quinta-feira, maio 26, 2016

Relatos Bastante Selvagens

Não tendo oportunidade de ver este filme quando o mesmo esteve em cartaz e com grande pena minha, foi com alguma ansiedade que esperei que o mesmo chegasse ao video clube para o poder ver. Falo-vos do genial Relatos Selvagens  filme do realizador argentino  Danián Szifrón e com as soberbas interpretações de Rita Cortese ,Ricardo Darín, Nancy Dupláa, Dario Grandinetti,Oscar Martinez,Osmar Nunez,Maria Onetto,Erica Rivas,entre outros bons actores.
O filme é baseado na saudosa serie Amazing Stories que passou há uns anos em Portugal e que eu era fã incondicional, tanto a  primitiva ainda a preto e branco  como a adaptação desta  que S.Spilberg fez anos mais tarde.
Assim, o que aqui vemos nestes relatos, nada mais é, que seis histórias não ligadas entre si, em que personagens aparentemente banais vão entrar num mundo assombroso, onde a violência e  total perda de controlo dos seus  actos leva-os à  insanidade mais pura, à tragédia que pode até ser bastante cómica, à estupidez dos actos mais absurdos e disparatados  e por fim  à morte em algumas das histórias. 
O que aqui vemos são situações absurdo/caricatas, que de um momento para o outro passam a fazer parte da sua vivência por algumas horas ou alguns dias e isso é feito de forma tão  magnifica, que cada vez que uma história termina a nossa mente quase que não se encontra preparada para a outra de tal forma ficamos pasmados como o que acabamos de ver anteriormente.
Escusado dizer que adorei todas as histórias, mas a minha preferida é a primeira intitulada de "Pasternak" . Passada dentro de um avião e com uns tantos personagens bastante bons, a mesma não tem mais de 10 minutos. Logo  aqui podemos ver toda  a originalidade deste realizador e dos seus guionistas que quando a escreveram e realizaram deveriam estar em estado de graça tal a  genialidade aqui mostrada.
Também adorei "El mais Fuerte" onde podemos ver ali o que é a fúria de um automobilista quando é ultrapassado numa autoestrada, assim como "Las Ratas", pequena pérola de pouco mais de 10 minutos, mas absolutamente assombrosa, toda ela passada dentro de um lúgubre restaurante de beira de estrada e com apenas quatro personagens.
"Bombita" remete-nos para o filme "Um Dia de Fúria" (filme que adoro) e o último filme "Hasta que la Muerte nos Separe", acaba por ser a história ideal para fechar este sexteto de loucura e insanidades várias perpetradas pelo cidadão comum que em situações limites é levado a fazer coisas absolutamente impensáveis. Ver aquela noiva em rédea solta, dá-nos vontade de pensar duas vezes antes de ir a um casamento. Genial!
Este magnifico filme  que não me posso esquecer de referir ser  uma parceria entre a Argentina e o Brasil, foi  seleccionado em 2015 para Melhor Filme Estrangeiro, tendo perdido para "Ida" e no Festival de  Cannes competiu  para o prémio máximo o Palma de Ouro, tendo perdido para Dheepan, de Jacques Audiard.  
Um filme imperdível!

terça-feira, maio 24, 2016

A Lagosta e outros seres mais...

