Nascido em Milão em 1527 e falecido na mesma cidade em 1599,Giuseppe Arcimboldo, legou para a posterioridade obras que tornam único no panorama artístico. As suas criações feitas de toda a espécie de frutos, flores,legumes, potes, panelas e hastes dos mais variados cereais, e em que nelas podemos ver rostos de homens e mulheres, tornaram-no num artista ímpar e que faz com que o espectador se deleite a apreciar estas obras tentando descortinar nela a quantidade de elementos que a mesma emprega.
A obra aqui presente, denominada de O Verão, tornasse apropriada na medida em que hoje dá-se início a uma das estações mais alegres e desejáveis, após meses de frio, chuva humidade e demais destemperos.
Visto de perto este quadro parece a quem o aprecia, ser o sonho feliz de um vendedor de fruta ou mesmo de um vegan.
Contudo, ao afastar-nos dele vemos uma cabeça humana a tomar forma.
Esta foi feita na sua totalidade com base nos frutos e vegetais de verão. O casaco da figura todo ele é feito de cereais ainda em haste e mesmo o fundo do quadro é bordejado por flores.
Embora conhecido por usar frequentemente frutos e legumes para criar os seus retratos G.Arcimboldo costumava também , como já o referi mais acima, usar potes, panelas e até ferramentas na criação das suas muito estranhas imagens.
G.Arcimboldo esteve durante anos ao serviço da família dos Habsburgos e aqui esteve incumbido de outros trabalhos para a corte, como era o caso da realização e decorações para as mais diversas festividades adquirir peças de arte para a colecção do Imperador, desenhar e construir fontanários.
Contudo, as obras deste artista eram de alguma forma tidas como algo ridículas, embora não deixassem de ser imitadas por outros artistas, mais ou menos de uma forma descarada.
Foi apenas quando os Surrealistas tomaram de assalto a cena artística, que passaram a ver nele um amante dos jogos visuais e logo um dos seus , passando então G.Arcimboldo a tornar-se um dos mais famosos pintores.
Esta obra intitulada de O Verão é um óleo sobre tela e pode ser apreciada no Museu do Louvre em Paris.
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