Professor do ano foi aquele que, com depressão profunda, persistiu em ensinar o melhor que sabia e conseguia aos seus 80 alunos.
Professor do ano foi aquela que tinha cancro e deu as suas aulas até morrer.
Professor do ano foi aquela que leccionou a 200 km de casa e só viu os filhos e o marido de 15 em 15 dias.
Professor do ano foi aquela que abandonou o marido e foi com a menina de 3 anos para um quarto alugado. Professor do ano foi aquele que comprou o material do seu bolso porque as crianças não podiam e a escola não dava.
Professor do ano foi aquele que, em cima de todo o seu trabalho, preparou acções de formação e se expôs partilhando o seu saber e os seus materiais.
Professor do ano foi aquele que teve 5 turmas e 5 níveis diferentes. (E ainda há quem tenha mais!)
Professor do ano foi aquele que pagou para trabalhar só para que lhe contassem mais uns dias de serviço.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte.
Professor do ano foi aquele que foi agredido e voltou no dia seguinte.
Professor do ano foi aquele que sacrificou os intervalos e as horas de refeição para tirar mais umas dúvidas.
Professor do ano foi aquele que continuou a motivar os alunos depois de ser indignamente tratado pelos seus superiores do ME.
Professor do ano foi aquele que se manifestou ao sábado sacrificando um direito para preservar os seus alunos.
Professor do ano foi aquele presidente de executivo que viveu o ano entre o dever absurdo, a pressão e a escola a que quer bem, os colegas que estima.
Professor do ano... tanto professor do ano.
Professores do ano, todo o ano, fomos todos nós, professores, que o continuamos a ser mesmo após uma divisão absurda. Somos mais que professores do ano.
Somos professores sempre!
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