Com o inicio oficial do verão, nada como aqui abordar uma das obras de um dos pintores ifranceses que mais gosto, Puvis de Chavannes.
Ligado à corrente impressionista Chavannes nasceu em Lyon, França, a 14 de Dezembro de 1824 e veio a falecer em 1898 em Paris. De forte carácter, este pintor foi ao longo da sua vida criando obras muito características deste movimento e em que a ligação homem/natureza estão sempre presentes. As suas personagens são muito bem construídas anatomicamente e na obra aqui presente podemos constatar isso mesmo.
Ligado à corrente impressionista Chavannes nasceu em Lyon, França, a 14 de Dezembro de 1824 e veio a falecer em 1898 em Paris. De forte carácter, este pintor foi ao longo da sua vida criando obras muito características deste movimento e em que a ligação homem/natureza estão sempre presentes. As suas personagens são muito bem construídas anatomicamente e na obra aqui presente podemos constatar isso mesmo.
De facto, três raparigas estão presentes frente a uma praia de ondas calmas. A que se encontra em pé tem um corpo avantajado mas bem constituído. Parece ter estado no mar e agora virado para ele está concentrada em pentear os seus longos cabelos. Tem em redor da cintura uma toalha e o resto do corpo está lhe desnudado permitindo-nos observam as costas bem torneadas.
A que se encontra sentada de frente para nós, reclinada nas dunas, tem um ar ausente e o rosto revela alguma emotividade soturna. Tal como a que está em pé também esta tem o dorso desnudo e uma toalha branca tapa-lhe as pernas . Com o braço direito segura os seus longos cabelos e o esquerdo repousa entre as pernas.
A terceira rapariga, está sentada em segundo plano, de costas para o espectador, parecendo observar o mar. Todas elas apesar de estarem num cenário de praia têm os corpos excessivamente branco, quase leitoso. Não existe nesta composição uma cor quente, pois Chavannes apenas se vai concentrar no branco e num azul esbatido.
Esta obra acaba por ser um tanto ou quanto estranha, pois se repararmos bem nenhuma delas estabelece contacto entre si, parecendo cada uma delas emersa no seu mundo rico e misterioso.
Puvis de Chavannes |
O céu com algumas nuvens muito bem feitas contrasta com o azul do mar. As raparigas estão rodeadas de plantas secas e murchas que pululam pelas dunas aí existentes e tal como elas próprias, parecem não interessar a quem quer que seja, apesar de darem algum colorido à composição.
Sendo uma obra a meu ver bastante fria e triste em contraste com o verão sempre alegre e carregado de cores, não deixa de ser fascinante olhar para esta tela quanto mais não seja por nela estarem três figuras bem interessantes emersas em sua tristeza e mistério.
Esta obra intitulada Raparigas à Beira-Mar é um óleo sobre tela e pode ser apreciada no Museu D'Orsay em Paris.
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