Iniciou no passado dia 5 de Maio o 8º Festival de Internacional de Cinema Independente – Indie Lisboa 2011.O Festival termina a 15 deste mês. Este ano o festival presta homenagem ao realizador brasileiro Julio Bressa, que virá à Lisboa acompanhado de sua compatriota, actriz Alessandra Negrini. As sessões decorreram no cinema Cinema S.Jorge, Teatro do Bairro e Cinamateca Portuguesa.Poderá saber mais em: http://www.indielisboa.com/
Preparado num contexto particularmente difícil, e no seguimento de uma edição transacta, que foi excepcional em todos os sentidos (com um número recorde de 44 mil espectadores em sala) o festival não perdeu na diversidade e riqueza da sua programação e actividades paralelas. Ainda que em formato ligeiramente mais reduzido,(devido à crise que o país atravessa, o festival teve este ano uma redução muito substancial de verbas e isso reflectesse na programação oferecida) este continua a ser um momento forte do ano cinematográfico português, com uma selecção rigorosa da melhor produção nacional e estrangeira, apresentada na sua quase totalidade em estreia absoluta no nosso país. Em competição este ano estão seis longas-metragens e 14 curtas portuguesas. A famigerada redução nas verbas do festival obrigou ao fim de duas das suas actividades habituais, que, segundo os organizadores, «afectam directamente o cinema português»: as Lisbon Screenings (sessões de filmes portugueses ainda inéditos, reservadas a profissionais estrangeiros) e os IndieLisboa Days (extensões internacionais de filmes portugueses que eram feitas ao longo do ano após o encerramento do festival). Organizado pela Associação Cultural Zero em Comportamento, com o objectivo de promover o cinema alternativo e apoiar a divulgação de filmes com uma menor projecção em Portugal, o IndieLisboa é, segundo dados objectivos homologados pelo ICA, o maior festival português de cinema, não só em número de espectadores (35 500), mas também no número de ecrãs utilizados (9), no número de sessões realizadas (265) e no número de filmes apresentados.Fã deste festival,ontem fui ao S.Jorge ver o filme/documentário, "The Ballad of Genesis and Lady Jaye".Este The Ballad of Genesis and Lady Jaye, acaba tal como diz a programação por ser a homenagem que a realizadora Marie Losier faz, ao amor entre duas pessoas o 'nós' que se individualiza e assume expressão artística. No fundo é uma viagem á vida e obra de Genesis P-Orridge, uma figura incontornável da música e das belas artes dos últimos 30 anos. Muito louvado pela crítica e pelos historiadores de arte como o pai da "música industrial", fundador dos lendários grupos COUM Transmissions (1969/1981), Psychic TV (1969/1976), o seu trabalho estabelece entra a era pré e pós punk.Na obra de Genesis, a arte conhece novas definições e próprio corpo transformasse em puro objecto artístico: em 1993 este artista/performance, submeteu-se a várias cirurgias plásticas de forma a assemelhar-se á sua amada Lady Jaye (Jacqueline Breyner), a sua musa inspiradora, parceira sexual e artística durante 15 anos, num projecto a que ambos intitularam de "Creating the Pandrogyne".A morte de Lady Jaye em 2007 foi o seu grande desgosto, mas não o fim de um amor transformador e performativo, que sempre procurou captar a beleza no seu estado puro, ou seja na imagem da pessoa amada, transformando-se nela!As performances artísticas deste estranho casal pode ser apreciada em vários museus do mundo entre os quais o MoMa em N.York. O que a realizadora Marie Louise documenta( pelo que pude ontem ver dela e que por ela foi dito, deve ter sido 7 anos de convivência quase esquizofrénicia com esse par: Genesis P-Orridge e Lady Jaye e que a realizadora dificílmente se recomporá) é uma nova consciência amorosa, que acaba por espelhar uma devoção que ultrapassa os canônes convencionais, feito através de uma combinação muito bem conseguida de filmes caseiros, entrevistas e imagens de performances, registos intímos e calorosos do mundo insólito, louco, esquizofréncio, mas muito fascinante de Genesis e Lady Jaye.Um objecto cinematográfico no mínimo...estranho!
