
Fiquei destroçada porque eu gostava muito dela e por vezes dava por mim a contemplá-la e a apreciar a harmonia que o artista tinha colocada nesta cópia da obra de Giambologna.
Nem tentei colar as peças porque não gosto de o fazer e pegando nos cacos embrulhei-os em jornal e pesarosamente pu-los no lixo. Há pouco tempo, estando a ver um filme dei com uma cena em que sobre uma mesa estava uma estatueta idêntica à minha e o mais engraçado é que a personagem também apreciava ficar sentada contemplado essa obra. Resolvi então escrever um pouco sobre este Rapto das Sabinas. Comecemos pelo autor.
Jean de Boulogne mais conhecido por Giambologna, nasceu em Douai na Flandres em 1529 e faleceu em Florença em 1608.Ficou conhecido por ter sido um dos mais perfeitos representantes da corrente Maneirista, assim como pelo facto de todas as suas obras terem muito movimento e muito bem polidas à superfície. A estátua O Rapto das Sabinas, assim como a de São Lucas, Mercúrio, Hércules e Vénus entre outras muitas peças maravilhosas de estatuária que podemos encontrar em muitas fontes e jardins por esta Europa fora, criaram-lhe grande prestígio entre os seus pares e não só. Ficou também sobejamente conhecia a energia que o este artista imprimia às suas obras, e de facto como podemos ver nesta obra aqui presente, o movimento impetuoso da mulher, tornada compacta pelo forte abraço que a mesma sofre do romano que a segura e do musculado personagem que se agacha aos seus pés, criam em que vê a ilusão de alguém que se debate para fugir a este forte amplexo.

Uma obra esplendorosa!
Sem comentários:
Enviar um comentário