-lo...pois ia chamar os  médicos para o auxiliarem!!!!!
 Mas ajudá-lo como?
Tudo aquilo foi tão risível, tão destrambelhado, tão disparatado que pensei que só nos Estados Unidos é que se gasta assim dinheiro em actores e demais personagens integrantes de uma série desta envergadura. Li posteriormente que aquando da sua estreia a mesma série bateu toda a concorrência! Meu Deus!
Seria porque todo o panorama televisivo está ao nível de Fear The Walking Dead?
Será por ser época baixa em matéria de novidades na televisão e as pessoas já vêem tudo o que lhes aparece pela frente?
Seria por curiosidade em compararem com a outra série?
Li também que este Fear...no fim irá fazer a ligação com o Walking Dead, pois o propósito do Fear... é explicar como começou o apocalipse zombie.
Pois...para mim não havia necessidade disso. O não saber como tudo começou é que dá/dava o encanto desta magnifica e bem realizada série que é o Walking Dead.
Por este andar o Games of Trones jamais terá um concorrente à sua altura e para mim será sempre a melhor série de televisão existente até hoje.
Houve ocasiões em que entusiasmada ainda pensei que o House Of Cards ainda se aproximaria...mas não...o Games of Trones não tem mesmo comcorrente a altura!
 
 
A primeira edição do Big Brother em Portugal fez ontem 15 anos. Dei por mim apensar no Marco, na Marta no Telmo (nas suas orgias...ah como esse rapaz era pródigo em inventar palavras não existentes no dicionário) no Zé Maria, na Susana e demais jovens que nem me lembro do nome. Recordo esses porque ficaram no imaginário popular assim como ficou as tiradas absolutamente grunhas de cada um deles, do pontapé do Marco, do sexo sob os edredons e com o país todo a ver...ah na altura que big escandaleira que foi,   fazendo alguns jornais  manchetes  disso.
 Recordo também dos despropósitos à mesa, das famosas e algumas vezes escaldantes  galas de domingo,das lutas por tabaco, dos beijinhos para toda a família, de quem ficava com a cadela que por lá andava...enfim...
Lembro de na altura estar a leccionar numa escola e ver os meus alunos todos excitados porque...ia lá um membro expulso da Casa mais famosa do país!
Já nem sei quem era esse rapaz, pois o dito ia só lá fazer uma presença porque na altura havia eleições para a associação de estudantes e uma das listas apostou naquele 'trunfo' e lá apareceu o concorrente todo pimpão.
O que fiquei surpreendida na altura com o histerismo que envolveu aquilo tudo.
Na noite em que o Zé Maria ganhou  a TVI foi a emissão mais vista, com números absolutamente estratosféricos.
Passados esses anos todos, que é feito dessa gente?
Alguém se recorda de algum deles? Nem os que deram na vistas hoje são lembrados por essa passagem pela televisão. Nada dali saiu, nada dali perdurou.
As Martas, Marcos, Telmos, Susanas, Zé Marias, e tutti quanti, nunca tinham apelido, eram conhecidos apenas  e só pelos seus nomes de baptismo.
 Hoje a geração actual  e mesmo a que assistia a esses programas  não se recorda deles assim como não se recorda de outros tantos jovens que apareceram e desapareceram em reality shows vários.
 Foram jovens absolutamente  triturados por esta máquina infernal que é a televisão, fazedora e destruidora de sonhos, de grandeza e de reconhecimento a nível nacional.
 Contudo, na fila haverá sempre  mais umas centenas de desalentados, atentos a qualquer anúncio de mais um reality show, prontinhos para entrarem, serem mastigados e deitados fora.
Que tempos estes!
 
Qual é o país que tem uma época de fogos?
Alguém conhece outro a não ser em Portugal?
Ano após anos todos os verões , inícios de primavera e até já de inverno lá está o pais a arder de norte a sul.
A abertura de telejornais  não é outra que não essa. Está a arder a Serra disto e daquilo...a mata de cima e a mata de baixo.
Casa em perigo, pessoas desesperadas e em perigo de vida, animais a morrerem, gente a morrer tentando salvar as suas casas e  haveres.Todo um desastre...toda uma calamidade!
Vem governo, vai governo e é sempre isto. Ninguém consegue lutar contra este flagelo.
Eis que há tempos se descobre que um dos pirómanos era um garoto de 11 anos que farto de ver televisão, farto do tédio da sua aldeia que até nem emigrantes tem para dar alguma animação às suas férias, vai de apagar a televisão e acender a mata.
E tudo para quê? Para ver a animação dos carros de bombeiros, as sirenes, a aflição e demais desespero.
Se é esta a geração que  herdará o pais, mais vale a pessoa emigrar e respirar ares mais saudáveis.
 
