segunda-feira, agosto 31, 2009

Delírio

É o meu mel
que eu cheiro na tua boca

É no teu pénis
que eu bebo a sede toda

Nos teus lábios abertos
que me vencem eu nado devagar sem ter vergonha
É a lagoa - eu digo
de veludo
É o grito - eu sei
na raiva solta

É a proa do prazer sobre o lençol
onde mais tarde vai rebentar a onda

Secreto é o ruído dos corpos
no combate

Os elmos já depostos pelo chão
caídas as viseiras e as máscaras
o vestido misturado à armação

São fulvos os cavalos
com as patas cor de pó
tropeçando na paz adormecida

Eu levo a bandeira
do orgasmo
E "para tão grande amor é curta a vida".
Maria Teresa Horta
Só de Amor

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