terça-feira, agosto 20, 2013

Elysium

Com realização de Neill Blomkamp o mesmo realizador  realizador do fabuloso Discrict 9, eis que estreou desde a semana passada Elysium, com Matt Damon, Jodie Foster,Alice Braga, Sharlto Copley William Fichtner entre outros. Fui vê-lo hoje e não desgostei. Ia já a espera de um objecto cinematográfico algo suis generis, marca deste  realizador  sul africano. Quando estava  a vê-lo houve algumas cenas que me transportaram para Discrit 9, se bem que ambos os filmes nada têm de semelhante, apesar dos mesmos se movimentarem na esfera da ficção científica e da segregação de pessoas.
Neil Blomkamp é um realizador que não tem medo de mostrar violência, seja ela física, ou de outro género e isso é bem visível aqui, não só pelas imagens da transformação corporal de Matt Damon, como também pela violência demencial do personagem de Sharlo Copley, actor fetiche do realizador, posto que o mesmo já aparecia em Discrit 9 se bem num papel bem mais simpático.
Elysium mostra-nos o planeta terra num futuro distante 2156, quando os muito ricos passam a viver em Elysium uma espécie de estação espacial, e onde tudo pode ser conseguido até a cura para as mais variadas doenças, enquanto os que nada têm vivem num planeta terra completamente depauperada e onde todos os recursos foram quase totalmente dizimados. As memórias da vida terrestre como hoje a conhecemos apenas está impressa em livros, porque já nada resta, são só uma miragem.
É nesta esfera suja e pobre que se move Max, Matt  Damon, procurando curar-se de um cancro, arranjado no trabalho e que para se salvar tem que arranjar meios de ir para  a esplendorosa  Elysium.
Jodie Foster ano papel da Secretária de Estado Delacourt  quando quer consegue ser uma magnífica cabra e quando aparece tem sempre o dom de roubar as cenas com quem contracena e aqui não foge à regra.
O filme apesar da violência explicita consegue ser muito bom. Este realizador filma magistralmente a pobreza, a sujidade e a decadência dos materiais e das pessoas. Não se compadece com ninharias, não perde tempo com subterfúgios para encher cenas e vai directo às questões. O filme tem um ritmo frenético, tem uma boa banda sonora, os actores cumprem o seu papel com profissionalismo.
Apesar de numa primeira análise o filme parecer-nos uma metáfora do fosso que actualmente existe em inúmeros países entre ricos e pobres, entre os que podem com dinheiro comprar a saúde e o bem estar em contraposto aqueles que morrem sem qualquer assistência médico-sanitária, em entrevista recente o realizador esclareceu que limitou-se a criar uma história, não pretendendo criticar nem julgar, ficando isso ao critério de quem vê. Eu vi e julgo que o que ali está é uma boa critica social, muito bem feita, feita de uma forma  segura e inteligente.
Vemos  também  aqui  em Elysium, a actriz brasileira Alice Braga, (Cidade de Deus e Repo Man)  a afirmar-se como um valor muito seguro e pelo filme  andam também alguns  actores que eu aprecio particularmente, como são os casos do  bonito  e simpático actor mexicano Diego Luna ( E a tua Mãe Também), e de Walter Luna o actor brasileiro, sobejamente conhecido da sua prestação em Tropa de Elite.
Para quem gosta de boa  ficção científica eis um filme a ver com atenção.


1 comentário:

redonda disse...

Gostei deste filme.