Há dias fui ver o o filme Por Detrás do Candelabro, a nova obra do realizador Steven Soderbergh e gostei muito. O filme tem uma história curiosa. Foi produzido pela cadeia de televisão HBO e era para passar na televisão num telefilme. Mas a páginas tantas a coisa começou a ter um êxito tal, que passou para o grande écran. Soderbergh a meu ver tem vindo a afirmar-se como um dos grandes realizadores da actualidade. Há dias vi na televisão uma obra sua feita há um ano, Contágio e adorei o filme. Se eu tinha algumas dúvidas que ele era um bom realizador essas dúvidas esfumaram-se a ver este filme. Na altura e apesar de já gostar desse realizador achei que o filme seria mais um sobre vírus altamente contagiosos, mas não é assim. O filme foge a esse padrão tão habitual em outros filmes e paulatinamente vamos vendo que estamos perante um bom filme, muito reflexivo,muito seguro e bem realizado.
Foi então com redobrada curiosidade que fui ver esse esse biopic denominado de Por Detrás do Candelabro que retrata alguns anos da vida deste fenomenal entretainer e pianista que foi Liberace. Com Michael Douglas no papel de Liberace, um papelão digo -vos já, visto que este último se transfigura por completo seja a nível da voz (já ganhou com esse papel um prémio de televisão, juntamente com o realizador) seja pelos maneirismos do corpo, e com Matt Damon, num personagem muito longe daquilo que estamos habituados a ver, este filme é mesmo bom.
Eu já conhecia alguns dos aspectos da vida de Liberace, nomeadamente a sua homossexualidade e o quanto ele era bom à frente de um piano,visto ter há muitos anos assistido pela televisão um dos seus espectáculos, mas o filme mostra-nos uma faceta tão negra e tão estapafúrdia da vida deste homem que saí do cinema impressionada com estas vidas tão cheias de poder, dinheiro, alegria, mas ao mesmo tempo impregnadas de tragédia e que no fim é sempre o corpo a pagar por todos esses múltiplos excessos.
Eu já conhecia alguns dos aspectos da vida de Liberace, nomeadamente a sua homossexualidade e o quanto ele era bom à frente de um piano,visto ter há muitos anos assistido pela televisão um dos seus espectáculos, mas o filme mostra-nos uma faceta tão negra e tão estapafúrdia da vida deste homem que saí do cinema impressionada com estas vidas tão cheias de poder, dinheiro, alegria, mas ao mesmo tempo impregnadas de tragédia e que no fim é sempre o corpo a pagar por todos esses múltiplos excessos.
S. Soderbergh não está com meias medidas, e com paninhos quentes. Mostra o que tem a ser mostrado e vemos que os candelabros que enfeitavam os salas de espectáculos por onde Liberace actuava e que estavam até por cima dos seus inúmeros pianos , escondiam uma vida que por vezes roçava o patético e onde a extravagância era levada ao cúmulo do mesmo Liberace exigir que o seu parceiro sexual, tivesse que mudar de rosto para se assemelhar ao seu! Incrível!
Recomendo vivamente.
1 comentário:
Excelente sua abordagem sobre esse filme, também o assisti e gostei muito!
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