Ao arrepio de tudo aquilo que tem sido feito nesta série James Bond e onde incluo os filmes com Pierce Brosnan e o actual Daniel Graig, este
007-Skyfall com realização de
Sam Mendes é longo,(2.30m) reflexivo, profundo ,sentimental, dramático e onde esperaríamos grande acção temos diálogos e surpreendentemente abre-se aqui a porta ao passado deste James Bond.
Eu já tinha lido que este filme era surpreendente e de facto não saí dele desiludida, muito pelo contrário. Quem vai a espera de grandes cenas de acção vai enganado porque o filme é muito...Sam Mendes. É impressionante como este realizador consegue ao longo do filme imprimir a sua marca, e ela é visível no traço psicológico de cada personagem. Consegue também a proeza de conseguir um vilão (Javier Bardem, cada vez melhor) que só tem comparação na maldade ao famoso Coldfinger e imprimir a M -Judie Dench e ao próprio 007-Daniel Graig uma fragilidade surpreendente e que contudo não torna o filme menos atractivo, muito pelo contrário.
Agora que se celebra o 50ºaniversário desta série, é notório ao longo de todo o filme a passagem de testemunho para uma nova geração de actores que a partir de agora tomarão as rédias à série.
Isto é muito visível na personagem de Ben Whisham, um divertido e muito interessante Q e na de Naomie Harris, uma surpreendente,bonita e muito sensual Miss Moneypenny. A entrada de Ralph Finnes é para mim uma boa escolha e considero considero que um 007 em que entre nem que seja por meia hora este grande actor que é Albert Finney, é sempre um bom filme!
Por último, não posso deixar de referir o tema musical (Skyfall) que desta vez é cantado pela magnífica Adelle e considero que o genérico é magníficooooo, pois alia, a música às imagens de uma forma incrível. Uma pequena obra de arte!
Julgo que este 007-Skyfall não é um filme que irá gerar consensos. A sua longa duração, os diálogos, a tristeza que prepassa pelo mesmo, a densidade maléfica e psicopata que Javier Bardem imprime à sua personagem , o desencanto e fragilidade do próprio 007 irão com certeza enfastiar alguns espectadores que estarão à espera de muita correria, tiros, mortes, saltos e outras acrobacias afins. Nada disso aqui aparece e se exceptuarmos a electrizante meia hora inicial do filme, passada nos bazares da atractiva cidade de Istambul, tudo o resto assemelha-se a um bom thrilher, com grandes actores e uma história muito credível. Quase que nos esquecemos que estamos a ver um filme da saga 007-James Bond.
Gostei. Estão de parabéns o realizador e os actores. Daniel Graig é muito bom, tem bom corpo e bom rosto para este tipo de papéis, gostei deste novo Q e tiro o chapéu a essa grande actriz que é a Judy Dench. Quanto a Javier Bardem...bom...tenham muito medo... muito medo mesmo!Que vilão terrível o dele.Um pesadelo de maldade!Tira-nos o sono!Magnífico!
Deixo-vos aqui o video clip do genérico cantado por Adele.