 
Aylan Kurdi,o menino curso  que morreu e foi dar a uma praia turca foi noticia de abertura em tudo o que era noticiário. Soube-se que a família tentava a Europa para depois dar o salto para o Canadá.
As televisões optaram por mostrar as imagens por considerarem que só assim a Europa abriria os olhos e reveria a sua politica para a emigração.
 Meu pequeno Aylan parece-me que a tua imagem apenas serviu para marketing pois a tua pose deitada de bruços na praia já serviu para tudo e a internet está cheia de imagens tuas ou deitado numa cama, ou num tapete, ou...ou...
O coração dos políticos não se compadeceu de ti....longe disso...milhares de crianças como tu vão continuar a morrer seja numa praia, em lotados  campos de refugiados ou no palco de guerras atrozes e sem quartel.
Ver-te na televisão apenas e só aguçou o apetite de voyares sem escrúpulos que dela se serviram qual abutres.
Nada mudou e nada irá mudar. A Europa está  a fechar-se sobre si e ao fechar-se irá dar continuação acelerada à criação de muros da vergonha. Sabes a quantidade de muros que actualmente existe? Mais de meia centena.
É este o mundo que estamos a criar. Estamos  aqui e agora a viver  em  pleno retrocesso civilizacional.
Não deverias morrer pois um pai não deve pela lei da vida ter de enterrar um filho e logo um bébé como tu eras.
Que descanses em paz pequenito.
 
Esclareçam-me uma coisa:
Aquela avantesma de penteado inenarrável, feio todos os dias, com a maior dentuça que me foi dado a ver, que geralmente  fala aos gritos e deitando perdigotos boca fora, que tem uns olhos esbugalhados de louco, que a meu ver é uma autêntica personagem de opereta, que dizem ser para lá de rico (e que disso faz gala) que constantemente surge nos écrans de televisão a insultar hispânicos, mulheres brancas, negras, mulatas, asiáticas, ou seja a insultar as mulheres em geral, que tem um ódio de estimação por jornalistas mulheres...e  se chama Donald Trumps e que para cúmulo dos cúmulos é  candidato republicano à Casa Branca... existe mesmo ou aquilo é um boneco que alguma cadeia de  televisão inventou?

