segunda-feira, janeiro 14, 2013

Paperboy-Um Rapaz do Sul

Passando quase despercebido em Portugal, mas fazendo salas cheias de espectadores, eis que fui ontem ver este PaperBoy-um Rapaz do Sul, do realizador Lee Daniels, o mesmo que já tinha feito esta pequena obra de arte que é  Precious. Aqui temos um filme totalmente passado no sul dos Estados Unidos, numa realidade bem conhecida do realizador, mas que a mim me surpreendeu totalmente, posto que algumas daquelas vidas ali retratadas pouco se distinguem da pura animalidade.Este Paperboy passada nos anos sessenta, retrata uma história de violência demencial servida por actores tão inesperados como uma Nicole Kidman nos antípodas do que estamos habitualdos a ver (a caracterização da actriz é merecedora de um prémio e a mesma de um Óscar quanto mais não fosse na categoria de actriz secundária), vemos um Zac Afron distanciado dos papeis de rapaz de carinha laroca e um valor seguro desde que encontre bons papeis e bons realizadores, temos um Matthew McConaughey, cada vez melhor num papel de jornalista cheio de mágoas, segredos obscuros e completamente torturado por uma reprimida homossexualidade,  e por fim um John Cusack absolutamente fantástico no papel de um cadastrado de fazer tirar o sono a um santo e de nos fazer arrepeiar a espinha cada vez que aparece em cena.
Não posso deixar de referir que todo o filme vai sendo narrado por uma inesperada Macy Gray(sim, é essa mesma... a cantora!) num registo absolutamente irresistível.Partindo de um fait divers muito típico de certas regiões dos E.U.A.  há de tudo um pouco nesta excelente obra cinematográfica e sobretudo, faz-nos ter sempre presente  tem um ditado que diz: "Quem semeia ventos colhe tempestades" e que tempestades!
Um filme muito bom, que nos dá a conhecer modos de vida totalmente ao arrepio  daquilo que estamos habituados a ver em obras cinematográficas americanas, um filme feito  um tanto ou quanto à  margem do maistream e que contudo é merecedor de toda a atenção quanto não seja porque ver Nicole Kidman a simular um acto sexual vale todo o dinheiro que damos pelo bilhete. Magnífico!

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