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Com ele a Argentina ganhou o seu segundo Oscar depois deste país já ter um com a película A História Oficial (retrato muito negro da ditadura).
Com Ricardo Dárin (actor que eu amo de corazon), a bonita e sempre segura Soledad Vilamil e o não menos estupendo Guillermo Francella, ver este filme é mergulhar no que de melhor o cinema tem. Um bom argumento adaptado de uma obra, uma soberba realização, um naipe de actores em estado de graça, diálogos inesquecíveis, encadeamento muito bem feito do passado no presente, um final assombroso e sobretudo a famosa cena de perseguição ao suspeito principal de um violento crime de violação seguido de assassinato de uma jovem mulher (locomotiv do filme) feita de um só take e toda ela passada num estádio de futebol repleto de gente e com o jogo a decorrer. No mínimo, uma cena de antologia assim como aquele final que nunca irei esquecer.
Penso que não conheço ninguém que não ame este filme digno de todos os prémios que lhe possam ter sido atribuídos, pois o mesmo é uma autêntica obra de arte cinematográfica.
Ontem sábado revi-o na RTP1 e foi como se nunca o tivesse visto, pois prendeu-me outra vez do princípio ao fim apesar de já saber o que ali se passava.
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Contudo, quando a vi não desgostei. Apesar de estar nos antípodas da obra original, as prestações seguras de Julia Roberts (quase irreconhecível de tão pouco maquilhada e arranjada que está) e de Chiwetel Ejiofor conseguem segurar muito bem todo o filme.
Esqueçanos Nicole Kidman que nada tem de parecido com o papel de Soledad Vilamil no filme original e foquemo-nos apenas e só nos dois primeiros.
Se assim o fizermos acabamos por gostar dessa adaptação e apesar do mesmo se mover nas sequelas do 11 de Setembro, acaba por não desmerecer o tempo despendido a vê-lo.
Apesar de tudo isso nada melhor que ver o fantástico filme argentino, posto que de facto este é uma obra prima.
1 comentário:
Gostei mais do primeiro
(nos dois casos, é imensamente triste)
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