terça-feira, agosto 18, 2015

Missões Bem Sucedidas

Eu admito, sempre fui fã da série Missão Impossível. Na altura a mesma passava na RTP1 e eu tentava não perder um episódio, até porque como é hoje o caso não havia repetições das séries em diversos horários e o mais que podíamos fazer quando não podíamos ver era gravar numa cassete VHS, (que tempos...meu Deus).
A série era feita de pequenos episódios que até nem tinham uma longa duração. Quando a comecei a ver tinha o actor Peter Graves como líder de uma equipa de operacionais do IMF. Esse operacional chamava-se Jim Phelps, os seus cabelos brancos davam-lhe credibilidade e era ele que de uma forma em geral  entrava em contacto com  a bandidagem fazendo-se passar por um deles, até eles verem que tinham sido bem enganados...mas aí já era tarde porque eles já se tinham pirado, colocando a malta toda na prisão ou fazendo com que se matassem uns aos outros! 
Depois havia o especialista em bombas e armamentos, (sempre um actor alto e espadaúdo) havia  o "engenhocas", o actor Greg Morris , o especialistas em disfarces que durante muito tempo foi o saudoso e já desaparecido Leonard Nimoy e a "boazona" de serviço ( que foi sempre sendo mudada ao longo da série)  que geralmente  era o isco  e a perdição dos maus da fita. Até o casal Barbara Bain e Martin Landau (que depois transitaram para a série Espaço 1999) por lá andaram durante bastante tempo.
O interessante desta série Missão Impossível, é que por ela  foram passando vários actores (que depois vimos em outros trabalhos) mas o já falecido Peter Graves ia ficando sempre. 
O enredo sem ser nada de transcendente pregava-nos à cadeira e queríamos ver se os nossos heróis seriam bem sucedidos coisa que invariavelmente acontecia excepto quando num episódio  a personagem feminina da série é morta e percebe-se nitidamente que aquilo é feito para a substituírem por outra.
Nos primeiros minutos  Jim Phelps, o líder, ia a sítios tão improváveis como uma cabine telefónica  ouvir uma gravação com a missão que lhes era proposta (caso a aceitassem) e depois de a  ouvir ela  se auto destruía.
 Só depois disso vinha o genérico. Uma maravilha!
O must desta série era e ainda é, a música que até hoje a exemplo do que acontece com os filmes  007 é um dos locomotivs da mesma e que vai pontuando toda a acção, fazendo assim com que a mesma não saia nunca do nosso  imaginário cinematográfico quanto mais não seja porque quando a ouvimos sabemos logo que ela é a musica da Missão Impossível.
A série foi acompanhando os tempos, do preto e branco passou para a cor e as histórias foram também  modernizando-se.
Dos países africanos e sul americanos onde o grupo tinha de ir repor a democracia, os direitos humanos e a sensatez , passamos para os países  da Europa (geralmente a acção decorria nos países do leste europeu), onde a criminalidade ligada à droga, à prostituição e ao armamento se aliavam fazendo que o grupo tivesse que lá ir colocar tudo nos eixos.
O formato termina em série e vai ser o actor Tom Cruise que anos mais tarde vai pegar na mesma transformando-a em filmes.
 O primeiro deu o mote da espetacularidade com a cena depois mil vezes glosada seja em filmes cómicos, seja na banda desenhada seja na publicidade, quando o nosso herói o Ethan Hunt se pendura por uma corda segura pelo actor Jean Reno e tenta gravar um CD guardado na CIA e quando está quase a terminar há um descuido de quem segura a corda e vemos o nosso herói quase a estatelar-se no chão armadilhado. Há também boas cenas de perseguição sendo a mais incrível dentro do Túnel da Mancha entre um comboio e um helicóptero.
Por lá andaram vários actores, tal como Jon Voigt (como traidor e mau da fita) e a par de Tom Cruise  só Ving Rhames  vai transitar para os restante filmes.
Depois veio o Missão Impossível 2 e o vilão (mas vilão mesmo!) era o actor Dougray Scott e tudo girava em torno de um agente químico altamente mortal a Quimera na posse do vilão e só um poderoso antídoto o Belerofonte poderia salvar quem estivesse em contacto com esse agente químico. A acção passa-se entre os estados Unidos, a Espanha e a Austrália, acabando tudo numa espectacular perseguição de motos. Se o primeiro tinha sido realizado por Brian de Palma, este foi por John Woo e todos sabemos que este realizador especializou-se neste tipo de perseguição altamente alucinante. A heroína da acção aqui era a actriz Thandie Newton.
Missão Impossível 3 tinha um vilão dos mais alucinados e portentosos que me foi dado a ver e protagonizado pelo malogrado actor Philip Seymour Hoffman.
De facto o seu papel neste filme foi crucial para o êxito do mesmo, porque ninguém batia essse actor quando o mesmo se entregava de corpo e alma.
O filme ao contrário do que era habitual é-nos mostrado em flashback, gira em torno de um traficande de armas altamente sofisticado (P. Hoffman) e é a meu ver mais um thrilher psicológico altamente mortífero entre o agente Ethan Hunt e Owen Davian, estando enredados nessa teia a mulher do agente (que depois vai também surgir de passagem no M.I4) a actriz Michelle Monaghan. Aparecia para além de Ving Rhames , Maggie Q, Jonathan Rhys Meyers e Simon Pegg num pequeno papel mas que vemos que vai ter seguimento nos restantes filmes.
 A acção passava-se em vários países incluindo o Vaticano e a Tailândia onde termina a acção.
Este terceiro filme foi muito bem realizado por  J.J.Abrams e onde mais disfarces são usados.
Eu gostei desse pormenor  porque uma das originalidades da Missão Impossível é a possibilidade que os personagens têm de usar disfarces colocando-se autenticamente na pele de outras pessoas e no fim tirarem o mesmo surpreendendo tudo e todos. Penso que o êxito da série estava nesse pormenor, porque nós nunca sabíamos quando os agentes estavam com as máscaras e só quando eles as tiravam é que nos apercebíamos disso, ficando sempre algo surpreendidos.
 Aqui J.J.Abrams foi muito fiel a isso e por isso amei muito esse filme apesar dos calafrios que o mau da fita nos provocava de cada vez que aparecia.
No quarto filme começamos a ver uma mudança no rumo da série nomeadamente com os seus personagens. Tom Cruise continua aliado a Ving Rhames  torna a surgir o actor Simon Pegg como Benji, o especialista em informática e Jeremy Renner faz a sua aparição. Aqui já é nítido que o mesmo veio para ficar como agente Brandt uma espécie de ligação entre o grupo e quem os orienta a nível superior.
Esta  Missão Impossível 4-Ghost Protocolo, realizada por Brad Bird orienta-se entre Moscovo, onde a acção dá o seu início,(havendo uma especular cena de destruição de parte do Kremlin), Vancouver, Estados Unidos e outros países nomeadamente o Dubai onde terá uma perseguição de rua no meio de uma tempestade de areia  com a duração de pelo menos 20 minutos. Para além disso tem outra cena memorável passada nas torres Burj Khalifa  onde se pendura Ethan Hunt para chegar ao outro lado do edifício. Incrível!
Léa Seydoux como má da fita está impecável e Paula Patton está também muito bem como membro da equipa. A trama aqui girava em torno da posse de armas nucleares por parte de gente pouco recomendável.
Finalmente estreou na semana passada em Portugal, o quinto filme denominado Missão Impossível-Nação Secreta.
Fui vê-lo ontem e gostei muito. Apesar de alguns absurdos que por lá aparecem como aquele desastre de automóvel que não convence ninguém  (quem é que de lá sairía vivo?) a perseguição de motos está ao nível de um John Woo e a história está muito bem urdida.
Realizado por  Christopher Mcquarrie, gostei muito deste filme. A equipa está estabilizada fazendo então agora parte dela o actor Tom Cruise, Simon Pegg, Jeremy Renner e Ving Rhimes.
Penso que não entrará mais ninguém, mas é pena porque eu gostaria que a ctriz Rebecca Ferguson, passasse a fazer parte do elenco, visto ela neste filme fazer de uma das melhores agentes secretas que alguma fez me foi dado a ver. Ela é mesmo muito boa e as cenas com ela são sempre de nos tirar o fôlego. Penso até que a presença dela conseguiu roubar algum protagonismo a Tom Cruise que para a idade está muito bem e muito simpático procurando não se sobrepor a ninguém deixando os outros também brilharem. O filme tem um bom vilão o actor Sean Harris que com aquela cara e aquela postura corporal  provoca também uns bons calafrios ao longo do filme.
O filme tem muita acção, a música está bem metida na mesma, os actores dão o litro e  aparece um actor que eu gosto muito o Alec Baldwin como agente da CIA. Também gostaria que ele continuasse na série. 
A acção começa na  Bielorrússia, passando pela Malásia, Estados Unidos, Paris, Marrocos( as cenas em Marrocos são do mais incrível) Viena de Áustria entre outros sítios.
Será este filme ao  melhor das Missões Impossíveis?
A meu ver é SIM!!
Uma boa estreia num verão muito pouco apelativo em termos cinematográficos de um filme que partindo de uma série se reinventa constantemente.
Gostei!