Preparado num contexto particularmente difícil, e no seguimento de uma edição transacta, que foi excepcional em todos os sentidos (com um número recorde de 44 mil espectadores em sala) o festival não perdeu na diversidade e riqueza da sua programação e actividades paralelas. Ainda que em formato ligeiramente mais reduzido,(devido à crise que o país atravessa, o festival teve este ano uma redução muito substancial de verbas e isso reflectesse na programação oferecida) este continua a ser um momento forte do ano cinematográfico português, com uma selecção rigorosa da melhor produção nacional e estrangeira, apresentada na sua quase totalidade em estreia absoluta no nosso país. Em competição este ano estão seis longas-metragens e 14 curtas portuguesas. A famigerada redução nas verbas do festival obrigou ao fim de duas das suas actividades habituais, que, segundo os organizadores, «afectam directamente o cinema português»: as Lisbon Screenings (sessões de filmes portugueses ainda inéditos, reservadas a profissionais estrangeiros) e os IndieLisboa Days (extensões internacionais de filmes portugueses que eram feitas ao longo do ano após o encerramento do festival). Organizado pela Associação Cultural Zero em Comportamento, com o objectivo de promover o cinema alternativo e apoiar a divulgação de filmes com uma menor projecção em Portugal, o IndieLisboa é, segundo dados objectivos homologados pelo ICA, o maior festival português de cinema, não só em número de espectadores (35 500), mas também no número de ecrãs utilizados (9), no número de sessões realizadas (265) e no número de filmes apresentados.Fã deste festival,ontem fui ao S.Jorge ver o filme/documentário, "The Ballad of Genesis and Lady Jaye".Este The Ballad of Genesis and Lady Jaye, acaba tal como diz a programação por ser a homenagem que a realizadora Marie Losier faz, ao amor entre duas pessoas o 'nós' que se individualiza e assume expressão artística. No fundo é uma viagem á vida e obra de Genesis P-Orridge, uma figura incontornável da música e das belas artes dos últimos 30 anos. Muito louvado pela crítica e pelos historiadores de arte como o pai da "música industrial", fundador dos lendários grupos COUM Transmissions (1969/1981), Psychic TV (1969/1976), o seu trabalho estabelece entra a era pré e pós punk.Na obra de Genesis, a arte conhece novas definições e próprio corpo transformasse em puro objecto artístico: em 1993 este artista/performance, submeteu-se a várias cirurgias plásticas de forma a assemelhar-se á sua amada Lady Jaye (Jacqueline Breyner), a sua musa inspiradora, parceira sexual e artística durante 15 anos, num projecto a que ambos intitularam de "Creating the Pandrogyne".A morte de Lady Jaye em 2007 foi o seu grande desgosto, mas não o fim de um amor transformador e performativo, que sempre procurou captar a beleza no seu estado puro, ou seja na imagem da pessoa amada, transformando-se nela!As performances artísticas deste estranho casal pode ser apreciada em vários museus do mundo entre os quais o MoMa em N.York. O que a realizadora Marie Louise documenta( pelo que pude ontem ver dela e que por ela foi dito, deve ter sido 7 anos de convivência quase esquizofrénicia com esse par: Genesis P-Orridge e Lady Jaye e que a realizadora dificílmente se recomporá) é uma nova consciência amorosa, que acaba por espelhar uma devoção que ultrapassa os canônes convencionais, feito através de uma combinação muito bem conseguida de filmes caseiros, entrevistas e imagens de performances, registos intímos e calorosos do mundo insólito, louco, esquizofréncio, mas muito fascinante de Genesis e Lady Jaye.Um objecto cinematográfico no mínimo...estranho!
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