Maléfica. Um filme lindo, com uma fotografia soberba, Angelina Jolie mais bonita do que nunca. Amei este filme não pela história em si ( que até está bem esgalhada), mas por aquelas imagens únicas!
O meu Blogue é um pouco de mim.Procuro através dele transmitir os meus gostos e as minhas ideias.Escreverei sobre aquilo que me vai na alma tendo sempre presente a máxima de Aristóteles que num belo dia disse: "Somos aquilo que fazemos consistentemente.Assim, a excelência não é um acto mas sim um hábito". O nome do meu Blogue é uma homenagem que faço a essa grande pintora do século XVI que foi Artemisia Gentileschi. Que Vivas para sempre Minha Deusa da pintura!
Curiosidades!
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sexta-feira, junho 27, 2014
terça-feira, junho 24, 2014
O Homem Duplicado/Enemy
Em boa verdade, não sei como classificar este Homem Duplicado que fui ver no domingo passado. Não sei se o classifico como uma obra prima, uma obra excêntrica, uma obra incompreensível, única, estranha, bizarra, um objecto de arte dentro da mediocridade que grassa por aí em termos cinematográficos ou, uma deriva do realizador que tem como pano de fundo a obra do galardoado com o Prédio Nobel o escritor José Saramago.
Eu não li ainda a obra que dá nome ao filme, se bem que o título original é Enemy e julgo que com mais apropriação que o título em português. De facto o que aqui vemos são dois inimigos que o são a partir do momento que se vêm, partindo o realizador, da premissa que o homem é inimigo do seu semelhante, mesmo que esse semelhante seja uma cópia de si próprio.
Dos adjectivos que coloquei acima e que podem explicar o que é este filme o que para mim tem mais propriedade é o de incompreensível porque eu confesso que não entendi o filme em muitos dos seus aspectos e o final foi para mim totalmente hermético e inalcançável.
Este O Homem Duplicado não é um a obra linear e fácil de ser vista. É sim daqueles filmes que teremos que rever para o compreender, posto que há coisas que só a meio ou mesmo no fim fazem "algum" sentido.
Contudo, e isso é que é o mais estranho, é que o filme prende-nos do princípio ao fim. É como aqueles alimentos que sabemos que nos vão engordar o mesmo fazer mal, mas que insistimos em os comer. Aqui o nosso olhar prende-se ao êcran e por mais estranho que tudo aquilo seja, queremos ir até ao fim e ver como acaba aquela relação entre idênticos e o destino dos outros (poucos) participantes nesta história.
Este O Homem Duplicado não é um a obra linear e fácil de ser vista. É sim daqueles filmes que teremos que rever para o compreender, posto que há coisas que só a meio ou mesmo no fim fazem "algum" sentido.
Contudo, e isso é que é o mais estranho, é que o filme prende-nos do princípio ao fim. É como aqueles alimentos que sabemos que nos vão engordar o mesmo fazer mal, mas que insistimos em os comer. Aqui o nosso olhar prende-se ao êcran e por mais estranho que tudo aquilo seja, queremos ir até ao fim e ver como acaba aquela relação entre idênticos e o destino dos outros (poucos) participantes nesta história.
A música é como uma personagem integrante do enredo.
Ouvimo-la e ela agarra-se a nós. Ela grita bem alto, tão alto como aquela aranha monstruosa que vagueia pela cidade que é quase sempre filmada do alto, formando como uma teia gigante e em que o homem se vê como ser minúsculo perante a extensão em altura daqueles prédios e algo perdido perante quilómetros infindáveis de estradas em que pouca gente circula e os que o fazem se encontram submersos em si mesmo, fechados na sua própria solidão.
Não conhecia este realizador canadiano Denis Villeneuve, mas passarei a estar atenta a outras obras suas, visto que gostei do modo como ele usa a câmara, como filma os rostos dos personagens, as ruas, como escolhe muito bem os actores e sobretudo como soube integrar magistralmente Jake Gyllenhaal num papel duplo que não é nada fácil, pois ele é Antony Claire e Adam Belle, assim como, Mélanie Laurent, Sarah Gadon e Isabella Rossellini, esta última como mãe de um dos duplos. Um filme a ver e talvez a rever.
sábado, junho 21, 2014
Giuseppe Arrcimboldo-O Verão
Nascido em Milão em 1527 e falecido na mesma cidade em 1599,Giuseppe Arcimboldo, legou para a posterioridade obras que tornam único no panorama artístico. As suas criações feitas de toda a espécie de frutos, flores,legumes, potes, panelas e hastes dos mais variados cereais, e em que nelas podemos ver rostos de homens e mulheres, tornaram-no num artista ímpar e que faz com que o espectador se deleite a apreciar estas obras tentando descortinar nela a quantidade de elementos que a mesma emprega.