sexta-feira, agosto 14, 2015

Jan Steen-Os Jogadores de Boliche



Há tempos, no inicio do Verão, ia a passar de carro por uma pequena aldeia e vejo um grupo de homens a" jogarem à Malha ou  ao Chinquilho" como também é conhecido.
 Esse jogo muito antigo em Portugal,( penso que o mesmo existe também em outros países talvez com algumas alterações) consiste num  desporto onde se lançam discos de metal ou pedras chatas  em direção a um pino com a intenção de derrubá-lo e/ou deixar a malha o mais próximo possível desse pino. Enquanto uns jogavam muito calorosamente outros assistiam sentados num muro que lá havia, havendo também quem se encontrasse sentado no passeio a rir e a conversar olhando para as figuras de quem jogava.
Ao olhar para esses homens, (ao redor não vi nenhuma mulher) lembrei-me de um quadro do pintor holandês Jan Steen (1626/1679) e do seu quadro os Jogadores de Boliche onde vemos uma cena bem interessante de um grupo de homens que no que parece ser já o inicio de verão se divertem com esse desporto enquanto outros assistem sentados no chão fumando e conversando.
Esses camponeses algo rudes possuem uma vitalidade encantadora e olhando para a tela e a atmosfera que rodeia a mesma temos vontade de também nos sentarmos com eles e assistir ao que em redor se passa.
 É o que podemos denominar de uma vulgaridade feliz e encantatória e isso vai transmitir-nos o maravilhoso sentimento de um fim de tarde onde para além dos que jogam e dos que no chão sentados conversam e fumam descontraidamente temos também um petiz que de barrete vermelho e de costas para nós olha atentamente os jogadores. Um cavalo pasta pachorrentamente e por trás da cerca uma mulher e um velho caminham pacificamente neste fim de dia. A cor vermelha da blusa dessa mulher e do chapéu do petiz dão uma tonalidade muito viva à tela.
Bonitas  árvores com rebentos novos  elevam-se ao alto e por entre elas vemos um céu maravilhoso. O homem que tem a bola na mão dá ideia que a qualquer momento a lancará tal a perfeita postura do seu corpo e a atenção vibrante nodo seu rosto. 
De facto Jan Steen, pintor  que eu amo de coração devido às suas honestas e encantadoras pinceladas, legou-nos telas  de uma singeleza maravilhosa  e temos sempre a sensação que o tempo parou para as suas personagens, mas ao mesmo tempo que tudo está prestes a avançar... e nós com elas.
Uma tela magnífica este "Os Jogadores de Boliche no Exterior de uma Estalagem".

domingo, agosto 02, 2015

As Minhas Leituras de Verão

A exemplo de outros verões, este ano para férias, escolhi alguns livros muito interessantes, e com os quais me tenho deliciado.
O primeiro que li e que gostei muito, comprei-o na feira do livro  e é da escritora/argumentista/ produtora / actriz... norte americana a Lena Dunham cujo livro intitulado "Não sou esse tipo de Miúda" me divertiu muito e por vezes me fez soltar umas gargalhadas.
Lena Dunham ficou famosa por ter escrito a série Girs (já vimos a série nos canais de televisão portugueses) com considerável êxito por onde tem passado.  Aliás, com esta série (muito na linha do Sexo e a Cidade mas para jovens), Lena Dunham  foi nomeada para oito Emmys e ganhou dois Globos de Ouro incluindo o de Melhor Actriz, estando o livro sempre à frente nas vendas  e considerado um dos grandes livros do ano pelo The New York Times, Globe and Mail entre outros.
 O livro nada mais é do que uma reflexão muito engraçada sobre  o sexo, a perda da virgindade, as suas obsessões, manias, saúde, homens e mulheres....
Tem imagens muito giras e sugestivas de Joana Avillez ilustradora de reconhecido talento e que tem trabalhos espalhados um pouco por toda a parte incluindo o The New York Times, New York Magazine entre outros.
Considero sinceramente este livro a excelência da leitura de verão!
 
