quarta-feira, maio 11, 2016

Um Trono Muito Morno


(Este post contêm spoiler ou o que quer que isso seja, uma vez que toda a gente viu o que aqui vou escrever)

Já sabíamos que Ramsay Bolton (Iwan Rheon) era nesta incrível série que é a Guerra dos Tronos a encarnação da maldade humana, a figuração do demo, da psicopatia e da ausência total de qualquer valor ético moral, ou seja, o doido de serviço.
 Contudo, penso que as loucuras deste bizarro e destrambelhado personagem (será que um dia quanto menos o esperarmos o vão matar?) não bastam para fazer andar e empolgar os episódios desta 6ª temporada da série baseada nas obras de George R.R.Martin.
Só mesmo quem está muito desatento e é pouco conhecedor de Ramsay Bolton é que se surpreendeu quando o mesmo apunhala mortalmente o pai, e de seguida mata a madrasta e irmão acabado de nascer, atirado-os aos cães, tornando-se senhor e dono da casa Bolton. Só por isso,  já se adivinha muito sangue e lágrimas derramadas como é costume sempre que Ramsay entra em cena.
Ainda falavam do Rei Joffrey Baratheon!
 Eu  desde o assassinato da família Stark nas Bodas Vermelhas que deixei de me embasbacar com o que quer que seja que daí venha. Assim também não me surpreendi grandemente com o retorno à vida de John Snow (Kit Harington) e só achei que o alarido feito em torno disso nos 10 meses que antecederam esta temporada, pecaram por excesso e só tinham como fito aguçar o apetite dos fãs desta série entre os quais me incluo.
Cheguei uma vez a estar numa prova de roupa na cadeia de lojas Zara e ouvir dois funcionários da mesma a discutirem feio sobre se J.Snow voltava ou não à vida  e ver uma cliente a meter-se de permeio na discussão. Delicioso!
Claro que acostumados que estamos a quem escreve os episódios achei o máximo o próprio John dizer serenamente que depois da vida nada existe  quando lhe perguntam o que ele viu enquanto esteve na morto, abrindo assim as portas para uma outra dimensão na série e mostrando que nada a temer após a morte, pois a maldade, as insanidades, a cupidez, as alegrias, tristezas e tudo o que faz a grandeza e misérias do ser humano se dão aqui enquanto estamos vivos e nada há depois de mortos. Nota máxima!
No que respeita a Westeros, nada ali se  desenrola. Temos uma perversa  Cercei Lanister (Lena Headey) completamente apática depois da vergonha que foi a cena do último episódio e tirando os arreemedos de coragem do irmão e amante, (Nicolaj Coster-Waldau)  e daquela bizarma reconstruída (Gregor Clegane) que anda sempre atrás dela...uma pasmaceira.!
Achei foi muito  engraçado o imberbe e de coroa na cabeça rei Tommen, o jovem actor  Dean-Charles Chapman, estar a ter aquele diálogo religioso  com o sabido do Alto Pardal, o imperdível e ceráfico Jonathan Pryce, que em três tempos lhe comeu as papas na cabeça. Ainda temos um rei completamente convertido aos ideais fanáticos religiosos   desses loucos que agora dominam Westeros.
Quanto à jovem Arya (Maisie Williams) temo-la  a levar pancada  todos os dias e finalmente a recuperar a visão quando consegue fazer frente à sua mestre bebendo a água dada pelo mestre Jaqen H'ghar, o actor  Tom Wlaschiha.
No que concerne a  Bran Stark  seu irmão, este é a parte que mais me interessa pois o mesmo está a  viver num mundo de aprendizagens mágicas com o mágico Corvo de Três Olhos, o magnifico Max Von Sydow, que o faz retornar em sonhos, à vida passada dos seus pais e tendo nessas visões surpreendentes revelações, que penso que serão o cerne desta temporada.
No capitulo dos dragões (aí o que eu adoro aqueles dragões que parecem tão...dragões!) tivemos a meu ver a cena mais incrível quando o meu personagem preferido o pequeno/grande Tyrion Lanister (Peter Dinklager) liberta os dragões para que os mesmos se alimentem, enquanto a mãe dos mesmos, a rainha Daenerys  (Emilia Clarke) é atirada para a cidade das viúvas, esperando-lhe um futuro bem deprimente, a menos que apareça algum dragão e esturrique aquela gente toda.
Ah...quanto à sofrida Sansa (Sophie Turner) lá está em fuga das garras do tarado do Ramsay, a caminho do norte gelado à procura do seu meio irmão John Snow que neste último episódio parece  deixar de ser o Lord Comander depois de mandar enforcar os traidores da Patrulha da Noite.
Surpreendente...surpreendente foi ver a dimensão ganha por Melisandre, a actriz Carice van Houten, que passou a ter uma outra importância na série e a meu ver a preferida até agora do público que vê esta série. Grande Melisandre! 
Se houve grandes atractivos neste inicio de temporada? Nem pouco mais ou menos! 

Tudo muito morno, tudo muito sereno, e tirando as mortes acima referidas e do senhor do Trono de Ferro, Balon Greyjoy, morte esta completamente descabida a meu ver, nada há ali que nos surpreenda, que nos faça ficar a ansiar pelo episódio seguinte.
Como fã incondicional que sou desta série que continuo a dizer que é a melhor de todos os tempos, continuarei a ver os episódios (acho que são apenas 7) mas até agora nada do que me vi me empolgou, me seduziu, me fez ansiar pela segunda feira seguinte. Se calhar estou a ser muito exigente, mas a série é tão boa que os que a seguem querem sempre mais e mais... 
 A continuar assim, muita gente vai zarpar...ai vai vai...

1 comentário:

redonda disse...

Ainda não vi, mas li o post na mesma :)