Imaginemos um mundo onde nas cidades toda a gente tem que estar casada e de preferência com filhos...e se não os conseguirem ter, que os arranjem por adopções e outras coisas que tal. Nesses acasalamentos impostos pelas regras de tal sociedade o amor pode passar perfeitamente ao lado!
Imaginem as pessoas que não consigam esse acasalamento rigidamente imposto e que tem que ser concretizado ao fim de quarenta e tal dias,serem transformados num animal à sua escolha.
 Para apimentar ainda mais a coisa, imaginem uma floresta onde solteiros sempre vestido com bizarras capas plásticas contra a chuva, vivam em permanente fuga dos que os tentam caçar para o matrimónio, sendo que aqui e ao contrário das cidades, as leis proíbem qualquer relação afectiva/amorosa e onde um simples abraço, beijo ou outra qualquer manifestação de carinho é punido com penas de tal forma severas que nomeá-las é quase impossível. Por último imaginem dois seres apaixonarem-se e terem que fugir a tais tão duras penas.
É mais ou menos é esta a premissa (aqui bastante soft como é óbvio) do último filme do genial e muito jovem realizador grego Yorgos Lanthimos denominada de A Lagosta, que se encontra em cartaz em Portugal e que eu aconselho vivamente a todos os amantes de filmes a roçarem a genialidade mais kafkiana que a mente humana pode imaginar.
De facto,  Lanthimos,  partindo de situações banais na vida de um ser humano, o casamento ou  a opção de se ser solteiro,  transforma essas mesmas opções  quotidianas no mais puro horror, mesclado da mais  absurda insensibilidade e onde as regras mais bizarras que a mente humana pode criar imperam sem que alguém as questione e quando alguém o faz é obrigado a proceder às acções mais trágico/absurdas que me foi dado a ver há muitos anos a esta parte, para puder escapar à punição e viver livremente.
 Contudo, esse viver livremente acaba também por ter algo de assustador e é aqui que vemos que o realizador cria uma sociedade onde fugir a qualquer uma das regras é assustadoramente impossível. Genial nas suas premissas!
 Ver este The Lobster é entrar um pouco pelos livros de Kafka e como amante que sou deste escritor foi com genuína boa vontade que me predispus a ver esta obra de um realizador que já nos tinha dado em 2009 Canino e em 2011 Alpeis e que com esta sua última obra ganhou em 2015 o Prémio do Júri no Festival de Cannes.
No elenco temos um surpreendente Colin Farell quase irreconhecível de tão gordo que está e que mostra até que ponto este é um bom actor quando é bem dirigido, a sempre genial Raquel Weltzos seguros Ben Whishaw e John C.Reilly, e  a assustadora Léa Seydoux, porque sempre que a vejo em overating fico com um friozinho no estômago. 
Aconselho vivamente este A Lagosta quanto mais não seja para nos sentir-mos atirados para um mundo tão semelhante ao nosso e ao mesmo tempo tão diferente e tão assustadoramente absurdo. 

Que Choradeira....

Este post contêm spoiler

Eu que achava que já tinha chorado tudo o que tinha a chorar numa série televisiva, e neste caso estou a falar no Guerra dos Tronos, aquando do episódio Red Wedding onde quase  toda a família Stark é assassinada, ontem no episódio 5 desta 6ª temporada,intitulado The Door chorei tanto no fim com o destino trágico do gigante Hodor que ali percebi pela enésima vez a razão desta série ser até hoje considerada a melhor série televisiva de todos os tempos e o porquê da loucura do seus seguidores em relação a ela. 
Se dúvidas havia em como esta obra baseada nos livros de Jorge R.R.Martin ultrapassava tudo o que era expectável em termos narrativos, efeitos visuais, intriga, encadeamento da história, narrativa, riqueza dos seus personagens, fotografia... etc, etc...essas dúvidas ficaram ultrapassadas ontem no episódio absolutamente dramático e onde um dos personagens muito querido dos fãs perde a sua vida em prol de outras duas.
Foi para mim o melhor episódio desta 6ª temporada, o mais surpreendente de todos, o mais triste, o que mais fez chorar os fãs, só mesmo comparável ao da  Boda Vermelha!
Retiro tudo o que disse num post anterior, em que achava que estava tudo muito morno, e a partir daqui tudo o que vier é ganho pois é difícil bater o episódio de ontem, em que  ficamos finalmente  a saber o porquê da personagem Hodor, o porquê dele apenas conhecer uma palavra,(Hodor) em que ele repetia sempre quando a ele se dirigiam, palavra essa  que todos julgávamos ser o nome dele.
No 3º episódio a cortina a começou a abrir-se ao descobrir-mos que ele se chamava Wylis e não Hodor, mas acho que  nunca, mas nunca pensaríamos que a palavra Hodor teria como único objectivo aquele em que vimos neste episódio. Foi super surpreendente e espectacular, mas ao mesmo tempo de uma tristeza tão grande, que todos iremos sempre sentir imensas saudades deste bom gigante protector de Bran Stark...assim como de Summer o lobo gigante branco. Foi de facto, um episódio revelador, triste e ao mesmo tempo absolutamente fantástico e onde até o genérico sem música (lembrando-nos o Red Wedding) nos mostrou o quanto a perda deste personagem ia tocar no coração dos fãs desta série.!
Valar Morghulis...aqui nesta série de facto Todos os Homens Morrem!