Outro livro que me agradou imenso, imenso, e que está nos antípodas deste da Lena Dunham,  foi  o "Beatriz e Virgílio" de Yanna Martel (Vencedor do Man Booker Prize) e autor de A Vida de Pi.
É um livro fantástico, fantástico, negro, triste surpreendente e divinal como tudo o que este homem escreve.
Este Beatriz e Virgílio nada mais é do  uma obra prima sobre o holacausto, criado através de uma das alegorias mais bem conseguidas que algum dia li e que me parece que não tornarei a ler nada semelhante.
Só lendo para vermos o quanto este escritor é único e um caso raro no panorama da escrita mundial!
 
Já outro livro que me foi oferecido que li com algum sacrifício  e que não me agradou por além foi "O Quadro" da escritora Nina Schuyler. Apesar de ser uma escrita escorreita e bem concebida há qualquer coisa de muito pretensioso neste livro que  me desgostou,  até porque a temática do livro (vidas interligadas  mas em continentes diferentes) é bem interessante e teria grande  potencial na mão de outro escritor.
Para além disso é um livro extremamente triste, sorumbático desesperançoso e por vezes com situações a roçar ao ridículo.
Contudo, considero que não se desperdiça tempo a lê-lo pois há coisas bem piores por aí...oh se há!!!!
 
Para uma leitura leve comprei  o último livro do escritor norte americano John Crisham intitulado de "O Manipulador" e que li de um fólego só como acontece com todos os livros deste escritor.
Tenho outros livros do mesmo, e há muito tempo que gosto dele e conheço o seu estilo literário. Achei este O Manipulador muito irónico, muito alegre, com um estilo bem mais leves que anteriores livros dele.
Sem ter nada de extraordinário mesmo assim é um livro que se lê muito bem e que nos distrai bastante.
 
Não há verão sem um livro de terror/fantástico e para isso  falo-vos de um escritor que gosto muito que é o Stepfen King e do seu último livro de contos Boleia Arriscada.
Indo ao Continente fazer compras em princípios de Julho dei com os olhos numa edição de bolso que estava com um bom preço e trouxe-o.
Tenho estado a ler esses contos e verifico que o S.King modificou aqui o seu estilo literário. Está bem bem menos soturno, bem mais leve e bem mais cómico. Os contos lêem-se muito bem, uns mais interessantes que outros. Tem um bom prefácio do próprio escritor. Para além disso este escritor continua a ser um extraordinário contista.
Para mim, este Boleia Arriscada é o típico  livro de verão por excelência.
Leve e descontraído.
 
Por último um livro que é para ir lendo no Verão, entrar com ele pelo Outono e acabá-lo no Inverno. O meu homem ofereceu-mo aquando da nossa ida à feira do Livro em Junho  e o livro é o  Hitler: Uma biografia do escritor Ian Kershaw. 
Para mim este livro é A Biografia de Hitler por excelência.
Coloquei a palavra 'a' em letra maiúscula porque considero que Ian Kershaw escreveu aquele que é para mim e para muitos leitores  por este mundo fora,verdadeira e única Biografia de Hitler.
O livro que tenho já vai na 5ºedicão, e através de perto de mil páginas o autor dá-nos a conhecer quase o dia a dia deste homenzinho louco, solitário, soturno e absolutamente abjecto que modificou para sempre a vida e a geografia do planeta para não falarmos das sinistras atrocidades saídas desta e das mentes dos que o rodeavam.
Um livro absolutamente fantástico e que espero acabar de o ler ainda este ano.


domingo, julho 12, 2015

Revisitar Lisboa

Um hino a esta Lisboa que agora tantos e tantos turistas visitam.