A obra aqui presente, denominada de O Verão, tornasse apropriada na medida em que hoje dá-se início a uma das estações mais alegres e desejáveis, após meses de frio, chuva humidade e demais destemperos.
Visto de perto este quadro parece a quem o aprecia, ser o sonho feliz de um vendedor de fruta ou mesmo de um vegan.
Contudo, ao afastar-nos dele vemos uma cabeça humana a tomar forma.
Esta foi feita na sua totalidade com base nos frutos e vegetais de verão. O casaco da figura todo ele é feito de cereais ainda em haste e mesmo o fundo do quadro é bordejado por flores.
Embora conhecido por usar frequentemente frutos e legumes para criar os seus retratos G.Arcimboldo costumava também , como já o referi mais acima, usar potes, panelas e até ferramentas na criação das suas muito estranhas imagens.
G.Arcimboldo esteve durante anos ao serviço da família dos Habsburgos e aqui esteve incumbido de outros trabalhos para a corte, como era o caso da realização e decorações para as mais diversas festividades adquirir peças de arte para a colecção do Imperador, desenhar e construir fontanários.
Contudo, as obras deste artista eram de alguma forma tidas como algo ridículas, embora não deixassem de ser imitadas por outros artistas, mais ou menos de uma forma descarada.
Foi apenas quando os Surrealistas tomaram de assalto a cena artística, que passaram a ver nele um amante dos jogos visuais e logo um dos seus , passando então G.Arcimboldo a tornar-se um dos mais famosos pintores.
Esta obra intitulada de O Verão é um óleo sobre tela e pode ser apreciada no Museu do Louvre em Paris.
sexta-feira, junho 20, 2014
Les garçons et Guillaume a la table!
Com realização de Guillaume Gallienne, está na sala de cinemas portugueses o filme Les garçons et Guillaume, à table! A Mamã eu e Guillaume na tradução portuguesa.
Eu não conhecia este actor e o filme chamou-me a atenção quando fui ao cinema há tempos e vi a sua apresentação. Fui vê-lo e as expectativas que tinha do mesmo (uma comédia super engraçada) esfumaram-se. O filme é estranho. Não digo que é mau, porque não é, até porque G.Gallienne está soberbo nos papéis de mãe e dele próprio.
O que me aborreceu foi mesmo a história. Achei-a batida, algo chata, com a sensação que já tinha visto aquilo em outros filmes, acção muito parada, e sem grande conteúdo.
É evidente que o actor quis aqui exorcizar os seus fantasmas, sendo os mesmos acerca da sua sexualidade, mas penso que o faz de um modo inviezado e a meu ver algo repetitivo.
É um filme egocêntrico ( não podia ser de outro modo, pois o que aqui vemos é uma autobiografia do próprio actor), mas eu já vi filmes egocêntricos bons e este não é o caso. A única nota que retive de interesse é o modo como o actor está em palco contando a sua história e é aqui que o filme ganha alguma chama, porque quando passamos para a acção propriamente dita, algo se perde e o que vemos é a história de um miúdo traumatizado pelo modo como é tratado pela família, os irmãos, colegas, e demais pessoas que se vão cruzando no seu caminho e que ao primeiro olhar o rotulam de gay.
Se já viu isto em outros filmes? Já! Se G. Gallienne é um bom actor? Sim é!Se o filme é bom? Não, não é, é razoável! Se recomendo? Sim! Há bem piores em cartaz!
Nota para o papel do actor como amante de Ives Saint Laurence no filme que estreia esta semana com o mesmo nome.
quinta-feira, junho 05, 2014
Lucien Freud-Encostada aos Panos
Lucien Freud, nascido em Berlim a 8 de Dezembro de 1922 e falecido em Londres a 20 de Julho de 2011, neto de S.Freud, há muito tem o seu nome inscrito na história da pintura.
Começou por pintar paisagens e naturezas-mortas, assim como retratos dos seus amigos e familiares, tendo posteriormente evoluído para a nudez do corpo humano. E que nudez!
A meu ver, talvez nenhum outro artista conseguiu igualar este pintor na arte de expor o ser humano em toda a sua nudez, despojada de qualquer artificialismo e mostrada tal como ele é.
