Amo-te muito, muito!
Reluz-me o paraíso
Num teu olhar fortuito,
Num teu fugaz sorriso!
Quando em silêncio finges
Que um beijo foi furtado
E o rosto desmaiado
De cor-de-rosa tinges,
Oh!se essa nudez tua
É como a que eu conservo
Lá quando à noite observo
O que no céu flutua;
Amamo-nos!não cabe
Em nossa pobre língua
O que a alma sente, à míngua
De voz...que só Deus sabe!
João de Deus, in Campo de Flores
Tomo I
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