quinta-feira, maio 19, 2016

Ensurdecedor

Com realização do norueguês,  Joachim Trier,(Oslo, 31 de Agosto) e a sua primeira obra  em língua inglesa, está em cartaz o magnífico filme Ensurdecedor (Louder than Bombs), que fez a sua estreia no ano passado no festival de cannes.
Nela podemos ver um sempre seguro Gabriel Byrne (aí o que eu gosto deste actor) um surpreendente Jesse Eisemberg (como este actor cresceu em termos artísticos desde que o vimos em A Rede Social, a fantástica Isabelle Huppert, que dispensa apresentações e que numa, mas nunca faz feio, e a revelação em termos cinematográficos de um miúdo muito talentoso chamado David Druid que a meu ver é a força motora de todo o filme pela sua fechada postura em relação à morte dramática da mãe adorada e em permanente conflito com o pai.
Este Louder than Bombs é a meu ver um grande filme em cartaz, que está a passar muito despercebido o que é pena, pois ali abordam-se temas muito actuais  que vão da perda de um membro da família, neste caso a mãe, aos problemas inerentes à adolescência  e que nos leva também até aos campos de refugiados afegãos através do olhar das fotografias tiradas nesses mesmos campos e que mais uma vez faz valer a máxima que diz que uma foto vale por mil palavras. 
É também um filme muito sentido, pausado, com uma fotografia magnifica e  a roçar à perfeição, com os actores em estado de graça, a começar por G.Byrne acabando em  Amy Ryan que também por lá anda espalhando magia.
 Adorei o papel desempenhado por I.Huppert, uma mulher dividida entre a família que a adora e que dela precisa, sobretudo o introspectivo filho mais novo, e a sua profissão a de fotógrafa free lance que sente que também deve dar a conhecer a sua profissão, neste caso o de fotógrafa das misérias e desgraças que grassam pelo médio oriente. O filme oscila entre o passado e o presente e apesar da mesma já não existir no presente a sua imagem qual fantasma sobrepõem-se e ensombra todos, instalando-se nas suas vidas, não deixando que as feridas sarem e que pai e os dois filhos consigam seguir com a sua vida.O fim é magnifico, quanto mais não seja pela fotografia que não me canso de salientar, ser do melhor que já vi desde há muito.
De facto, este Ensurdecedor é um filme a não perder.

quarta-feira, maio 18, 2016

Short Film

Este incrível, cómico e muito em feito short filme é a minha homenagem a  todos os museus, esses lugares maravilhosos de cultura que adoro frequentar e que são homenageados durante toda esta semana, culminando no sábado, dia mundial dos museus.
 Aproveito aqui para convidar todos a irem ao Museu de Arte Antiga,  cuja programação
 no sábado é cheia de coisas fantásticas e com entrada e gratuita.
Um bem haja a tos os museus portugueses de norte a sul do país.

domingo, maio 15, 2016

Tri Campeões

IMAGINEM SE O HOMEM FOSSE TREINADOR DE FUTEBOL!!!LOL

Parabéns Rui Vitória e todos os jogadores do clube do meu coração: O Grande Benfica!







