segunda-feira, setembro 02, 2013

Matar Saudades

Entrada do Museu
Este domingo deu-me numa de nostalgia e fui a um sitio onde há muitos anos passava as minhas férias de verão. Esse sítio  que na altura eu achava um 'must' é a Foz do Arelho, uma praia a uns quilómetros das Caldas da Rainha. Como  há muitos anos que eu não ia a esta bonita cidade, aproveitei o passeio para ir visitar da parte da manhã o Museu de José Malhoa, (a entrada aos domingos é gratuita até as 14 horas).
Retrato da Rainha D.Leonor
 Desde a minha ida lá, há uns bons 15 anos (se não me engano)o Museu que nessa altura estava extremamente degradado e até corria o risco de fechar, sofreu obras e está muito bonito. É um bom museu com obras fantásticas de pintores portugueses. A visita foi muito agradável e como fazia muito calor, estando lá dentro e na presença de tanta obra  bonita, tantos quadros magníficos do grande José  Malhoa e do magnifico Bordalo Pinheiro (entre tantos outros) a mim só me apetecia mesmo era acampar ali e quedar-me de vez.
O jardim, dentro das restrições orçamentais com que todas as câmaras municipais se debatem, está bem cuidado pontuado por belas estátuas. Lá dentro vale a pena uma visita demorada à sala onde se encontra uma magnifica cena da Paixão de Cristo feita em estatuária! Esplendoroso!
Não fui à fabrica Bordalo Pinheiro porque estava fechada, mas recordo-me que sempre que ia às Caldas da Rainha, não resistia a lá dar um salto e ver aquelas belas loiças. Depois do almoço num Centro Comercial que por lá existe e que fica por detrás de um novo Hotel muito bem implementado no centro da cidade e que não causa qualquer impacto ambiental, pois o edifício foi o aproveitamento de um já ali existente, rumei à Foz do Arelho.
Foz do Arelho
A estrada contínua a mesma pontuada por novas vivendas que não causam mossa à paisagem. É um caminho agradável de se fazer e até a própria Foz  do Arelho, não sofreu grandes modificações. Claro que está tudo melhorado, sinal de algum investimento que eu espero que não se perca devido à crise que atravessamos. Procurei logo o hotel onde eu ficava hospedada e lá estava o mesmo, mesmo na ponta da Foz. Já não existe, e isso não me surpreendeu, posto que a última vez que lá fiquei o mesmo já estava bem decadente. Está em obras, pelos menos está todo rodeado por andaimes e só espero que dali saia alguma coisa de jeito, se não for o hotel que pelo menos seja algo que as pessoas possam usufruir pois a vista para o mar é lindíssima.
Lagoa de Óbidos
O que menos gostei foi da enchente que ali se verificava. Não havia lugar para se estacionar. Como o dia estava muito enublado e até fazia algum frio, um tempo nada propício a banhos de mar,as pessoas foram para as belas esplanadas que bordejam a praia e era muita gente, muita gente mesmo! Carros era uma insanidade, e só me restou ir andando devagar vendo tudo com olhos de saudade e após isso, rumar à Lagoa de Óbidos. Lá o nevoeiro continuava serrado, algumas pessoas faziam canoagem, outras bebiam nas esplanadas, com o olhar fito no horizonte, talvez lembrando que as férias estão a terminar!
 A praia do Bom Sucesso, uns quilómetros acima estava cheia da famílias apanhando berbigão,  ninguém tomava banho pois a água estava muito fria, e aquele nevoeiro e algum frio que se fazia sentir não convidavam a aventuras de banhos. No restou mais do que irmos para uma esplanada, comer gelados e ler.
 Ao fim do dia visitamos aqueles bairros novos com casas muito bem arranjadinhas. Julgo que que as famílias que  ali passam as suas  férias e que ali vivam têm boa qualidade de vida, pois o sitio é sossegado, limpo e bonito. Quando rumava  a Lisboa, fiquei com a  com a certeza de que a Foz do Arelho continua um sitio muito agradável e bem preservado.
Se Deus quiser, para o ano que vem voltarei a este lugar de bons veraneios, mas para passar alguns dias de praia no extenso areal que lá existe e que me fazia sempre sorrir com a quantidade de distância que tínhamos que percorrer até conseguir molhar os pés. Que dias fantásticos aqueles!



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