Apesar da critica ter malhado fort e e feio neste Negação, filme do inglês Mick Jackson, eu gostei muito do mesmo. Considerei-o muito bem feito, com interpretações muito bem conseguidas de Rachel Weisz, Tom Wilkinson (gosto imenso deste ator) e de Timothy Spall, que há uns tempos nos brindou com uma interpretação genial do pintor Turner.
Passado em ambiente de um tribunal londrino onde historiadora norte americana Deborah E.Lipstadt, especialista no Holocausto vê-se compelida a ter de enfrentar através de uma barreira de geniais advogados, David Irving, um negacionista do Holocausto, que afirma o mesmo ser uma farsa inventada pelos próprios para disso tirar dividendos e que acusa a historiadora de o ter difamado num livro publicado pela mesma.
O que acontece aqui, é que ao contrário do sistema norte americano, na Gra-Bretanha é o réu, neste caso Deborah Lipstadt quem tem de provar a sua inocência e a falsidade das acusações de Irving e não o contrário. Assim esta historiadora vê-se envolvida no meio de uma disputa legal que se prolonga por meses, onde a tese dos seus advogados vai ser o de destruir as bases negacionistas de Irving, provando a veracidade de uma das manchas mais negras da história da humanidade.
Considero que o filme não tem pontos mortos, está muito bem construído, tem como disse acima boas interpretações dos actores em causa coadjuvados compor outros que dão o litro conseguindo assim um filme que se vê muito bem. O filme tem por base o próprio livro desta historiadora norte americana e judia intitulado de History on Trial: My day in Court With Holocaust Denier.
Um bom filme que recomendo veementemente, quanto mais não seja para podermos ver o quão fina é a porta que separa aquilo que é verdade daquilo que a história pode apagar sem deixar qualquer testemunho às gerações vindouras. Um filme que dá que pensar.