H.Toulouse-Lautrec- Rue des Moulins |
Descendente de uma família abastada e com nome, Toulouse-Lautrec, distanciasse da mesma, e integrando-se na vida boémia de Paris, lega para a posterioridade telas e cartazes publicitários ímpares na história da arte.
Portador de uma deficiência física que o faz ter o tronco de um homem adulto e pernas de menino de tão definhadas que as mesmas eram, este pintor escapa a esta desgraça refugiando-se na sórdida vida nocturna parisiense. Só aí, submerso por uma multidão roufenha e ordinária é que ele consegue esquecer de quem era descendente e a sua deficiência física.
Contudo, essa deficiência libertava-o paradoxalmente, da necessidade de aceitar qualquer responsabilidade normal e apesar de ter morrido devido aos excessos por si cometidos, não deixa de ser verdade que criou uma arte bem-humorada e tão resistente à passagem do tempo que ainda hoje não nos deixa de surpreender e atrair.
Na obra aqui presente, o quadro geral é assustador de tão realista que é. De facto, as duas prostitutas da Rua des Moulins, rua famosa pelos prostíbulos ali existentes e que ficou para sempre imortalizada quanto mais não seja por esta tela, não estão à procura de clientes. Estão sim, em fila para se submeterem ao exame médico obrigatório destinado a prostitutas legalizadas, como ser ao caso em apreço, e os seus rostos avermelhados são dolorosamente patéticos.
A primeira é velha de corpo, com as ancas flácidas e engelhadas e seios já meio descaídos. A outra parece ser ligeiramente mais nova, embora os eu corpo esteja menos estragado, a sua face está cruelmente gasta. O próprio fundo do quadro é de um tom vermelho vivo, vendo-se ainda a sombra de costas, quase em esboço, de outra mulher. Elas levam já os vestidos arregaçados mostrando as partes baixas do seu corpo, pronto a ser examinado. Têm vestidas as meias pretas, peça de vestuário que as mesmas usam como meio de atracção ao sexo masculino.
A primeira é velha de corpo, com as ancas flácidas e engelhadas e seios já meio descaídos. A outra parece ser ligeiramente mais nova, embora os eu corpo esteja menos estragado, a sua face está cruelmente gasta. O próprio fundo do quadro é de um tom vermelho vivo, vendo-se ainda a sombra de costas, quase em esboço, de outra mulher. Elas levam já os vestidos arregaçados mostrando as partes baixas do seu corpo, pronto a ser examinado. Têm vestidas as meias pretas, peça de vestuário que as mesmas usam como meio de atracção ao sexo masculino.
O vício está a matá-las, apesar dos regulares exames médicos estatais. Muitas destas mulheres morriam muito jovens atacadas por doenças venéreas que também era profusamente difundidas pelas mesmas.
H.Toulouse-Lautrec, não glorifica estas prostitutas, antes pelo contrário, pois também no mundo dele a realidade é bem dura, posto que durante toda a vida sofreu imensas dores devido à sua deficiência física, sendo que para o fim da vida foi várias vezes internado devido a variados ataques e delírios mentais.
Como tudo o que saia das mãos deste pintor esta é uma tela extremamente realista e muito bem executada. Um quadro magnífico!
H.Toulouse-Lautrec, não glorifica estas prostitutas, antes pelo contrário, pois também no mundo dele a realidade é bem dura, posto que durante toda a vida sofreu imensas dores devido à sua deficiência física, sendo que para o fim da vida foi várias vezes internado devido a variados ataques e delírios mentais.
Como tudo o que saia das mãos deste pintor esta é uma tela extremamente realista e muito bem executada. Um quadro magnífico!
Esta obra realizada em 1894, pode ser vista no National Gallery of Art em Washington DC.