segunda-feira, novembro 03, 2014

Um Santo Vizinho

Com realização de Theodore Melfi, fui ver o filme Um Santo Vizinho (St. Vincent De Van Nuys ) com este grande actor muito injustamente esquecido que é Bill Murray, coadjuvado por uma sempre segura Melissa McCarthy, ( que para mim é  muito boa em papéis sérios e que eu não acho muito graça em papéis cómicos),  Naomi Watts, numa impagável prostituta russa grávida, Terrence Howard, Chris O'Dowd e o estreante e muito franzino Jaeden Lieberher nos papéis principais. Confesso que fui ver o filme   com grandes expectativas  e apesar do mesmo cumprir o seu papel de comédia  e a espaços até  fazer-nos soltar uma boa gargalhada, no fim saí do cinema algo desiludida pois estava a espera de bem mais. É claro que todos os actores cumprem muito bem o seu papel, o mesmo está uns belos furos acima de muitas comédias que se vêm por aí em cartaz, Bill Murray está incrível, mas a história é simplista, o guião  algo preguiçoso e  por vezes muito previsível nas situações criadas. 
O que fica desta obra é  mesmo uma boa prestação dos seus actores, que dão o litro durante todo o filme e  admirar-nos com  Jaeden Lieberher que para primeiro papel está surpreendente dando boa réplica a Bill Murray com que contracena em quase todas as cenas.
Quanto à  história  essa não  tem nada de surpreendente. O que vemos é um  rezingão e solitário personagem de seu nome Vincent (Bill Murray) que devido à falta de dinheiro se vê a páginas tantas a fazer  de baby sitter de um rapazinho também muito solitário e inteligente, com uma mãe divorciada, trabalhadora e algo ausente e que  vai  paulatinamente mudando o mundo deste homem que apenas vivia  egoistamente para o seu gato, as suas falhadas  apostas em corridas de cavalos, as suas constante bebedeiras e sexo ocasional com uma prostituta cheia de genica, carpindo a dor de ver a sua adorada mulher ir definhando num lar com esta doença terrível que é o Alzeimer.
Não é uma má comédia, é uma comédia sofrível que tem bons  e esforçados actores.
Se se vê com agrado? Claro que sim! Uma grande obra? Claro que não.

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