Foi com estupefacção, revolta, admiração, espanto e outros adjectivos mais que vi do principio ao fim este filme do realizador britânico Armando Giovanni Iannucci. Falo-vos do filme A Morte de Estaline. De facto ver este filme é ficarmos de boca aberta e no fim pregados à cadeira, qual o nível de violência e da mais pura insanidade ali mostradas após a morte do ditador Joseph Estaline em Maço de 1953.
Não admira que o visionamento do filme tenha sido banido na Bielorússia, Cazaquistão, Quirsquistão, e na própria Rússia, visto o mesmo não deixar pedra sobre pedra sobre aqueles meses posteriores à morte do ditador e onde a luta pelo poder foi tão insana, mas tão insana que às páginas tantas qualquer loucura que saísse daquelas cabeças é por nós perfeitamente aceite posto que ali só vemos pessoas que ou estão completamente loucas por terem vivido sob aquele regime sanguinário ou então não são seres humanos que ali nos é apresentado, mas autênticos animais com poder sobre milhões de seres humanos que eles põem e dispõe com total impunidade. Aliás a palavra impunidade e ali grassa com total rédea solta.
O enredo mostra a morte de Estaline e como a seguir, os membros do comité central do partido Comunista, outrora seguidores leais do ditador revelam a sua sede de poder e o que fazem par ao alcançar antes que sejam sumariamente abatidos pelos seus pares.
Assim o que ali vemos é que vencerá aquele cuja manipulação e traição seja melhor sucedida e quem de facto levou a melhor sobre os outros foi Nikita Kruchtchev, papel brilhantemente desempenhado por Steve Buscemi.
Pelo filme ainda andam Simon Russell Beale, Jeffrey Tambor, Paddy Considine, Tom Brooke, Olga Kurylenko, Justin Edwards e Michael Palin, entre outros, que vão dar corpo aos membros desse insano comité central. refiro que o filme foi baseado na novela gráfica com o mesmo nome, da autoria dos franceses Fabien Nury e Thierry Robin e é em termos cinematográficos uma autêntica comédia negra em tom de sátira política. Um magnífico e assustador filme sobre os meandros do poder e como isso leva à loucura quando o mesmo é exercido na sua mais plena totalidade.
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