O meu Blogue é um pouco de mim.Procuro através dele transmitir os meus gostos e as minhas ideias.Escreverei sobre aquilo que me vai na alma tendo sempre presente a máxima de Aristóteles que num belo dia disse: "Somos aquilo que fazemos consistentemente.Assim, a excelência não é um acto mas sim um hábito".
O nome do meu Blogue é uma homenagem que faço a essa grande pintora do século XVI que foi Artemisia Gentileschi.
Que Vivas para sempre Minha Deusa da pintura!
Estreou em Portugal o filme A Grande Muralha, obra do excelente e visionário realizador chinês Zhang Yimou o mesmo de Herói,O Segredo dos Punhais Voadores,A Maldição da Flor Dourada, Regresso a Casa, este últimoum filme que tenho guardado num cantinho do meu coração, assim como outros filmes que vêm do oriente nomeadamente o Disponível Para Amar de Won- Kar -wai.
Baseado numa lenda oriental, o filme vale pelos incríveis e sublimes efeitos especiais, pela prestação da lindíssima Jing Tian, por Matt Damon que nunca faz feio, por Pedro Pascal (lembremo-nos deleemA Guerra dos Tronos)e pelo pequeno papel de Willem Dafoe e pelo sempre seguro Lu Han.
Não saímos do cinema defraudados,(muito pelo contrario) pois de facto o filme é de uma grandeza extraordinária nas suas premissas, assim como nesta estreita e espero que frutífera colaboração entres o cinema chinês e norte americano.
Um bom filme, com cenas de nos tirar o fôlego, e com prestações muito bem conseguidas de todos os envolvidos, passado pela grandiosidade de visualizarmos uma das maravilhas do mundo que é a Grande Muralha. Só por isso vale a pena ver esta grandiosa obra cinematográfica!
Fui há tempos ver este Silêncio do grande Martin Scorcesee ver o porquê do mesmo ter sido tão esquecido nas nomeações para os Oscares quando este realizador já deu tanto e tão bons contributos para a industria cinematográfica. Evidentemente que um filme não vale pelos prémios que recebe e a história do cinema está cheio de exemplos de obras intemporais que nunca receberam qualquer prémio e de outras bastamente premiadas sem que alguém se lembra delas hoje em dia e para dar um exemplo lembremo-nos do "Shakespeare in Love", só para nomear uma.
Sem ter ainda visto ainda essa obra que pelo que vejo e leio irá receber um número bastante significativo de estatuetas, (estou a falar-vos de La La Land) gostei imenso deste Silêncio de Scorcese, sem contudo vir de lá a considerar ter visto o filme da minha vida e duvido que alguém assim pense, depois de passar 3 horas a ver o martírio de cristãos pelas terras do sol nascente...e se essas almas eram de facto vilmente martirizadas.
No dia que fui ver um casal ao meu lado saiu, não aguentando o que estava a ver e parece-me que depois do intervalo ( sim...fui a uma sala que faz intervalo, coisa que achei uma estupidez dado o tipo de filme que este é) a sala estava bem mais vazia.
O filme é duro, violento, pesado questiona-nos continuamente sobre os caminhos da fé, mostra-nos diálogos incríveis como é o caso das conversas absolutamente sublimes entre um dos padres Jesuítas Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e o inquisidor mor, o fantástico (Yoshi Oida), passado pelo diálogo quase final entre o padre Ferreira, Liam Neeson e Sebastião Rodrigues. Penso que o filme vale por esses diálogos que são a marca inconfundível de M.Scorcese.
Há um personagem algo esquecido, mas que é a meu ver uma peça fundamental é a de Francisco Garrupe, papel desempenhado de uma forma magnifica por Adam Drive. Ele é de facto um dos grandes mártires deste filme e é pena ter sido colocado o enfoque quase todo ou mesmo todo, sobre A.Garfield, um personagem que deixa muitas interrogações no ar e a meu ver nem sempre muito satisfatórias.
Liam Neeson, como sempre muito bem, e é pena este actor estar a especializar-se em filme de acção sem qualquer sentido, quando ele é tão bom em papéis deste cariz.
A fotografia deste Silêncio é uma coisa sublime e não é sem razão que é a única categoria para o qual está indigitada para os Oscares.
Sem me deslumbra, gostei muito do filme, é uma obra inesquecível e atrevo-me a dizer que daqui a muitos anos continuar-se-á a lembrar da mesma coisa que duvido que se irá passar com La La Land.