Artemisia Gentileschi nasceu em Roma (1593) e faleceu em Nápoles (1652/1653). Filha do pintor Orazio Gentileschi, ficou órfã de mãe aos doze anos de idade e foi orientada pelo pai no sentido de dedicar-se à pintura. A vida de Artemisia está diretamente ligada à sua obra, embora a distância temporal dos factos não contribua para que seja possível afirmar a veracidade de todas as informações. Em 1612, quando a pintora contava com 19 anos, o seu pai recorreu à justiça contra outro pintor, Agostino Tassi, a quem acusou de haver violado Artemisia. Agostino Tassi era mestre de Artemisia e aproveitou a proximidade entre eles para violentá-la. Na tentativa de impedir que o facto fosse revelado, prometeu casar-se com ela e graças à essa promessa continuou tendo acesso à sua alcova por alguns meses.
Uma vez tendo sido acusado, Agostino Tassi negou ter se envolvido com Artemisia e conseguiu testemunhos que denegriram a imagem da pintora, apresentando-a como amante de muitos homens. Durante o processo Artemisia foi intimidada e chegou a ser torturada por um instrumento que lhe apertava os dedos das mãos usualmente utilizado na época com aqueles que se considerava estando em perjúrio. Artemisia para escapar à tortura confessa então ter tido relações sexuais consentidas com Tassio e de ter tido outros amantes. Os factos resumem-se ao seguinte: aos 19 anos, ela foi violada no ateliê de seu pai, em Roma, onde os dois moravam, por um artista, Agostino Tassi, que era pupilo de Orazio e que, um ano mais tarde, viria a ser condenado. A sentença consistiu em ser banido de de Roma por cinco anos, sentença essa que nunca foi aplicada, uma vez que passados meses Tassio estava de volta à cidade. Depois disso, para “limpar sua honra”, Artemisia casou-se e foi morar para Florença. Considerada uma das melhores pintoras do Barroco italiano, pouco depois do julgamento pintou o quadro Judite e Holofernes (1611-1612). Este tema bíblico é comumente utilizado por pintores em várias épocas, mas chama a atenção a maneira como a pintora realizou esta sua obra. Essa passagem bíblica aparece no Antigo Testamento e narra a história de Judite, que se coloca à frente do perigo para enfrentar Holofernes, general das tropas de Nabucodonosor, incumbido de atacar os reinos do Ocidente: “Então, ouvindo estas coisas os filhos de Israel, que habitavam na terra de Judá, tiveram muito medo da aproximação (de Holofernes). O susto e o pavor apoderou-se dos seus corações [...]”. (Bíblia 1987: 495). Judite decapitou Holofernes com a ajuda de uma criada. Artemisia retrata uma Judite forte, decidida, no momento da decapitação, com crueza e violência, o sangue sendo realçado numa tela sem elementos decorativos envolta em um jogo de luzes que coloca o apreciador do quadro como se fosse o espectador da cena.
Uma vez tendo sido acusado, Agostino Tassi negou ter se envolvido com Artemisia e conseguiu testemunhos que denegriram a imagem da pintora, apresentando-a como amante de muitos homens. Durante o processo Artemisia foi intimidada e chegou a ser torturada por um instrumento que lhe apertava os dedos das mãos usualmente utilizado na época com aqueles que se considerava estando em perjúrio. Artemisia para escapar à tortura confessa então ter tido relações sexuais consentidas com Tassio e de ter tido outros amantes. Os factos resumem-se ao seguinte: aos 19 anos, ela foi violada no ateliê de seu pai, em Roma, onde os dois moravam, por um artista, Agostino Tassi, que era pupilo de Orazio e que, um ano mais tarde, viria a ser condenado. A sentença consistiu em ser banido de de Roma por cinco anos, sentença essa que nunca foi aplicada, uma vez que passados meses Tassio estava de volta à cidade. Depois disso, para “limpar sua honra”, Artemisia casou-se e foi morar para Florença. Considerada uma das melhores pintoras do Barroco italiano, pouco depois do julgamento pintou o quadro Judite e Holofernes (1611-1612). Este tema bíblico é comumente utilizado por pintores em várias épocas, mas chama a atenção a maneira como a pintora realizou esta sua obra. Essa passagem bíblica aparece no Antigo Testamento e narra a história de Judite, que se coloca à frente do perigo para enfrentar Holofernes, general das tropas de Nabucodonosor, incumbido de atacar os reinos do Ocidente: “Então, ouvindo estas coisas os filhos de Israel, que habitavam na terra de Judá, tiveram muito medo da aproximação (de Holofernes). O susto e o pavor apoderou-se dos seus corações [...]”. (Bíblia 1987: 495). Judite decapitou Holofernes com a ajuda de uma criada. Artemisia retrata uma Judite forte, decidida, no momento da decapitação, com crueza e violência, o sangue sendo realçado numa tela sem elementos decorativos envolta em um jogo de luzes que coloca o apreciador do quadro como se fosse o espectador da cena.
A questão que se colca é: porquê que Artemisia pintou um quadro tão violento? Uma forma de extravasar todo o ressentimento pelo julgamento? Nunca será possível responder cabalmente a essas indagações, mas o certo é que, se não há como garantir a veracidade das informações sobre a vida de Artemisia, o seu quadro permaneceu, e através de sua obra muito pode ser inferido.
A arte para a pintora é fundamental, refugia-se nela e como que escolhe uma nova maneira de enfrentar uma sociedade que a colocou de vítima à culpada, de violentada à amante. Através da sua criatividade ela pôde expressar em seus quadros o drama vivido. E a pintura se constitui assim em um mecanismo de defesa, para quem teve sua vida exposta e sua reputação denegrida, uma espécie de vingança sublimada. Além de Judite, muitas outras mulheres foram retratadas por Artemisia Gentileschi ao longo de sua vida artística, dentre outras: Maria Madalena, Minerva,Dalila, Vénus,Cleópatra, Lucrécia e ela mesma, num auto-retrato. Apesar dos fatos que marcaram sua vida logo em sua juventude, Artemisia não se deixou abater pela mágoa e conseguiu sobreviver através de sua pintura, não incorporando o papel de vítima.
A arte para a pintora é fundamental, refugia-se nela e como que escolhe uma nova maneira de enfrentar uma sociedade que a colocou de vítima à culpada, de violentada à amante. Através da sua criatividade ela pôde expressar em seus quadros o drama vivido. E a pintura se constitui assim em um mecanismo de defesa, para quem teve sua vida exposta e sua reputação denegrida, uma espécie de vingança sublimada. Além de Judite, muitas outras mulheres foram retratadas por Artemisia Gentileschi ao longo de sua vida artística, dentre outras: Maria Madalena, Minerva,Dalila, Vénus,Cleópatra, Lucrécia e ela mesma, num auto-retrato. Apesar dos fatos que marcaram sua vida logo em sua juventude, Artemisia não se deixou abater pela mágoa e conseguiu sobreviver através de sua pintura, não incorporando o papel de vítima.
O primeiro video é uma representação do quadro Judith e Holofernes em que podemos ver a determinação de Judith, por muitos considerada a própria Artemisia julgando pelas suas mãos o seu violador.
O segundo vídeo mostra algumas obras desta pintora do Barroco, por muitos considerada, uma das melhores pintoras do Barroco.
http://www.youtube.com/watch?v=is1Em0EoD1Uhttp://www.youtube.com/watch?v=RXhvAQf53aY
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