Há dias estava a fazer zapping e fui dar com um filme que eu não tinha visto e que há muito queria ver. O filme é o "Os Fantasmas de Goya", em que no papel de Goya temos o actor Stellan Skarsgard,(um actor muito seguro!) andando por lá também a actriz Natalie Portman, como musa inspiradora do pintor quase irreconhecível aquando da sua saída da prisão do Santo Ofício depois de meses de tortura, Xavier Barden como irmão Lorenzo e também retratado pelo pintor, Randy Quaid como rei Carlos IV, entre
tantos outros.
O filme é muito bom. A acção desenrola-se nos primeiros anos do século XIX no meio do radicalismo da Inquisição, tendo também como pano de fundo a iminente invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte, este representado pelo actor Craig Stevenson. O filme mostra o processo criativo deste grande pintor que foi Francisco Goya, as suas constantes "dores de cabeça", a sua surdez, ingenuidade/irritabilidade e a relação algo atribulada que o mesmo mantinha com o poder. No fundo o filme mostra-nos um Goya testemunha atormentada de uma época muito conturbada.
O filme é muito bom. A acção desenrola-se nos primeiros anos do século XIX no meio do radicalismo da Inquisição, tendo também como pano de fundo a iminente invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte, este representado pelo actor Craig Stevenson. O filme mostra o processo criativo deste grande pintor que foi Francisco Goya, as suas constantes "dores de cabeça", a sua surdez, ingenuidade/irritabilidade e a relação algo atribulada que o mesmo mantinha com o poder. No fundo o filme mostra-nos um Goya testemunha atormentada de uma época muito conturbada.
Nessa perspetiva não resisto aqui a colocar uma obra sua a famosa "Maja Desnuda" uma obra adiantada para a sua época e concebida para ambientes privados. Se deixarmos de lado algumas questões que possamos colocar ao estarmos perante esta obra e uma delas é para mim o porquê de tamanho despojamento de cenário, posto que apenas temos perante nós uma jovem mulher nua deitada em cima de almofadões e que olha para nós com um olhar bovino, o que é certo é que este nu aqui representado está muito afastado de um nu refinado brincalhão e rebuscado erotismo típico do erotismo francês. Estamos aqui perante uma "peça de carne"(desculpem-me a expressão), de alguém que levantando os braços e juntando-os ao cimo da cabeça se deita e se deixa retratar.
O que aqui vemos, não se trata de uma qualquer vénus, uma deusa ideal, mas sim de uma mulher(especulou-se que a mesma seria a Duquesa de Alba, mas não se tem certezas sobre isso).
Aquando da apresentação da obra a mesma também foi denominada de "A Cigana". Também há quem especule que a mesma faria parelha com a "Maja Vestida", mas não se tem certezas disso.
Aquando da apresentação da obra a mesma também foi denominada de "A Cigana". Também há quem especule que a mesma faria parelha com a "Maja Vestida", mas não se tem certezas disso.
Apesar disso não deixa de ser fascinante olhar para esta "Maja Desnuda", que reclinada nas suas almofadas olha para nós com atrevimento despudor.
Dentro da sua simplicidade é um bom Goya sem dúvida nenhuma.
A obra é um óleo sobre tela e pode ser vista no Museu do Prado em Madrid.
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