terça-feira, abril 27, 2010

Philip K. Dick

Philip Kindred Dick nasceu a 16 de Dezembro de 1928 em Chicago e morreu a 2 de Março de 1982 em Santa Ana, Califórnia. Philip Kindred Dick também conhecido pelas iniciais PKD, foi um escritor de livros ficção científica que alterou profundamente este género literário. Apesar de ter tido pouco reconhecimento em vida, a adaptação de várias das suas novelas ao cinema acabou por tornar a sua obra conhecida de um vasto público, sendo aclamado tanto pelo público como pela crítica.
Filho de um funcionário do governo federal, a sua irmã gémea morreu quase à nascença. Os seus pais divorciaram-se quando Philip tinha quatro anos de idade. Acompanhou a mãe na sua mudança para a Califórnia, onde estudou, matriculando-se na Escola Secundária de Berkeley, onde permaneceu até 1945. Mais tarde entrou para a Universidade da Califórnia, onde estudou Filosofia e Alemão, abandonando o curso para trabalhar como disc-jockey numa emissora de Radio, mantendo, ao mesmo tempo, uma loja discográfica.
Começou a escrever nesta época, publicando o seu primeiro conto de ficção científica na revista Planet Stories. Chegou a terminar alguns romances de índole autobiográfica, mas não conseguiu encontrar quem os editasse. Decidiu portanto dedicar-se inteiramente aos livros de ficção científica, convicto de que este género poderia melhor abarcar as suas especulações filosóficas.
A sua primeira obra publicada foi Solar Lottery em 1955. A acção da obra decorria no século XXIII, num tempo em que a democracia como forma de eleição foi substituída por uma sistema de lotaria que decide as funções dos indivíduos na sociedade. Após o aparecimento de obras como Eye In The Sky de 1956, Dr Futurity de 1960 e Vulcan's Hammer também escrito em 1960, Philip K. Dick conseguiu ser reconhecido como escritor, sobretudo com a publicação de The Man In The High Castle (O Homem do Castelo Alto) de 1962 F..K.Dick revoluciona por completo as obras de Ficção científica. Por ter mantido relações com o Partido Comunista norte-americano, o escritor foi alvo de cuidadosas investigações por parte do FBI e dos serviços secretos da Força Aérea dos EUA. A visão quase paranóica da realidade que Dick demonstrou em muitos dos seus trabalhos não seria portanto de todo infundada. Inspirando-se em ideias do Budismo, Cabalismo, Agnosticismo e outras doutrinas herméticas, e combinando-as com certos aspectos das novas crenças na parapsicologia, extraterrestres e percepção extra-sensorial, o autor criou mundos alternativos nos quais acabou eventualmente por julgar viver. Consumindo drogas em excesso, alegou ter sido contactado em 1974 por uma inteligência alienígena.
PKD explorou em muitas das suas obras temas como a realidade e a humanidade, utilizando normalmente como personagens pessoas comuns e não os normais heróis galácticos de outras obras do género. Precursor do género cyberpunk, o seu livro Do Androids Dream of Electric Sheep? inspirou o filme Blade Runner (hoje em dia um filme de culto para os amantes do cinema). Já perto da sua morte (morreu com um AVC ) conseguiu ver algumas das suas obras serem adaptadas para o cinema com assinalável êxito, como foram o caso de Blade Runner, com Harrison Ford, (poderão ver aqui o trailher deste filme lindíssimo), Relatório Minoritário com Tom Cruise, Desafio Total com Arnold Schwarzenegger, Pago para Esquecer, com Uma Turman e Ben Affleck, O Impostor com Gary Sinise entre outras obras sua. Até morrer F.K.Dick escreveu perto de 130 obras, muitas delas traduzidas para português.

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