Reza a história que foi Filipe II de Espanha que encomendou esta bonita e sensual obra a Ticiano Vecellio para com ela fazer par com a Vénus e Adónis, do mesmo Ticiano.Ambas encontram-se no Museu do Prado.Esta obra que aqui aparece denominada de "Danae a Receber a Chuva de Ouro", não é mais do que a representação pictórica da fábula mitológica que narra o momento em que Zeus se transforma em chuva de ouro para seduzir a formosa Danae que tinha sido fechada num quarto pelo seu pai, o rei de Argos, para que ninguém se aproximasse dela.A composição esta dividida em três zonas.Na parte esquerda da tela, vemos Danae toda nua, deitada na cama, com as pernas dobradas.A sua pele muito branca faz contraste com os cortinados vermelhos que surgem na cabeceira do seu leito. Na parte direita, aparece representada aquela que parece ser uma velha criada.É a serva de Danae e as suas costas muito morenas estão descobertas, contrastando com a pele pálida da jovem.Ela levanta um avental com as mãos e parece recolher o ouro que cai do céu. Na parte superior, vemos a chuva dourada que surge entre nuvens negras e à direita da pintura podemos ainda ver uma parede de pedra do quarto onde Danae está fechada. Desta atmosfera existente no quarto vaporosa caem moedas de ouro questão apanhadas pela anciã com o seu avental.É Zeus, transformado em chuva de ouro, que aparece dessa forma para possuir Danae. Esta dirige o seu olhar para cima e entrega-se, complacente, ao Deus Zeus.O joelho de Danae aponta para a chuva de ouro, a qual, na sua queda encontra o sexo da jovem mulher.Ao lado de Danae, aprece representado um cãozinho dormindo tranquilamente e que constitui um atributo de cortesã. Após essa relação, nascerá Perseu, um dos heróis mais importantes da mitologia clássica.Como já o referi logo no início está é uma obra plena de sensualidade e referencias mitológicas, e em que o contraste de cores se faz entre o branco, o preto e o vermelho. Sem grandes adereços no espaço em que surgem as personagens, não deixa de ser uma obra plena de cores quentes que no entanto acabam por contrastar com a serenidade do rosto de Danae.Uma obra magnífica que pode ser apreciada no Museu do Prado e que possui as dimensões de 1,29x1.80, sendo óleo sobre tela.
1 comentário:
Parece-me que a "formosa Danae" ainda não tinha à disposição o milagroso Activia para "barriguinhas" proeminentes (rsss, rsss, rsss)
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