Francisco Henriques nasceu em 1518 na Flandres ? em Portugal? (não se sabe ao certo).O que se sabe é que foi um pintor bastante activo em Portugal no início do século XVI.
Pouco se conhece sobre sua vida, mas é certo que chegou em Portugal vindo de Bruges, onde pode ter sido aluno de Gerard David. Parece que o seu primeiro trabalho em Portugal foi o retábulo da Sé de Viseu, liderando uma oficina da qual participava Vasco Fernandes, então um jovem aprendiz.
Depois trabalhou na decoração de várias igrejas, especialmente na Igreja de São Francisco de Évora que eventualmente terá realizado com o auxílio de colaboradores. São-lhe atribuídos também os painéis das capelas laterais a mesma igreja, hoje quase todos no Museu de Arte Antiga. As obras que lhe são atribuídas mostram um perfeito domínio do métier, seguindo um estilo gótico tardio de grande elegância.
Pouco se conhece sobre sua vida, mas é certo que chegou em Portugal vindo de Bruges, onde pode ter sido aluno de Gerard David. Parece que o seu primeiro trabalho em Portugal foi o retábulo da Sé de Viseu, liderando uma oficina da qual participava Vasco Fernandes, então um jovem aprendiz.
Depois trabalhou na decoração de várias igrejas, especialmente na Igreja de São Francisco de Évora que eventualmente terá realizado com o auxílio de colaboradores. São-lhe atribuídos também os painéis das capelas laterais a mesma igreja, hoje quase todos no Museu de Arte Antiga. As obras que lhe são atribuídas mostram um perfeito domínio do métier, seguindo um estilo gótico tardio de grande elegância.
O painel que aqui aparece fazia parte de um conjunto mais amplo, o Retábulo da Capela Maior de São Francisco em Évora.
O tema da obra, A Degolação dos Cinco Mártires de Marrocos é um tema com fortes raízes portuguesas. Os restos dos cinco frades degolados descansam no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra e são objecto de uma grande devoção desde o princípio do século XVIII. A obra denota formação flamenga por parte do pintor e isso é visível no carácter quase patético da situação que se dilui através do tratamento da composição, das cores e das circunstâncias ambientais.O autor apresenta a tragédia como uma acção quase da quotidianidade, senão vejamos: no centro da obra, um homem inclinado ergue a espada disposto a degolar um frade, ajoelhado a seus pés. Esta figura não tem no seu rosto a agressividade de um assassino. Pela indumentária e pela atitude, poderia até fazer parte de uma algazarra popular, ou de uma figuração qualquer em que estivesse a degolar um animal para consumo doméstico.A vestimenta vermelha e branca atrai a nossa atenção, destacando-se como o centro da obra. Por detrás dessa figura central, uma segunda figura segura na cabeça recém-cortada de outro frade.A delicadeza com que coloca a cabeça do monge sobre o corpo do qual se separou é digna de atenção.Mais atrás encontram-se outros três homens que parecem colaborar na matança.Os religiosos degolados, vão-se amontoando aos pés da figura central, criando uma base ascendente e triangular para esta composição.Sem dúvida uma composição estranha!
Esta obra denominada de "Degolação dos Cinco Mártires de Marrocos", tem 144,5x87cm, é Óleo sobre madeira, e pode ser vista no Museu de Arte Antiga em Lisboa.
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