Lucien Freud sempre conseguiu ver e mostrar o corpo humano em todos os seus prodígios cromáticos e espantosa vulnerabilidade. Consegue quase que pintar o que está por debaixo da pele, expondo a verdade secreta dos seus modelos e que foram da modelo Kate Moss à própria rainha de Inglaterra, passando pela mãe e amigos e diversos cães de estimação.
Parece-me que o desejo deste excepcional pintor nunca foi criar quadros que fossem idênticos aos temas, mas sim os próprios temas, para que houvesse duas realidades, uma na tela e outra em liberdade.
Na obra que aqui aparece intitulada de "Encostada aos Panos", uma tela de dimensões consideráveis,vemos uma mulher que de pé e rudemente nua está totalmente exposta à claridade do sol. O espantoso é que vemos todas as variações cromáticas da sua pele. A perspectiva é assombrosa, pois estando ela de pé parece que a todo o momento ela escorregará na nossa direcção, saltando para fora da tela.
Os panos brancos (lencóis?) atrás dela estão matizados pela claridade e como que amparam o braço direito.São panos incrivelmente bem pintados e ao olharmos para eles, quase que conseguimos sentir a sua textura. Estão amarfanhados e estão tão bem executados que penso que nunca me foi dado a ver uma série de panos tão bem representados numa tela. Brilham com uma luminosidade suave e a sua brancura vai desde os tons profundos de cinzento ( a parte inferior) passando por tons intermédios, até atingir uma brancura aguda na parte superior da tela..A firmeza da carne desta mulher destaca-se da compreensão solta deste monte de panos. Ela inclina a sua cabeça sobre o braço direito e como que adormecida expõe despudoradamente toda a sua nudez.
Começou por pintar paisagens e naturezas-mortas, assim como retratos dos seus amigos e familiares, tendo posteriormente evoluído para a nudez do corpo humano. E que nudez!
A meu ver, talvez nenhum outro artista conseguiu igualar este pintor na arte de expor o ser humano em toda a sua nudez, despojada de qualquer artificialismo e mostrada tal como ele é.
Lucien Freud sempre conseguiu ver e mostrar o corpo humano em todos os seus prodígios cromáticos e espantosa vulnerabilidade. Consegue quase que pintar o que está por debaixo da pele, expondo a verdade secreta dos seus modelos e que foram da modelo Kate Moss à própria rainha de Inglaterra, passando pela mãe e amigos e diversos cães de estimação.
Parece-me que o desejo deste excepcional pintor nunca foi criar quadros que fossem idênticos aos temas, mas sim os próprios temas, para que houvesse duas realidades, uma na tela e outra em liberdade.
Na obra que aqui aparece intitulada de "Encostada aos Panos", uma tela de dimensões consideráveis,vemos uma mulher que de pé e rudemente nua está totalmente exposta à claridade do sol. O espantoso é que vemos todas as variações cromáticas da sua pele. A perspectiva é assombrosa, pois estando ela de pé parece que a todo o momento ela escorregará na nossa direcção, saltando para fora da tela.
Os panos brancos (lencóis?) atrás dela estão matizados pela claridade e como que amparam o braço direito.São panos incrivelmente bem pintados e ao olharmos para eles, quase que conseguimos sentir a sua textura. Estão amarfanhados e estão tão bem executados que penso que nunca me foi dado a ver uma série de panos tão bem representados numa tela. Brilham com uma luminosidade suave e a sua brancura vai desde os tons profundos de cinzento ( a parte inferior) passando por tons intermédios, até atingir uma brancura aguda na parte superior da tela..A firmeza da carne desta mulher destaca-se da compreensão solta deste monte de panos. Ela inclina a sua cabeça sobre o braço direito e como que adormecida expõe despudoradamente toda a sua nudez.
Um quadro incrível, magnificamente executado por um Lucien Freud em estado de graça.
quarta-feira, junho 04, 2014
A Guerra dos Tronos
Não sei se aconteceu com o resto dos apaixonados pela série A Guerra dos Tronos, mas eu ontem, no 6º episódio, ia tendo um catiripapo quando vejo o belo e misterioso príncipe Oberyn Martell, a 'Víbora Vermelha' (o charmoso Pedro Pascal) a ser morto e com a cabeça esmagada por aquela bizarma da 'Montanha',(Gregor Clegane). Fiquei incrédula. Quando o episódio terminou fiquei sentada no sofá em estado de choque!
De facto, já por várias vezes que estou quase a ter uma coisinha mal à pala desta série.
Uma foi aquando do 'casamento vermelho' (Terceira Temporada) em que toda a linhagem dos Stark, mãe,(o pai Stark já tinha sido decapitado na 1ºTemporada), o filho mais velho, a mulher deste e restantes companheiros e amigos dos Stark são brutalmente chacinados. Até chorei! Juro. Enquanto o genérico final passava (sem música) não resisti a deitar algumas lágrimas de tão chocada que fiquei!
