Em boa verdade, não sei como classificar este Homem Duplicado que fui ver no domingo passado. Não sei se o classifico como uma obra prima, uma obra excêntrica, uma obra incompreensível, única, estranha, bizarra, um objecto de arte dentro da mediocridade que grassa por aí em termos cinematográficos ou, uma deriva do realizador que tem como pano de fundo a obra do galardoado com o Prédio Nobel o escritor José Saramago.
Eu não li ainda a obra que dá nome ao filme, se bem que o título original é Enemy e julgo que com mais apropriação que o título em português. De facto o que aqui vemos são dois inimigos que o são a partir do momento que se vêm, partindo o realizador, da premissa que o homem é inimigo do seu semelhante, mesmo que esse semelhante seja uma cópia de si próprio.
Dos adjectivos que coloquei acima e que podem explicar o que é este filme o que para mim tem mais propriedade é o de incompreensível porque eu confesso que não entendi o filme em muitos dos seus aspectos e o final foi para mim totalmente hermético e inalcançável.
Este O Homem Duplicado não é um a obra linear e fácil de ser vista. É sim daqueles filmes que teremos que rever para o compreender, posto que há coisas que só a meio ou mesmo no fim fazem "algum" sentido.
Contudo, e isso é que é o mais estranho, é que o filme prende-nos do princípio ao fim. É como aqueles alimentos que sabemos que nos vão engordar o mesmo fazer mal, mas que insistimos em os comer. Aqui o nosso olhar prende-se ao êcran e por mais estranho que tudo aquilo seja, queremos ir até ao fim e ver como acaba aquela relação entre idênticos e o destino dos outros (poucos) participantes nesta história.
Este O Homem Duplicado não é um a obra linear e fácil de ser vista. É sim daqueles filmes que teremos que rever para o compreender, posto que há coisas que só a meio ou mesmo no fim fazem "algum" sentido.
Contudo, e isso é que é o mais estranho, é que o filme prende-nos do princípio ao fim. É como aqueles alimentos que sabemos que nos vão engordar o mesmo fazer mal, mas que insistimos em os comer. Aqui o nosso olhar prende-se ao êcran e por mais estranho que tudo aquilo seja, queremos ir até ao fim e ver como acaba aquela relação entre idênticos e o destino dos outros (poucos) participantes nesta história.
A música é como uma personagem integrante do enredo.
Ouvimo-la e ela agarra-se a nós. Ela grita bem alto, tão alto como aquela aranha monstruosa que vagueia pela cidade que é quase sempre filmada do alto, formando como uma teia gigante e em que o homem se vê como ser minúsculo perante a extensão em altura daqueles prédios e algo perdido perante quilómetros infindáveis de estradas em que pouca gente circula e os que o fazem se encontram submersos em si mesmo, fechados na sua própria solidão.
Não conhecia este realizador canadiano Denis Villeneuve, mas passarei a estar atenta a outras obras suas, visto que gostei do modo como ele usa a câmara, como filma os rostos dos personagens, as ruas, como escolhe muito bem os actores e sobretudo como soube integrar magistralmente Jake Gyllenhaal num papel duplo que não é nada fácil, pois ele é Antony Claire e Adam Belle, assim como, Mélanie Laurent, Sarah Gadon e Isabella Rossellini, esta última como mãe de um dos duplos. Um filme a ver e talvez a rever.
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