terça-feira, fevereiro 08, 2011

Júlio Verne-1828-1905






Júlio Verne nasceu na cidade de Nantes (região francesa da Bretanha) no dia de 8 de Janeiro de 1828. Ele e o seu irmão Paul (um ano mais novo) gostavam de brincar nas margens do rio Loire e conversar com os marinheiros. Júlio era apaixonado pelas histórias de países distantes, a tal ponto que, quando tinha 11 anos, resolveu fugir de casa. Pierre Verne, o seu pai, conseguiu apanhá-lo no porto de Poimboeuf, na primeira escala do navio. O pai queria que os seus filhos seguissem a sua carreira de advogado e não de marujo, como sonhava Júlio. Resultado: Júlio Verne levou uma inesquecível surra de chicote. O seu irmão tornou-se marinheiro e Júlio, que tinha a paixão pelos rios e pelas máquinas acabou a frequentar a faculdade de Direito e, aos 20 anos, foi para Paris para agradar ao seu pai. Em 1852, foi trabalhar como secretário do Teatro Lírico, e aí ficou por 2 anos. Nesse período, conheceu Honorine-Ane de Vianne, que era viúva e tinha duas filhas. Namoraram e, por fim, casaram-se em 1857. Ela não se interessava pelas mesmas coisas que ele, gostava era de participar em grandes recepções e vestir-se à última moda. Júlio Verne logo após o casamento, arranjou um emprego para trabalhar como corretor da bolsa de valores. No entanto, não esquecia a ideia de escrever romances que difundissem o conhecimento da tecnologia e do mundo. Conheceu o fotógrafo Félix Nadar, apaixonado pelo balonismo e muito bem relacionado com a sociedade parisiense.Um dia Nadar resolve levar J.Verne num dos seus longos passeios a balão.Também ia a mulher de J.Verne e mais 9 passageiros.Por azar o balão cai e Júlio Verne parta ambas as pernas. Contudo, esse facto não fez diminuir em Verne o desejo de escrever sobre máquinas, invenções e viagens pelo mundo. Pelo contrário, a partir daí passou a estudar com afinco as revistas científicas e livros que falassem dessas invenções. Nadar marca um encontro entre Jules Helzel (editor) e Júlio Verne. Verne mostra-lhe os seus primeiros escritos sobre aventuras a bordo de balões. Mas Hetzel, depois de lê-los, mandou Verne voltar para casa e reescrevê-los, desta vez colocando na sua escrita aventura e emoção. Júlio reescreveu a sua obra em duas semanas. O editor adorou porque continha sonhos e aventura, classificando como uma leitura muitoprazerosa. O livro foi chamado de "Cinco Semanas Num Balão" e foi um verdadeiro sucesso. Assinou um contrato no qual teria que escrever dois livros por ano, pelos próximos vinte anos e depois prorrogado por toda a produção futura. Verne cumpriu o contrato durante 40 anos. Passado algum tempo, Hetzel acompanhava frase a frase a obra de Verne. Ele, que era um viajante inveterado, fazia anotações durante as viagens que serviriam de base para os livros de Verne. Eram admiradores do meio de transporte mais revolucionário da época: o comboio. Ler Verne significava sair em viagem e aventurar-se, para muitos, a única oportunidade. Ele descrevia minuciosamente os cenários, transportando o leitor dos pólos para o centro da terra. Descrições tão perfeitas que o livro "Vinte Mil Léguas Submarinas" serviu de inspiração para o oceanógrafo Jacques Costeau, que considera Verne a pessoas que o inspirou a explorar os mares. Verne foi assediado a tal ponto que se mudou para uma mansão em Amiens (norte de Paris) para ter sossego e poder escrever. Escrevia também a bordo de seu barco, o Saint-Michel. Tinha o costume de escrever dois, as vezes até três livros ao mesmo tempo. Escrevia sempre na página da direita, deixava a esquerda para corrigir o texto e raramente mudava a versão original, o que prova que ele era um redator fluente. Os seus livros obedeciam a regras específicas, não ferindo de forma alguma a cultura católica da época. Eram considerados os melhores presentes de Natal. Enquanto escrevia a série "A volta ao mundo em 80 dias", surgiu uma febre na população em comprá-los a tal ponto que as companhias de navegação ofereceram fortunas para que os personagens dos livros fizessem a última etapa num de seus navios.Com toda esta azáfama e fama, J.Verne caí em depressão na viragem do século, pois ainda por cima, perde as coisas que mais amava: o seu irmão, seu amigo e o seu editor Hetzel, assim como os seus passeios de barco.Passou a ser muito severo para com o seu filho e mandou-o para um reformatório. Estranhamente passa a ser muito carinhoso para com um colega de ginásio do seu filho, Aristide Breand. Inclusivé incluí-o como personagem principal do seu livro "Dois Anos de Férias", escrito em 1888. Júlio Verne até ao fim da vida nunca deixou de escrever. Segundo a sua própria declaração, queria chegar à sua centésima obra. Em 1905, publica um livro sobre a ligação por um canal do deserto do Sahara ao mar Mediterrâneo, para transformar o deserto num lago. Na noite de 24 de março de 1905 pediu o livro "Vinte mil léguas submarinas", perguntou pela mulher e os filhos, fechou os olhos e faleceu.
A Google que já nos habituou a utilizar o logótipo do browser como forma de marcar datas e temas da actualidade,desta vez, para homenagear o aniversário do escritor francês Júlio Verne, a Google colocou como logótipo uma animação interactiva que permite explorar o fundo do oceano. O logótipo simula uma visão do fundo do mar a partir do Nautilus, submarino que Verne imaginou para a obra 20 Mil Léguas Submarinas, um dos mais famosos livros do escritor. Movimentando as alavancas ao lado do logótipo é possível controlar o submarino e explorar um fundo do mar onde se podem encontrar tesouros, mergulhadores e vários exemplos de vida marinha. Quem entre no site do Google por meio de iPhone ou outro smartphone pode guiar o Nautilus movimentando o aparelho.

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