quarta-feira, julho 08, 2015

Confinados ao Absurdo

Realizado por Abderrahmane Sissako (franco mauritano) e com as prestações fabulosas de Abel Jafri, Hichem YacoubiKettly Noël, Pino Desperado, Toulou Kiki entre outros este Timbuktu é decididamente um dos melhores filmes do ano em cartaz.
Com vários prémios em carteira entre os quais O César de Melhor Filme, Realizador, Melhor Música Original, Melhor Roteiro Original, Melhor Som,Melhor Montagem e Melhor Fotografia, dominando assim os Prémios  Césares e também indicado para o Óscar de Melhor filme Estrangeiro (perdeu para Ida), Timbuktu leva-nos a uma pacata aldeia  do Malique vê a sua vida virada do avesso quando por ela entra um grupo de fundamentalistas islâmicos impondo as suas absurdas leis e regras de conduta sem terem a racionalidade de ver  o quão ridículas as mesmas são.
O realizador mostra-nos de uma forma muito irónica e por vezes até trágico-cómica como de facto impor que peixeiras arranjem o seu peixe de luvas de lã negras até ao cotovelo, fumar, ou proibir o canto a menos que o mesmo seja em louvor a Alá, ou proibir jogos de bola se tornam leis perfeitamente absurdas e ao arrepio de qualquer racionalidade. Até o riso é proibido, já não falando da dança e de outras demonstrações de júbilo e alegria.
O jogo de futebol realizado pelos miúdos da aldeia em que não existe uma bola mas em que a coreografia é perfeita e completamente entendível e os jovens que à noite se reúnem para cantar e tocar são das cenas de cinemas mais incríveis que vi nos últimos tempos.
Tudo é proibido pelas leis fundamentalistas, tudo é imposto por um grupo de homens que escondem as suas muitas fraquezas e total ignorância  atrás das armas. Os vícios privados , a concupiscência a cobiça à mulher do próximo não deixam de dominar estes homens que impõem as suas leis, mostrando que o ser humano é todo igual, só que uns são mais iguais que os outros.
Kidane vive com a sua amada Satima, a filha Toya e tem como filho adotivo Issan um pastor de 12 anos que guarda as suas oito vacas entre as quais está GPS a sua preferida. Um dia alguém que julga que o rio é só seu mata-lhe a sua vaca preferida e de um momento para o outro a vida idílica de Kidane é mudada radicalmente.
Este universo de Kidane nada mais é do que  uma alegoria ao  universo das muitas terras  ocupados por gente que de arma em punho chega para impôr aquilo que acham ser o mais acertado sem ter qualquer racionalidade sobre essas mesmas leis a não ser a leitura deturpada de um livro. Ver este Timbuktu é literalmente entrar num universo perfeitamente kafkiano em que os mais fracos se têm de sujeitar aos mais fortes sem questionar nada, apenas e só entrando num túnel absolutamente escuro e onde tantas vezes muitas destas populações que estavam perfeitamente integradas no seu meio ambiente acabam mortas ou em dantescos  campos de refugiados.

terça-feira, junho 09, 2015

Os Cafés e Restaurantes na Arte

Cafés e Restaurantes vistos do ponto de vista da arte.
São telas magnificas. Um regalo para quem ama a arte.

quarta-feira, junho 03, 2015

Um Hino ao Verão


Agora que o sol e o calor a anunciar o verão está aí em pleno trago aqui uma tela de um pintor que aprecio e que se chama Jean-Antoine Watteau, cujo tema é precisamente o Verão representado na figura da deusa  Ceres.
Antes de mais há que dizer que Jean-Antoine Watteau, mais conhecido por Antoine Watteau ou simplesmente Watteau, foi um pintor francês do movimento rococó. Nasceu no centro da região de Hainaut, recém-incorporada ao território francês pelas tropas de Luís XIV. Morreu  muito novo aos 37 anos em Nogent-Sur-Marne, França.
Mas, quem é Ceres?
Nas minhas pesquisas por Ceres descobri que a mesma é a deusa romana da Agricultura (daí o termo cereais) e irmã de Júpiter deus romano do Dia  muitas vezes conotado como sendo Zeus o todo poderoso.
Quando Júpiter repartiu o universo entre os membros da sua família entregou a proteção da terra cultivada à deusa Ceres, convertendo-a deste modo numa das divindades mais veneradas da sociedade antiga.
De um modo geral esta deusa costuma geralmente ser representada sentada como acontece nesta tela de Watteau e sempre com um atributo relacionado com a terra na sua mão que aqui é uma foice enquanto belas espigas douradas se encontram por detrás da bonita deusa.
Como vemos é uma magnifica alegoria ao Verão, às colheitas dos cereais e onde tudo é claro e cheio de luz. A própria deusa sentada numa nuvem e vestida de tons muito claros tem entrelaçado nos seus cabelos louros espigas, papoilas e flores azuis do campo. 
 À sua direita um leão guarda a deusa e dois querubins loiros aproximam-se da mesma abraçados a ramos de cereais.
Esta encantadora  tela (Ceres) um óleo sobre tela, e que se encontra no National Galery of Art em Londres,  faz parte de uma série que representa as Quatro Estações do ano realizadas pelo pintor  para o seu mecena o banqueiro  francês Pierre Crozat, mas só resta esta, tendo as outras desaparecido infelizmente.
 

