Se houvesse justiça na atribuição de prémios da Academia, para mim, o grande vencedor dos Oscares seria o filme Amour do realizador austríaco Michael Haneke. Ganharia na categoria de Melhor Filme, melhor Realizador, melhor Actor, melhor Actriz, melhor Som, Argumento, etc.
Amour é um filme belíssimo, comovente, duro, triste, enfim...nem tenho adjectivos para o qualificar. Quando há uns tempos largos o fui ver nem consegui aqui escrever sobre ele. Saí do cinema tão triste, tão chorosa que nem fui capaz de exprimir por palavras o que me ia na alma. Só pensava como é que alguém pode ter tanta sensibilidade para realizar algo tão comovente!
E que belos actores!
Emmanuelle Riva, vai tão bem! E o que dizer de Jean-Louis Trintignant? Que excepcionais actores a França tem!
O filme saiu da última cerimónia dos Óscares com o mais do que merecido prémio de Melhor Filme Estrangeiro, coisa pouca para um filme que ganhou nos E.U.A. o prémio para melhor filme pelos críticos cinematográficos e vem somando prémios por todos os festivais de cinema.
Obviamente um filme não vale pelos prémios que recebe ( e isso verificou-se neste domingo quando foram atribuídos prémios que a meu ver não são merecidos) mas o Amour fica a milhas de distâncias de muitas obras que se estrearam no ano transacto e que foram premiadas sem eu perceber bem porquê a não ser pelo critério de serem filmes feitos nos Estados Unidos e com a bênção dos grandes estúdios.
M.Haneke já nos tinha presenteado com A Pianista e ali já podíamos ver que estavamos a lidar com um realizador fora de série, um homem que deve aplaudido em pé muito merecidamente.
Com este post faço a minha homenagem a um filme que para mim irá perdurar para sempre como uma obra prima do panorama cinematográfico.
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