Ontem sábado dia 16 de Maio realizou-se na Russia, o Festival Eurovisão da Canção. Vi alguns minutos do mesmo e para além de me ter apercebido da perda na locução do insubestituível Eládio Clímaco, o Festival da Eurovisão contínua num declínio confrangedor. De facto, das canções, aos trajes, das apresentações mais ou menos estapafúrdias de alguns países, (a nossa apresentação não fugiu à regra), às coreografias absolutamente indescritíveis, à apresentação dos locutores locais, ao mega pavilhão onde tudo se realizou, aos gritos e assobios conforme as preferências nacionalistas de quem ali estava, estamos perante algo que a meu ver já não faz qualquer sentido, e que no entanto é persistentemente realizado ano após ano. O que aqui menos interessa é quem foi o vencedor, que este ano coube se não me engano à Noruega, mas sim saber o porquê na insistência de um espectáculo a todos os níveis dispendioso e que no entanto não contribui, nem pouco mais ao menos, para o enriquecimento da cultura musical daqueles que se encontram na disposição de ouvir aquelas dezenas de canções. O desconsolo maior no meio desta tragédia cancioneteira eurofestivaleira é de sabermos que não temos o Eládio Clímaco a fazer a locução. Tudo o resto é barulho para as nossas meninges.
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