quinta-feira, julho 09, 2009

Edvard Munch - O Grito

Edvard Munch, nasceu em Lote em 1863 e morreu em Oslo em 1944. Frequentou a Escola de Artes e Ofícios de Oslo, vindo a ser influenciado por Courbet e Manet. No campo das ideias, o pensamento de Henrik Ibsen e Bjornson vão marcar o seu percurso inicial. Este pintor norueguês vai utilizar a pintura como uma arma destinada a lutar contra a sociedade. Os temas sociais estão assim presentes nas suas obras O Dia Seguinte e Puberdade pintadas em de 1886.
Com A Menina Doente 1885 inicia uma temática que surgiria como uma linha de força em todo o seu caminho artístico. Fez inúmeras variações sobre este último trabalho, assim como sobre outras obras, e os seus sentimentos sobre a doença e a morte, que tinham marcado a sua infância (a mãe morreu quando ele tinha 5 anos, a irmã mais velha faleceu aos 15 anos, a irmã mais nova sofria de doença mental e uma outra irmã morreu meses depois de casar; o próprio Edvard estava constantemente doente), assumem um significado mais vasto, transformados em imagens que deixavam transparecer a fragilidade e a transitoriedade da vida. Quando vai viver para Paris, Edvard Munch descobre a obra de Van Gogh e Gauguin e indubitavelmente o seu estilo sofre grandes mudanças.
Em 1892 recebe um convite para expor em Berlim. Esse convite torna-se num momento crucial da sua carreira e da história da arte alemã. Inicia um projecto que intitula O Friso da Vida.
Aos trinta anos ele pinta talvez aquela que seja a sua obra mais emblemática e mais conhecida a níve, mundial O Grito considerada a sua obra máxima, e uma das mais importantes da história do expressionismo.

O quadro aqui representado retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos. O Grito é uma das peças da série intitulada The Frieze of Life [O Friso da Vida]. Os temas da série recorrem durante toda a obra de Munch, em pinturas como A Menina Doente (1885), Amor e Dor (1893-94), Cinzas (1894) e A Ponte. Rostos sem feições e figuras distorcidas fazem parte de seus quadros.
Em 1896, em Paris, interessa-se pela gravura, fazendo inovações nesta técnica. Os trabalhos deste período revelam uma segurança notável. Em 1914 inicia a execução do projecto para a decoração da Universidade de Oslo, usando uma linguagem simples, com motivos da tradição popular.
Munch retratava as mulheres ora como sofredoras frágeis e inocentes, isso é visível nas suas obras Puberdade e Amor e Dor, ora como causa de grande anseio, ciúme e desespero, tal como é notório em Separação, Ciúmes e Cinzas. As últimas obras pretendem ser um resumo das preocupações da sua existência.Toda a obra está impregnada pelas suas obsessões: a morte, a solidão, a melancolia, o terror das forças da natureza.
O Grito, no original Skrik, foi pintada por Munch em datada de 1893/4. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci.
A obra foi já roubada e mais tarde recuperada.
Esta obra de Munch é Óleo sobre madeira, tem 83.5x66 cm pode ser apreciada no E.Munch Museu em Oslo.



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