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Auto-Retrato |
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Detroit |
Diego Rivera, de nome completo Diego María de la Concepción Juan Nepomuceno Estanislao de la Rivera y Barrientos Acosta y Rodríguez nasceu em Guanajuato a 8 de Dezembro de 1886 e morreu na Cidade do México a 24 de Novembro de 1957, fazendo hoje 125 anos do seu nascimento.De origem judaica, este homem foi um dos maiores artistas do século 20, um pioneiro da pintura política, militante da luta pela libertação popular e da revolução comunista, assim como foi um livre pensador não deixando ao longo de levar uma vida privada recheada de excentricidades. Não é de admirar que o auto retrato que aqui aparece, Rivera esteja com um ar abatido, fatigado e algo gasto.Ele próprio cria um rosto cansado e céptico onde a devastação do tempo não deixa de ser sentida. A linha dos ombros torna-se uma diagonal, sobre o qual se projeta a cabeça com o cabelo arranjado e o rosto flácido e cheio de rugas. As sobrancelhas estão elevadas e vigilantes, as pálpebras pesadas. A boca rosada e muito bem delineada,apresenta uma emoção quase imperceptível.A vida, os amores e o trabalho de Rivera estavam cheios de contradições: no exílio americano aceitou encomendas do "inimigo da classe" ou seja, do magnata Rockefeller, e depois tornou-se em seu feroz crítico.Foi também membro importante do Partido Comunista Mexicano de onde foi expulso em 1929 por ter optado por Trotski em vez de Estaline.Era também um homem capaz de se apaixonar entusiasticamente por quase tudo, mas não imediatamente; era capaz de ser infiel a quase toda a gente e depois a eles regressar fielmente. A sua vida apaixonada foi paralela à sua arte feita de constante inovação, tumultos e exaltações.Após ter visitado a Europa e estudado os frescos de Giotto em Itália, bem como o Cubismo de Picasso e as figuras desnudas de A.Modigliani em Paris, voltou ao seu México natal em 1921 para combinar a política com a sua arte de libertação. Duas máximas determinam o curso da sua arte a partir de então. Uma: a arte não pode ser imparcial mas tem de servir de arma na guerra pelo comunismo; dois: a arte tem de falar a linguagem do povo, tem de educar o povo, através das imagens, a falar e a ver. O meio mais importante para isso foi a Pintura Moral Narrativa.Os seus famosos murais, monumentais e instrutivos, eram compostos nos edifícios públicos de modo a ensinar, incitar e dar prazer aos nossos sentidos. Diogo Rivera dedicou-se a esta tarefa,mas teve ao mesmo tempo de aprender a reconhecer os limites da eficácia e verdade propagandística.Este Auto-Retrato que aqui surge é um óleo sobre tela e faz parte da Colecção Burt B.Holmes, Houston, no Texas.
1 comentário:
Gosto muito da pintura do Diogo Rivera, principalmente as pinturas murais.
Não sei se já viu o filme "Frida", pois dá para conhecer um pouco mais a trajectória deste grande pintor.
Cumprimentos e parabens pelo seu blogue
silenciosquefalam.blogspot.com
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