E para o JJ  um recadinho: é favor falares menos...pois que calado ês um poeta!

quarta-feira, maio 11, 2016

Um Trono Muito Morno


(Este post contêm spoiler ou o que quer que isso seja, uma vez que toda a gente viu o que aqui vou escrever)

Já sabíamos que Ramsay Bolton (Iwan Rheon) era nesta incrível série que é a Guerra dos Tronos a encarnação da maldade humana, a figuração do demo, da psicopatia e da ausência total de qualquer valor ético moral, ou seja, o doido de serviço.
 Contudo, penso que as loucuras deste bizarro e destrambelhado personagem (será que um dia quanto menos o esperarmos o vão matar?) não bastam para fazer andar e empolgar os episódios desta 6ª temporada da série baseada nas obras de George R.R.Martin.
Só mesmo quem está muito desatento e é pouco conhecedor de Ramsay Bolton é que se surpreendeu quando o mesmo apunhala mortalmente o pai, e de seguida mata a madrasta e irmão acabado de nascer, atirado-os aos cães, tornando-se senhor e dono da casa Bolton. Só por isso,  já se adivinha muito sangue e lágrimas derramadas como é costume sempre que Ramsay entra em cena.
Ainda falavam do Rei Joffrey Baratheon!
 Eu  desde o assassinato da família Stark nas Bodas Vermelhas que deixei de me embasbacar com o que quer que seja que daí venha. Assim também não me surpreendi grandemente com o retorno à vida de John Snow (Kit Harington) e só achei que o alarido feito em torno disso nos 10 meses que antecederam esta temporada, pecaram por excesso e só tinham como fito aguçar o apetite dos fãs desta série entre os quais me incluo.
Cheguei uma vez a estar numa prova de roupa na cadeia de lojas Zara e ouvir dois funcionários da mesma a discutirem feio sobre se J.Snow voltava ou não à vida  e ver uma cliente a meter-se de permeio na discussão. Delicioso!
Claro que acostumados que estamos a quem escreve os episódios achei o máximo o próprio John dizer serenamente que depois da vida nada existe  quando lhe perguntam o que ele viu enquanto esteve na morto, abrindo assim as portas para uma outra dimensão na série e mostrando que nada a temer após a morte, pois a maldade, as insanidades, a cupidez, as alegrias, tristezas e tudo o que faz a grandeza e misérias do ser humano se dão aqui enquanto estamos vivos e nada há depois de mortos. Nota máxima!
No que respeita a Westeros, nada ali se  desenrola. Temos uma perversa  Cercei Lanister (Lena Headey) completamente apática depois da vergonha que foi a cena do último episódio e tirando os arreemedos de coragem do irmão e amante, (Nicolaj Coster-Waldau)  e daquela bizarma reconstruída (Gregor Clegane) que anda sempre atrás dela...uma pasmaceira.!
Achei foi muito  engraçado o imberbe e de coroa na cabeça rei Tommen, o jovem actor  Dean-Charles Chapman, estar a ter aquele diálogo religioso  com o sabido do Alto Pardal, o imperdível e ceráfico Jonathan Pryce, que em três tempos lhe comeu as papas na cabeça. Ainda temos um rei completamente convertido aos ideais fanáticos religiosos   desses loucos que agora dominam Westeros.
Quanto à jovem Arya (Maisie Williams) temo-la  a levar pancada  todos os dias e finalmente a recuperar a visão quando consegue fazer frente à sua mestre bebendo a água dada pelo mestre Jaqen H'ghar, o actor  Tom Wlaschiha.
No que concerne a  Bran Stark  seu irmão, este é a parte que mais me interessa pois o mesmo está a  viver num mundo de aprendizagens mágicas com o mágico Corvo de Três Olhos, o magnifico Max Von Sydow, que o faz retornar em sonhos, à vida passada dos seus pais e tendo nessas visões surpreendentes revelações, que penso que serão o cerne desta temporada.
No capitulo dos dragões (aí o que eu adoro aqueles dragões que parecem tão...dragões!) tivemos a meu ver a cena mais incrível quando o meu personagem preferido o pequeno/grande Tyrion Lanister (Peter Dinklager) liberta os dragões para que os mesmos se alimentem, enquanto a mãe dos mesmos, a rainha Daenerys  (Emilia Clarke) é atirada para a cidade das viúvas, esperando-lhe um futuro bem deprimente, a menos que apareça algum dragão e esturrique aquela gente toda.
Ah...quanto à sofrida Sansa (Sophie Turner) lá está em fuga das garras do tarado do Ramsay, a caminho do norte gelado à procura do seu meio irmão John Snow que neste último episódio parece  deixar de ser o Lord Comander depois de mandar enforcar os traidores da Patrulha da Noite.
Surpreendente...surpreendente foi ver a dimensão ganha por Melisandre, a actriz Carice van Houten, que passou a ter uma outra importância na série e a meu ver a preferida até agora do público que vê esta série. Grande Melisandre! 
Se houve grandes atractivos neste inicio de temporada? Nem pouco mais ou menos! 

