A Feira de Arte Contemporânea ARCO Madrid 2011 vai reunir entre 16 e 20 de Fevereiro um total de 190 galerias e terá a Rússia como país convidado, além de uma exposição especial sobre o contributo de trinta anos para o setor da arte contemporânea em Espanha. Portugal tem estado presente desde o início do certame internacional com cerca de uma dezena de galerias nacionais que continuam a apostar na apresentação da arte portuguesa em Madrid, como é o caso de Pedro Cera, com galeria em Lisboa. Para o galerista, a ARCO Madrid continua a ser a primeira porta de saída da arte portuguesa para o exterior "porque é uma feira onde tradicionalmente se fazem muitos programas com comissários e diretores de museus", traduzindo-se em oportunidades de visibilidade para os artistas. "Há um lado comercial, mas também de descoberta e contactos, o que faz com que muitos artistas portugueses tenham começado ali a sua carreira internacional", observou, em declarações à agência Lusa. Para o galerista, que procura levar à ARCO todos os anos obra nova dos artistas portugueses com quem trabalha, "em Espanha, há muito interesse na arte portuguesa". "Isso tem uma explicação, e as raízes estão na qualidade dos trabalhos que as galerias portuguesas apresentam. Os colecionadores espanhóis têm muita consideração por essa preocupação de mostrar um nível elevado da criação nacional", sustentou o também ex presidente da direção da Associação Portuguesa de Galerias de Arte (APGA). Este ano, conta levar à ARCO obras dos artistas portugueses Gil Heitor Cortesão, Pedro Barateiro, Ricardo Valentim, André Cepeda e Nuno Cera. Também Manuel Ullisses, galerista da Quadrado Azul (no Porto e Lisboa), vai estar presente pelo décimo terceiro ano na "prestigiada feira internacional", onde tem levado artistas portugueses como hngelo de Sousa, Álvaro Lapa, Fernando Lanhas e José de Guimarães, entre outros. Este ano, levará uma seleção que inclui Artur Barrio, artista português que vive no Rio de Janeiro desde 1955, Francisco Tropa, Hugo Canoilas, João Queiroz, Paulo Nozolino, Pedro Tropa e Thierry Simões, nascido em Paris, mas que reside em Portugal. Francisco Tropa é o artista que vai representar Portugal na 54. Exposição Internacional de Arte -- da Bienal de Veneza, enquanto Artur Barrio fará a representação do Brasil naquele certame internacional. Carlos Urroz, que esteve em janeiro em Lisboa para apresentar em detalhe a programação da ARCO Madrid, disse na altura à Lusa que a dimensão de visitantes portugueses no certame de Madrid ronda anualmente os 15 por cento, "um valor incrível" num universo de cerca de 150 mil visitantes. As outras galerias de Portugal que participam na ARCO são: Carlos Carvalho, Filomena Soares, Galeria 111, Lisboa 20/Miguel Nabinho, Cristina Guerra e Vera Cortês - de Lisboa - Pedro Oliveira, Presença e Nuno Centeno/Reflexus - do Porto - e ainda Fonseca Macedo, de Ponta Delgada. Na totalidade, participam galerias provenientes de mais de trinta países, com pintura, escultura, instalações, fotografia, vídeo, new media, desenho e gravura.
Sem comentários:
Enviar um comentário