domingo, janeiro 22, 2017

Manchester perto do Mar

O filme vem carregado de tudo quanto seja elogios da crítica e não só. Parece que toda a gente que o vai ver acha uma obra fantástica, apesar de muito triste, sem redenção, profunda, com actuações soberbas de Casey Affleck ( o irmão mais novo de Ben Affleck)...patati...patata...
Ontem fui vê-lo...e não adormeci porque manifestamente tinha medo de começar a ressonar(oppss eu ressono por causa de um problema de bronquite asmática...desculpas...desculpas...) e por respeito à  amiga que ia comigo e que adorou o filme desde o início ao fim!Pois...a diversidade das emoções humanas no seu melhor.
Não gostei desse Manchester By the Sea, o fime de Kenneth Lonergan ( o guionista de Uma Questão de Nervos,Gangs de Nova Iorque e Maldição, este último retirado de uma obra de S.King) e que depois  envereda pela realização com o "Conta Comigo" e "Margaret".
A história aqui narrada em Manchester by The Sea, não me disse nada posto que já vimos aquilo em centenas de outras histórias de tragédias familiares e em que o "culpado" leva a sua vida carregando uma cruz para toda a eternidade sem redenção possível.
A única coisa que ali se aproveita é mesmo as prestações de C.Affleck, Kyle Chandler (que nunca faz feio e que é pena ser sempre um actor de suporte) e de um miúdo de seu nome Lucas Hedges que de facto está fabuloso.
Michelle Williams sempre o mesmo pãozinho sem sal, aparece em três ou quatro cenas e até a cena quase final da conversa com o seu ex  atormentado marido não me convenceu nada.
 Passado à beira de uma cidadezinha costeira americana  de seu nome Manchester o que ali vemos é gente em estado de negação perante a tragédia e que um homem (C.Affleck bem gordinho e bem soturno) que só consegue enfrentar os seus demónios andando aos murros a todos os desgraçados que lhe apareçam pela frente e que de tão parco em palavras acaba por ser a meu ver um chato do caraças.
E é isto.
Este MBS está super nomeado para tudo quanto é prémio, talvez vá fazer um figuraço nos Oscares para grande consternação minha, pois esse relevo todo em questão de prémios deveria ser  dirigido ao surpreendente  Silêncio de M..Scorcese, esse sim um grande filme.
Depois escreverei aqui sobre esta surpresa cinematográfica que estreou esta semana em Portugal.

segunda-feira, janeiro 02, 2017

Animais muito Nocturnos

Para começar bem o ano de 2017 fui ver (está quase a sair de cartaz) o último filme do realizador Tom Ford, (após Um Homem  Singular) o Animais Nocturnos, baseado na obra  Tony and Susan de Austin Wright.
Vi que a critica arrasou o filme  e quando ontem o fui ver ia com alguma relutância.
Contudo, achei o mesmo um filmaço,(não percebo a má vontade de alguns críticos acerca deste filme) pois o mesmo está muito bem realizado, com um argumento muito bem urdido em o que ali vemos é uma uma história dentro de outra história, (sem nunca nos perdermos), com uma interpretação muitíssimo bem conseguida de Amy Adams (actriz  que eu amo de coração) de Jake Gyllenhaal (aí o que eu gosto deste actor) de Michael Shannon (inperdível no papel de um polícia a lutar contra um cancro) assim como  de Aaron Taylor-Johnson, um psicopata de nos fazer arrepiar a coluna. Laura Linney e Michael Sheen aparecem num pequenino papel , mas ambos são inesquecíveis.
Não posso deixar de relevar o guarda roupa que é fabuloso, não fosse Tom Ford um excelente estilista e uma fotografia absolutamente incrível.
O filme esteve no ano passado em competição pelo Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza onde recebeu o grande prémio do Júri. 
É um daqueles filmes onde vemos que de facto que a vingança quando quer ser servida deve ser como um prato extremamente frio.
Um filme imperdível a todos os títulos.