sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Filmes para o Fim de Semana

Está em cartaz dois bons filmes a perder .
Um é o Caso Spotlight do realizador Tom McCarthy e com os actores Mark Ruffalo, Michael Keaton, Rachel Adams,Liev Schreiber,Stalnley Tucci,John Stallery, que no fundo representam a equipa de jornalistas do jornal Boston Globe responsável pela divulgação do escândalo de pedofilia no seio da igreja católica, fazendo com que os mesmos ganhassem o prestigiado Prémio Pulidzer e fizesse com que ficássemos estupefactos e até abismados para dizer o minimo com o que durante anos se passou no meio de uma instituição destas. 
A equipa Spotlight  existe mesmo é constituído por um grupo de jornalistas que ao longo dos anos têm sido responsáveis pela divulgação de vários casos escandalosos sendo este a que o filme aborda o que mais repercussão teve.
O filme é extraordinário, assim como extraordinários estão todos os actores, destacando-se Mark Ruffalo ( jornalista que este representa tem ascendência portuguesa), justamente indigitado para Óscar de Melhor Actor secundário, assim como também está o filme indigitado como o de Melhor Filme.
Um filme a ver com surpresa e alguma indignação pelos acontecimentos ali narrados.




 Outro filme que estreou em Portugal esta semana e que é uma das grandes surpresas do ano pela interpretação de ambas as actrizes principais, fotografia, guião, música, cenário,guarda roupa,...é o Carol do grande realizador Todd Haynes (do belíssimo filme Longe do Paraíso /Julliane Moore) e com os soberbos desempenhos das actrizes Cate Blanchett, Rooney Mara e  Sarah Paulson. Destaco-as porque apesar de haver outros personagens nomeadamente masculinos, o filme recai todo sobre estas três mulheres que carregam de uma forma sublime todo o filme às suas costas.
Eu já o tinha dito aqui há uns tempos que Cate Blanchett será a "herdeira" em termos de representação de Meryl Streep de tão fantástica que ela é. Ver esta mulher representar, falar, andar é qualquer coisa de mágico, assim como de mágico é ver Rooney Mara a dar-lhe réplica, num papel em todos os sentidos difícil pois o que ali vemos é uma história tão triste ao mesmo tempo tão bela e com uma envolvência em termos fotográficos e de cenário tão extraordinários que pensamos que quando já achávamos que tínhamos visto tudo surge este Carol e ficamos simplesmente abismados com tanta boa representação.
Há ainda a referir que este Carol, romance de um amor que a sociedade proíbe e que entrelaça duas mulheres com idades, estatutos e experiências de vida diametralmente opostas, é baseado no livro O Preço do Sal (vagamente autobiográfico) da escritora Patrícia Highsmith,  e no filme Breve Encontro de David Lean, para a  sua estrutura narrativa. O longo flash back de que o realizador recorre é essencial posto que quando chegamos ao fim percebemos então as motivações daquelas mulheres e que a principio não nos era dado a ver.
Um filme imperdível a todos os níveis e não é sem razão que o mesmo também está (e bem) na corrida aos Oscares e que já vem muito bem referenciado em outros festivais de Cinema nomeadamente o de Cannes onde Rooney Mara ganhou o prémio de Melhor Actriz.

Sem comentários: