Na nossa vida é normal possuirmos sentimentos mais ou menos passageiros(às vezes não tão passageiros) como é o caso da vulnerabilidade, a insegurança, a solidão, a falta de auto estima e a tristeza profunda que acabam por condicionar irremediavelmente todo o tipo de encontros que podemos desenvolver com os outros.Se estamos nessa triste fase todo o tipo de encontros que temos marcam-nos pela negativa e levam-nos ao afastamento dos que nos rodeiam, posto que vivemos numa sociedade em que as relações são perfeitamente descartáveis e quando não estamos bem, o outro tende a afastar-se caso não possua um forte elo de amizade de compaixão ou de amor por nós.Esse afastamento ainda agrava mais a nossa solidão e muitas vezes não conseguimos reagir e tendemos a ter pena de nós próprios, a culpabilizar-nos por tudo o que possa suceder.Fraquezas várias acabam por insinuar-se dentro de nós, são parasitas vários que se agarram à nossa pele, tendemos a ficar fracos, sem defesas e qualquer coisa que nos digam, por mais ínfima que seja toma proporções enormes, tudo é uma ofensa, as palavras tomam duplos sentidos, são murros atirados à nossa cara, nada é valorizado, pequenos gestos são desprezados, e mãos amigas que nos tendem a puxar para cima, são afastadas por as considerarmos puros atos de piedade.Acontece que aos poucos e talvez fruto de um recolhimento solitário, da persistência de amigos, de variada ajuda médica, e do próprio organismo que luta por reagir, acabamos por nos reerguer e começamos a estar abertos à dádiva da vida, amizade e do amor.Pequenos gestos que recomeçamos a realizar são pequenos sinais que a nossa saúde mental e o nosso equilíbrio fisco tende a reestabelecer-se e percebemos que começamos a caminhar na direção, da luz, a sair do túnel em que estivemos mergulhados e assim começamos outra vez a conseguir lidar com as dificuldades que a vida nos coloca à frente.Identificamo-nos connosco e com os outros e uma paleta de interesses começa a vir ao nosso encontro e então damo-nos conta que estamos outra vez de volta à vida e que a nossa auto estima começa reerguer-se e a adquirir interesse por aquilo que nos rodeia e principlamente a aceitar as vicissitudes que constantemente são colocadas à nossa frente.
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