segunda-feira, outubro 05, 2015

Chegada Outonal


As Vindimas-Silva Porto(Museu do Chiado)

Parece que é desta que com grande barulho chegou o Outono do nosso descontentamento, das roupas -não-muito-quentes-porque-depois-ficas-cheia-de-calor, das castanhas assadas, das cheias súbitas, do vento barulhento e estrondoso, das manhãs ensolaradas e tardes chuvosas e vice-versa, das uvas saborosas e da sua respectiva apanha, do pensar em mudar para pijamas um pouco mais quentinhos e do puxar do edredon para cima de nós lá para a madrugada.
É também a estação dos tons castanhas e das folhas caídas, das poças de água à beira da estrada e que nos estragam o dia se algum cretino de carro resolve passar mesmo por cima de uma e molhar-nos os pés que por essa altura ainda resistem em andar ao ar livre tendo por companhia umas calças ainda escandalosamente brancas porque se quando o Verão vem tratamos logo de nos descascar quando o mesmo vai resistimos em nos cobrir.
Entre ontem e hoje a chuva não tem parado de cair e o pior mesmo é o vento que não dá tráguas. Ele é cabelos pelos ares, ele é casaco a abanar por todos os lados, guarda chuvas virados do avesso e largados na rua e um calor que faz com que não saibamos se nos agasalhamos ou se nos deescapotamos. O meio termo deixa-nos sem saber o que vestir o que calçar. Se por um lado ainda há quem ande como se estivéssemos num 15 de agosto por outro há quem já não tire o casaquinho de cima.
Sou sou muito friorenta e já ando de casabeque para cima e para baixo.
Se tenho calor? Claro, porque ora está quente, ora está frio, mas são essas inquietações que fazem do Outono uma estação maravilhosa quando ela existe e não passamos logo de um verão inclemente para um frio polar como já tem acontecido sobejas vezes.
Apesar de todos esses 'contratempos' que gozemos então este Outono do nosso des-contentamento.

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