Ver o filme O Meu Nome é Alice, foi revisiar um passado por mim vivido uma vez que tive na família quem tivesse essa doença terrivel que é o Alzeimer. Se bem que no meu caso familiar a doença tenha sido declarada numa idade já avançada a degradação física e mental provocadas pela doença é a mesma, nesta idade ou numa mais precoce como é o caso da personagem do filme em apreço.
Magistralmente interpretada por esta grande actriz que é Julianne Moore, que me atrevo mesmo a dizer que é a par de Jessica Chaistain a herdeira natural de Meryl Streep em termos de interpretação cinematográfica, o que vemos aqui neste Still Alice é o declínio de Alice Howland, uma mulher de 50 anos, com um casamento feliz e três filhos já adultos, e uma reconhecida professora universitária de linguistica que de um momento para o outro começa a não conseguir reconhecer lugares, palavras, pessoas, nomes e por fim a não se reconhecer a si própria, numa decadência que nos mostra que esta doença a par do cancro é decididamente uma das coisas mais terríveis pelo qual um ser humano pode passar.
Brilhantemente realizado por Richard Glatzer e Wash Westmoreland e tendo por base o livro de de Lisa Génova, este O Meu Nome é Alice de certeza dará justamente o Oscar a Julianne Moore e ficará para sempre como um dos grandes filmes que dão conta de uma forma muito humana e assertiva o que é ter esta doença e as provações por que passa o/os cuidador/cuidadores destes doentes que no fim da sua vida acabam por nem saber quem são, completamente fechados no seu próprio casulo e emersos numa total degradação mental e física.
Um belíssimo filme que a par de Julianne Moore temos outros excelentes actores como é o caso de Alec Baldwin, Hunter Parrish, Kate Bosworth e Kristen Stewart, esta última revelando uma grande maturidade no papel de filha de Alice. Um filme a ver com um pacote de lenços na mão.
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