segunda-feira, junho 01, 2015

Uma ida à Feira do Livro

Ontem fui à Feira do Livro. Fui na hora certa entre o acabar o jogo da Taça de Portugal e a loucura no Marquês de Pombal. Eu nem sabia que também os sportinguistas iam para a rotunda do  Marquês. Pensava que a rotunda estava reservada para as vitórias do Benfica...mas adiante.
Eu e o meu homem lá conseguimos arranjar um lugar nas Picoas e o resto fizemos a pé. Mais uns minutos e a coisa ficaria para o engarrafado, porque eramos nós a chegar ao recinto da Feira e começava a cacofonia de apitos e gritos de vitória e a rotunda feita num oito.
Lá chegados a primeira coisa que fizemos foi abancar nas roulotes super simpáticas e muito bem arranjadas e apelativas dos comes e bebes.
Este ano está tudo muito bem organizado, aliás de ano para ano a Feira do Livro melhora. Lembro-me dela ser na avenida da liberdade (que tempos esses!) e depois a sua mudança para o Parque Eduardo VII. Se queríamos comer algo depois de tanto andar só nos restava as banquinhas de gelados da Olá ( passo a publicidade) e nada mais. Agora é todo um mundo gastronómico!
Fiquei mesmo contente de ver tantos jovens com as suas roulotes muito giras a vender comida saborosa.
Ele é bagels com recheios super deliciosos, ele é burritos mexicanos muito gostosos, ele é sandes grandonas e deliciosas, ele é taças de vinho do Porto e doces a acompanhar, ele é bifanas, ele é sopas, bolas de berlim, gelados artesanais, jinginha de Óbidos, bagels, ups... que já me estou a repetir, mas francamente eu adorei aqueles bagels de pastrami e com todo uma variedade de sabores que nos levam ao céu. Os burritos servidos numa pequena roulotte e com dois jovens que são só a coisa mais simpática que existe, é de pairarmos sobre A.Camus, Sartre, F.Pessoa, Eça de Queirós,Domingos Amaral, Rodrigo dos Santos...enfim...todo um mundo de delícas.
Bem...depois seguimos para os livros. O homem comprou um de política e economia (não se farta desse tipo de literatura) e eu comprei um de culinária  sobre Smoothies Verdes, que segundo reza na capa muito apelativa é a 'Bíblia dos energizantes e tonificantes naturais made in Nova Iorque' , e o meu amor ofereceu-me um livro que eu andava a namorar há muito que é uma biografia de Hitler escrita por esse grande escritor que é Ian Kershaw e que na Feira estava com um preço para lá de bom. Esta obra foi considerada pelo Los Angels Times "A biografia definitiva de Hitler" e o livro tem sido considerado como uma das grandes obras da última década sobre este homenzinho louco que dominou a Alemanha e que modificou a geografia do Europa e talvez do mundo para sempre. Estou morta para o começar a ler, até porque adoro biografias (tenho várias) e cada vez acho que encontrei o meu tipo de literatura.
Ah... a Porto Editora e a Leya estão muito bem instaladas e com espaços muito apelativos sendo que mesmo assim a gigante  Leya consegue bater aos pontos toda a concorrência com os seus standes muito bem arranjados por temáticas, e com ótimos livros e preços e as suas funcionárias sempre presentes.
 Não fomos aos alfarrabistas porque a feira estava a fechar e na vinda para casa ainda apanhamos com a loucura dos adeptos sportinguistas na sua saída do estádio de Alvalade,  adeptos esses  que por lá andavam a festejar esse título que escapava aos Sporting há vários anos e apesar  de ser Benfiquista, fiquei contente por eles terem esta alegria e também  por os títulos nesta época futebolista  014/015, terem ficado por Lisboa.
Quanto à Feira ainda lá voltarei com mais calma não só para degustar mais alguns petiscos, mas também para bisbilhotar mais algumas obras de escritores portugueses e tentar obter mais algumas biografias.

quinta-feira, maio 28, 2015

Madame X

Há tempos atrás li com curiosidade numa revista, o facto das japonesas terem dado em gostar de uma forma quase obsessiva de peles excessivamente brancas, peles quase alvas. Para isso não hesitam em fazer tudo para não exporem a pele ao sol, em colocarem produtos que embranquecem a pele, e algumas vão ao ponto de se  empoeirarem totalmente de pós brancos produzidos para o efeito e cujo efeito é o das pessoas parecerem 'fantasmas'.
 É uma moda que pegou de estaca e que tem os seus adeptos por todo o mundo. Não nos esqueçamos que no ano passado foi grande moda as peles brancas e a cantora  Lady Gaga foi apontada como o exemplo a seguir neste capítulo.
Não sou adepta disso, como não sou adepta de uma pele excessivamente bronzeada. O sol faz mal a pele e isto está mais que provado. Com o avançar da idade temos que ter cuidados com a nossa pele e protege-la de um sol inclemente, isso é um dado mais do que adquirido.
Foi com estes pensamentos  na minha mente que me lembrei de uma belíssima tela de um pintor  de que gosto muito John Singer Sargent filho de pais emigrantes americanos em Itália, mais concretamente em Florença, cidade onde nasce este pintor em 1856, vindo a falecer em Londres em 1925. Sargent foi um excelente aguarelista e retratista. É precisamente um retrato seu que vos trago aqui.
 Denominado de Madame X se bem que toda a gente soubesse que se tratava de Madame Pierre Gautreau, esposa de um banqueiro francês de  seu nome Pierre Gautreau, o que aqui vemos é então  uma mulher que foi considerada no seu tempo nos círculos parisienses como uma das grandes beldades da época. Sargent deve tê-la visto e conhecido aquando da sua estadia em França e como a sua beleza era muito comentada resolveu então retratá-la.
 Esta mulher é alta ou o retrato assim a faz parecer. O que nos chama logo a atenção é a excessiva brancura da sua pele. É tão branca que parece artificial. Terá sido empoeirada? Parece que sim.
Dá-nos até ideia que vai entrar numa peça de teatro. Para realçar essa brancura temos o negro vestido que a cobre até aos pés que não são vislumbrados. Com a mão esquerda segura-o e a direita repousa de um modo artificial no tampo da escura mesa onde ela encosta a perna. Está retratada  de perfil com uma postura muito direita e arrogante. O nariz aquilino e pontiagudo assim como os cabelos ruivos chamam a atenção do observador, posto que vão fazer contraste com a alva pele.
Contudo, e apesar da imponência desta obra, hoje sabemos que a mesma não causou grande impacto e impressão positiva entre a critica e um dos motivos foi precisamente a excessiva cor branca da pele da retratada e o longo e negro vestido que a cobre desde o peito. 
Gosto muito  desta tela não só pela imponência da mesma  como pelo facto de nele estar retratado uma mulher  muito segura e certa da sua elegância e beleza.
Este excelente  Madame X pode ser apreciado no MoMa em Nova Iorque.

