Que vivemos num mundo completamente mercantilizado e consumista e em que todos nós vivemos mergulhados nesse mercantilismo e consumismo, não é novidade para mninguém, mas que esse consumismo desenfreado atinja o seu auge em Dezembro, não deixa de ser um tanto ou quanto assustador. Todos já nos apercebemos que chegando os meses de Novembro e Dezembro, cai sobre os seres humanos,que festejam a quadra natalícia uma tal febre "de loja" que não há nada que os detenha ou que os faça parar para pensar que é nesta época que ( já que vivemos sob o signo religiosos judaico-cristão) deviamos fazer um certo recolhimento e sermos uns para os outros,deixando o consumismo de lado e termos uma postura de solidariedade para todos aqueles que com vivam com mais dificuldade.Claro que essa solidariedade existe, e não é de menos supormos que há muito boa gente que dá o seu tempo e aquilo que podem ofertar para causas de solidariedade. Contudo, ao mesmo tempo que essa solidariedade toma forma nas mais diversas iniciativas, não é menos verdade que as lojas, os centros comerciais e demais catedrais de consumo enchem-se de pessoas num desfario de compras que roça quase à insanidade.
O pós festejos natalícios também deveria ser objecto de estudos sociológicos, pois que, nem passadas 48 horas após o Natal e as lojas enchem-se novamente de pessoas trocando os mais diversos presentes, ou porque não gostaram, ou porque já possuiam aquilo que lhes foi ofertado, ou porque afinal...não era bem aquilo que desejavam... enfim as razões são muitas... e então retoma-se o desvario consumista, mas, em que o que está em causa é a troca dos presentes dados ou recebidos por outras mercadorias, e onde a loucura não deixando de estar presente toma contudo outra forma, a da troca pela troca mercantil.
Apercebemo-nos então que se alguma dúvida havia de que nesta época festeja-se tudo menos o nascimento de Cristo, esse desenfreado movimento consumista faz com que qualquer dúvida se desvaneça das nossas mentes de uma vez por todas. O Presépio convivendo em harmonia com a pagã Árvore de Natal, as iluminações de rua, a Missa do Galo, os presentes, o excessos alimentícios, fazem parte há muito de uma quadra que se denomina de "Quadra Natalícia", uma quadra em que se deveria comemorar o nascimento de alguém que possui e penso que continuará a possuir importância para milhões de Cristãos, mas que contudo continuará a ser vivida como uma época de excepcional ocasião de grandes negócios, uma oportunidade das lojas sairem da crise.
No fundo, vive-se alegremente uma "quadra consumista".
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