quinta-feira, julho 24, 2014

Snowpiercer- O Expresso do Amanhã

Estreou hoje este Snowpiercer- O Expresso do Amanhã, um filme do realizador coreano  Bong Joon-ho ( realizador dos filmes("The Host - A Criatura", (gostei muito deste filme quando passou por cá há 8 anos) "Memories of Murder", "Mother - Uma Força Única") e com os actores, Chris Evans, Tilda Swinton, irreconhecível e cada vez mais camaliónica (adoro esta actriz!), Jamie Bell, John Hurt(sempre muito bem), Octavis Spencer (uma surpresa para mim, vê-la nessas andanças)Alison Pitt, Ewen Bremner, Song Kangho, Ko Asung e o grande Ed Harris, que faz sempre bem o papel de criatura maléfica.
O filme vem com boas referências, tem sido muito bem recebido nos circuitos cinematográficos e é uma distopia apocalíptica muito bem realizada.
Eu gosto deste tipo de filmes, gosto destes actores, e por isso foi com agrado que vi o filme.
É um filme violento, tem cenas arrepiantes, não é nada previsível, muito pelo contrário, há cenas absolutamente surpreendentes, o negro dos que vivem na cauda da locomotiva, contrasta em absoluto com as cores garridas e extremamente alegres dos afortunados  que vivem na frente da locomotiva, há planos de filmagem incrivelmente ousados, a história está muito bem urdida, tendo sido adaptada  da novela gráfica francesa "Le Transperceneige", criada no início dos anos 1980 por Jacques Lob e Jean-Marc Rochette.
No fundo este comboio de seu nome Snowpiecer  e que dá título ao filme, comboio esse  que gira à volta da terra sem nunca parar, levando nele o que resta da humanidade após alguns seres humanos se terem armado em deuses e com isso terem dado cabo do planeta terra, fazendo-a mergulhar  numa nova era glaciar e comandada pelo grande e 'divino' Wilford,  nada mais é do que um microcosmos representando tudo o que há de bom e sobretudo o que há de mau na espécie humana: a ganância, a maldade pura, a inveja, o ódio,  a miséria, a mais abjecta e pura tirania e o  supremo desprezo pelos mais básico princípios que fazem do ser humano um  ser racional. E como sempre acontece nestes casos em que o ser humano se vê confinado durante anos num espaço reduzido, quando explode a violência ela leva tudo à frente e aqui....literalmente....
 O filme inclusivé já foi premiado em vários festivais internacionais e penso que muito bem premiado, pois é um objecto cinematográfico muito inovador.
Pena que talvez seja passado quase incógnito, nesta época balnear em que as pessoas passam mais tempo na praia e em esplanadas do que no escurinho de uma sala de cinema. É mesmo pena, porque o filme é muito bom!

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