Nascido em ambiente rural, Piet Cornelis Mondrian vinha de uma família calvinista extremamente religiosa. O seu pai, um pastor puritano, desejava que o filho seguisse uma carreira clerical. A religião marcou o jovem Piet e o sentimento metafísico iria permear sua obra durante toda a vida, em maior ou menor grau. Tendo um tio que trabalhava era pintor, Mondrian sempre se interessou pela carreira artística, mas foi obrigado a enfrentar a visão ortodoxa da família, que via na arte um caminho para o pecado. Vê, porém, na possibilidade de dar aulas uma resolução para o seu dilema: promete então ao pai estudar artes, tornando-se assim professor. Insatisfeito com o magistério, Mondrian sente a necessidade de libertar-se e estabelecer-se como pintor, mas teme enfrentar ao pai (que de antemão desaprovava a ideia) e a si mesmo, tal o peso de sua formação religiosa. Quando entra em contacto com a teosofia, encontra a resolução para o seu problema: a doutrina pregava o trilhar de um caminho evolutivo pessoal e a arte encaixava-se neste caminho. O contato com a teosofia irá manifestar-se no trabalho de Mondrian e marcará sua vida profundamente daí em diante.
A maior parte do seu trabalho deste período é influenciada pelo naturalista ou impressionista. No Museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste período, incluindo exemplares pós-impressionistas tais como "O Moinho Vermelho" e "Árvores ao andar". (O museu também tem exemplos do seu trabalho geométrico posterior). Após entrar em contacto com a teosofia, Mondrian passa por um breve período simbolista, mas que lhe será fundamental para que atinja a abstração. Este período costuma-se confundir com a radical abstracção que caracterizaria o resto de sua obra, já revelando uma certa tendência à geometrização e à síntese da realidade. Além do pensamento espiritual calcado da busca de uma essência matemática e racional para a existência que caracteriza a teosofia, Mondrian também exibiu um interesse quase obsessivo pelo jazz – pela identificação de sua alegria contagiante com o ritmo irregular que, ele também, possuiria um fundamento matemático. Em 1913, visita uma exposição cubista em Amesterdão que o marcou profundamente e teve grande influência no seu trabalho posterior. A partir de 1917 até a década de 1940 desenvolve sua grande obra neoplástica.No fundo Mondrian desejava construir as suas pinturas a partir dos mais simples elementos, linhas rectas e cores primárias, que movimentava sobre a tela até encontrar o equilíbrio perfeito de composição.O seu objectivo era criar uma arte objectiva cujas leis reflectiriam de algum modo a ordem do universo. Abandonou em 1938 a sua Holanda natal e viaja para Londres. Dois anos depois parte para Nova Iorque e aí as suas composições tornam-se ligeiramente mais coloridas, reflectindo o ritmo da Broadway e do boogie woogie.O pequeno filme ilustra um pouco da obra deste pintor, que permanece sempre actual.A sua obra Composição, talvez a mais conhecida, (óleo sobre tela, 1929, 45x45cm) encontra-se no Museu Guggenheim em Nova Iorque.
O meu Blogue é um pouco de mim.Procuro através dele transmitir os meus gostos e as minhas ideias.Escreverei sobre aquilo que me vai na alma tendo sempre presente a máxima de Aristóteles que num belo dia disse: "Somos aquilo que fazemos consistentemente.Assim, a excelência não é um acto mas sim um hábito". O nome do meu Blogue é uma homenagem que faço a essa grande pintora do século XVI que foi Artemisia Gentileschi. Que Vivas para sempre Minha Deusa da pintura!
sexta-feira, junho 05, 2009
Piet Cornelius Mondrian
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