Mary Cassatt grande pintora Impessionista nasceu em Pittsburg, 22 de Maio de 1844 e morreu a 14 de Junho de 1926 no seu palacete situado em Mesnil -Beaufresne. Filha de Robert Simpson Cassat um rico e influente homem de negócios americano radicado em Pittsburgh, e Katherine Kelso Jhonson, ambos de ascendência francesa, e uma de entre sete irmãos (dois morreram precocemente), Mary Cassatt passou a infância entre os Estados Unidos, França e Alemanha. Fascinada desde nova, pelas obras de arte europeias, matricula-se, ainda adolescente, na Academia de Artes da Pensilvânia, em Filadélfia. Aos vinte e três anos, decide-se por seguir a carreira de pintora profissional e, indo contra a opinião muito conservadora da sua família partiu com uma amiga para a Europa estudar em ateliers particulares de pintores como Charles Chaplin, Thomas Couture e Jean-Leon Gerome, entre outros. Da Itália, envia uma obra para o Salão de Paris pela primeira vez, no ano de 1868,obra essa que é aceite. O seu estilo tradicional em pinturas de médio porte retratando personagens da literatura europeia, permite-lhe ser aceita com certa frequência, no meio artístico francês, até 1874.Viaja constantemente entre a Holanda, Bélgica e Espanha, pintando constantemente. Em 1874, resolve mudar-se definitivamente para Paris e enfrentar a capital mundial das artes e o concorrido mundo dos pintores profissionais. É recusada no salão de Paris em 1875 e nos anos conseguintes, até que é apresentada, em 1878, a Degas, cujas obras a fascinava já há alguns anos. Ele convida-a para participar na exposição dos Impressionistas,realizada em 1879. Mary Cassatt lisongeada com esse convite, resolve então alterar drasticamente o seu estilo, aderindo à nova estética dos "pintores radicais" franceses e expõe com esse grupo até a oitava exposição, em 1886, fixando-se como membro do grupo original, ao lado de Monet, Morisot, Renoir, Pissaro e o próprio Degas,( que mais tarde realiza um retrato da própria Mary Cassatt) entre outros nomes conhecidos. É nessa época que ela começa a estudar gravura em metal, ao lado de seu mentor Degas, e compromete-se de maneira mais dedicada à arte do desenho, o que irá ajudá-la a dissociar-se dos Impressionistas e criar um estilo muito próprio. É também por esta altura da sua vida artística, que Cassatt começa a trabalhar com o tema que irá garantir-lhe um maior reconhecimento e um lugar próprio entre os Impressionistas: a representação da mulher através da maternidade. Mary Cassatt, passa então a retratar a mulher através do seu papel social de mãe, e quando não é esse o tema opta por retratar jovens raparigas, lendo, bordando, lanchando, conversando, cosendo, meditando, ou crianças brincando na praia ou em encantadores jardins, quase sempre sobre o olhar atento de uma presença feminina. A figura masculina está ausente da obra de Mary Cassatt, ela dá o predomínio total à Mulher nas suas mais variadas formas de apresentação social da época. Assim, damo-nos conta de que o ambiente feminino burguês está fortemente marcado na sua obra, e a sua descrição da figura humana em óleo, pastel e carvão passam a ser de uma técnica precisa e realista, representando as tonalidades da carne e das expressões faciais com uma impecabilidade excepcional.Ao longo de seu envolvimento com os Impressionistas, procurou expressar as suas fortes opiniões sobre arte e os preconceitos contra a tradição dos salões oficiais. Sendo uma de entre os poucos membros ricos do grupo, e com uma rede social invejável, ajudou a promover os trabalhos de muitos dos seus colegas e até mesmo a comprá-los. A partir de então, recusou-se a receber prémios e menções e a participar de mostras de artistas do sexo feminino, não acreditando em tal separação ou exclusividade, dizendo que “em arte não deve haver tal distinção, entre homens e mulheres”. Após a desintegração desse grupo de Impressionistas, Mary Cassatt continua fortemente activa no mundo das artes, actuando como colaboradora na criação de colecções particulares de obras impressionistas, como a do seu casal de amigos, os Havemeyer, e activamente empenhada na introdução do Impressionismo nos Estados Unidos da América, além de continuar seu trabalho como pintora e gravadora até 1914. Neste período, sua maior conquista será na criação de gravuras coloridas, com forte influência da estética japonesa, com as suas técnicas próprias, algo complicadas e bem-elaboradas e que , terão grande destaque no campo das artes gráficas. Já para o fim da vida, Mary Cassatt passa a sofrer de frequentes ataques de diabetes e a partir de 1915 fica praticamente cega, deixa de trabalhar até à sua morte em 1926, solteira e sem filhos, no seu Château em Beaufresne. Foi o penúltimo membro do grupo original dos Impressionistas a falecer, poucos meses antes de Monet. Para além do filme que aqui aparece, e que mostra algumas das obras desta excepcional pintora, o quadro aqui presente e que foi realizado por Mary Cassatt entre 1880/1882, representa com muita naturalidade uma bonita jovem de aspecto burguês a coser. A rapariga está sentada numa cadela naquilo que nos parece um bonito jardim.Por detrás dela pode ver-se um caminho que marca uma diagonal que divide a composição em duas partes distintas. Num dos lados do caminho vemos uma paisagem indefinida, traçada com uma pincelada agitada e decidida, enquanto do outro, já perto da rapariga, um conjunto de flores vermelhas dão vitalidade à cena devido à sua cor. Os amplos e enérgicos traços voltam a encontrar-se no vestdo branco da jovem, mais concretamente na saia que se ajusta ao corpo. Na composição destaca-se a luminosidade e o alegre colorido.Atraída pela obra de Degas, Mary Cassatt conseguiu como ele, criar ricos matizes sobre a tela. O seu gosto pelo pormenor também se encontra na cena mais concretamente no traço delicado das mãos da protagonista. O rosto da jovem, inclinado para baixo, mostra bonitas e delicadas feições.Um penteado que ajusta o cabelo do seu rosto permite apreciar a sua forma oval, assim como os seus olhos por uma rasgada linha negra que representa as pestanas e uns bonitos lábios carnudos. Através de algumas manchas vermelhas, aplicadas com leves toques de pincel, estão representadas as esplêndidas flores, cujo colorido contrasta com os tons verdes do jardim.Um quadro magnífico, como toda a obra desta magnífica pintora. Este quadro intitulado Rapariga Cosendo, é óleo sobre tela, tem 92x63cm e pode ser apreciado (como muitas outras obras de Mary Cassatt) no Museu D'Orsay em Paris.
Mary Cassatt
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