Tudo muito morno, tudo muito sereno, e tirando as mortes acima referidas e do senhor do Trono de Ferro, Balon Greyjoy, morte esta completamente descabida a meu ver, nada há ali que nos surpreenda, que nos faça ficar a ansiar pelo episódio seguinte.
Como fã incondicional que sou desta série que continuo a dizer que é a melhor de todos os tempos, continuarei a ver os episódios (acho que são apenas 7) mas até agora nada do que me vi me empolgou, me seduziu, me fez ansiar pela segunda feira seguinte. Se calhar estou a ser muito exigente, mas a série é tão boa que os que a seguem querem sempre mais e mais... 
 A continuar assim, muita gente vai zarpar...ai vai vai...

terça-feira, maio 03, 2016

Oskar Schlemmer -Escadaria de Bauhaus


Desde que vi pela primeira vez numa revista esta tela do pintor alemão Oskar Schlemmer fiquei apaixonada por ela, pelo modernismo da obra e pela concepção dos corpos que sobem a escadaria da famosa escola de design,  Staatliches-Bauhaus  pioneira nas  artes . 
De facto, a   Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitectura, sendo a primeira escola de design do mundo.  Foi nela que Oskar Schlemmer (nascido a 4 de Setembro de 1888 em Estugarda  e falecido em Baden-Baden em 1943) se inspirou para criar esta lindíssima tela denominada de Escadaria da Bauhaus.
Embora já lá não estivesse, através desta tela Schlemmer quis prestar homenagem à escola e principalmente ao seu director forçado a abandonar esta instituição sendo que a mesma  passava por grandes dificuldades em manter as portas abertas, estando prestes a ser encerrada pelos nazis.
Assim o pintor vai recriar uma parte da famosa escadaria pertencente ao edifício principal da sede principal da   Bauhaus, em Dessau.
Nesta cena vemos que alunos e professores subiam e desciam pela escadaria para se dirigirem para as aulas ou aos ateliers. Vai ser precisamente este vai e vem que Oskar Schlemmer vai pintar caracterizando tão bem as figuras que as mesmas parecem movimentar-se perante os nossos olhos. Talvez influenciado por manequins ou por desenhos de guarda-roupas realizados pelo mesmo para as suas obras teatrais o que é certo é que o que aqui vemos mais do que a anatomia das figuras é o movimento que ficou perfeitamente captado através dos gestos de torção da cabeça, anca e braços. 
A primeira figura que se veste de tons claros possui uma incrível correcção corporal e a sua presença não ofusca a figura de blusa com tons laranjas que sobe a escada virando o pescoço e olhando para baixo.A perpectiva está magnificamente bem construída e o desenho da escada soberbamente executado.  
Em todos os sentidos esta Escadaria de Bauhaus (1932) é uma das mais belas telas executadas por este multifacetado artista alemão.

 A mesma pode ser apreciada no Museu de Art Moderna em Nova Iorque.