quarta-feira, maio 27, 2015

Guerras por um Trono

No episódio de ontem da Guerra dos Tronos...bem lavei a alma!
Estava a ver que nunca mais isso acontecia!
Até fui dormir como um anjo!
Eu nunca esperei ver uma série com tantas surpresas.
Esta série só mesmo para corações de aço!

segunda-feira, maio 25, 2015

Pelos Jardins do Rei

É pena este Nos Jardins do Rei (A Little Chaos, no origina ) do actor Alan Rickman que actua e é simultaneamente o realizador estar a passar algo despercebidamente nos cinemas portugueses, uma vez que o filme é genuinamente bom e honesto.
 Com a sempre segura e ainda muito deslumbrante Kate Winslet e um bonito e muito contido Matthias Schoenaerts que com ela faz par e com Alan Rickman sempre brilhante e com aquela voz acentuadamente de barítono  que nos seduz logo à partida, este nos Jardins do Rei é uma agradável surpresa dentro dos poucos filmes históricos em exibição.
Nele vemos o percurso romanceado da bela e arrojada paisagista Sabine de Barra, uma das primeira arquitetas paisagísticas que ficou para a história como tendo dado a Versailhes um dos mais bonitos recantos que o mesmo tem, ou seja, o salão de baile ao ar livre.
Ver este filme é entrar-nos pela alma dentro uma lufada de  ar fresco, quanto mais não seja porque K.Winslet nunca faz feio e está sempre firme e hirta dentro daquilo que lhe é pedido fazer.
Gostei muito deste filme e recomendo-o vivamente quanto mais não seja pela lindíssima fotografia, pelos bons actores, pela história e pela honestidade do realizador em fazer algo tão seguro e tão contido.
Parabéns Alan Rickman!

sábado, maio 23, 2015

BiCampeões

PARABÉNS AO MEU BENFICA POR ESTE FEITO!
E QUE JORGE JESUS FIQUE!!!!

sexta-feira, maio 22, 2015

Quadrilha no Moulin Rouge

Termino com Quadrilha no Moulin Rouge um pequeno périplo que fiz sobre um pintor que amo de coração que é Henri Toulouse-Lautrec.
A obra que aqui aparece é a Quadrilha no Moulin Rouge, onde mais uma vez vemos o pintor a abordar cenas do quotidiano dos cabarets de Paris e das mulheres que lá trabalhavam.
Nesta tela deparamo-nos com uma cena onde a alegria está ausente. Contudo, também não vemos auto compaixão e embora a vida que o pintor nos mostra seja rude e algo sórdida, para não dizer totalmente sórdida, ela é mesmo assim vivida com muita determinação.
 No centro da tela vemos uma bailarina do clube nocturno Moulin Rouge sendo ela um dos modelos favoritos de Lautrec, visto aparecer em mais telas do artista. Gabrielle de seu nome , encara-nos a nós espectadores com uma expressão muito cómica de alguém já profundamente embriagada. Tenta manter-se em pé no centro do salão e a sua postura de pernas abertas e mãos à cintura não deixa de ser algo agressiva como desafiando tudo e todos para uma dança com ela.
 Um casal entra e só os vemos de perfil. O casaco dela é uma mancha castanha que juntando-se ao verde azulado do vestido de Gabrielle são as cores predominantes da tela. A cor alegre é-nos dada pelo casaco rosa da bailarina ao fundo.
Este Quadrilha no Moulin Rouge, (1892) mais uma vez dá-nos a ver a Paris Henri Toulouse-Lautrec  assim como as  mulheres dos bordeis e de cabarets como é o caso do  famoso Moulin Rouge.