Depois quando aquele fedelho malcriado, sádico, mimado, destrambelhado.... que estava sentado no Trono de Ferro (Joffrey Lannister) é horrivelmente envenenado no dia do seu casamento sem que nada fizesse prever isso. E ainda não sabemos muito bem quem matou esse jovem tarado!
Finalmente o horror aconteceu ontem quando há o duelo entre o príncipe e a 'Montanha' e para espanto de toda a gente ambos morrem de uma forma pavorosa. Eu não estava a espera que matassem o príncipe Oberyn, não estava mesmo nada à espera, mas tenho que me ir habituando a estes sustos! Talvez o modo como ele morre é que foi chocante e totalmente inesperada.
Quando o episódio terminou fiquei a pensar que são estas surpresas e imprevisibilidades que fazem a grandeza desta série única e que tem seguidores por todo o mundo.
Como opto por não ler os livros de George R.R.Martin, estou sempre a ser apanhada pelos acontecimentos mais inesperados.
Depois quando aquele fedelho malcriado, sádico, mimado, destrambelhado.... que estava sentado no Trono de Ferro (Joffrey Lannister) é horrivelmente envenenado no dia do seu casamento sem que nada fizesse prever isso. E ainda não sabemos muito bem quem matou esse jovem tarado!
Finalmente o horror aconteceu ontem quando há o duelo entre o príncipe e a 'Montanha' e para espanto de toda a gente ambos morrem de uma forma pavorosa. Eu não estava a espera que matassem o príncipe Oberyn, não estava mesmo nada à espera, mas tenho que me ir habituando a estes sustos! Talvez o modo como ele morre é que foi chocante e totalmente inesperada.
Quando o episódio terminou fiquei a pensar que são estas surpresas e imprevisibilidades que fazem a grandeza desta série única e que tem seguidores por todo o mundo.
Como opto por não ler os livros de George R.R.Martin, estou sempre a ser apanhada pelos acontecimentos mais inesperados.
De facto, estes criadores da série David Benioff e D.B. Weiss, com a supervisão de George R.R. Martin estão aos poucos a criar a melhor série de televisão de todos os tempos!
Esta 4ªa temporada começou morninha e pouco apelativa, mas estes dois últimos episódios estão a pôr toda a gente a tomar calmantes antes do visionamento da série.
Eu no próximo vou já munidinha de um victan, não vá ser morto o Lannister pai (era cá uma surpresa!), ou aquela víbora da Lannister filha, ou então deceparem a cabeça do meu anão favorito, o grande Tyrion Lannister.
Isto promete!
Coisas Incompreensíveis
Há coisas que para mim são totalmente incompreensíveis nos negócios que se vão abrindo pela cidade de Lisboa e arredores. Não falo das outras cidades e recantos deste pequeno Portugal, porque obviamente não os conheço dado que não viajo assim tanto, mas parece-me que acontece o mesmo que em Lisboa e seus arredores.
Entrou na ordem do dia a palavra empreendedor e vai daí muitas pessoas, começaram a investir as suas economias em negócios cujo conceito passa por alguma originalidade, pois só assim conseguem vencer neste mundo plenamente globalizado em que meio mundo copia o outro meio.
Há dias o R.Araújo Pereira teve uma rábula em que "gozava" com a abertura exagerada de "Hamburguerias Gourmet". Não tinha visto essa rábula, mas como posso andar para trás alguns dias nos programas que dão na televisão e alertada por uma amiga que ele tinha tido imensa graça fui ver e de facto é do melhorzinho que este humorista tem vindo a fazer no seu quotidiano programa "Melhor que Falecer".
Evidentemente que tal como expus mais acima, toda a gente tenta inovar nos seus grandes, médios e pequenos negócios e quando alguém faz isso e ganha alguma projecção, há uma tendência para o copianço e quem tem algumas massas investe rapidamente no mesmo conceito e o resultado é a proliferação até à náusea de restaurantes todos iguais e é isso mesmo que vem acontecendo com as ditas hamburguerias guormet.
Contudo, há outros negócios também no campo da restauração que ainda tentam ( e por vezes conseguem-no bem, sem que saibamos bem como) não seguir a via do copianço mas a via da renovação de um conceito já existente.
Então fazem assim. Abrem um restaurante em que o que é servido é do mais banalíssimo que se pode comer, conseguem por via de conhecimentos vários que o mesmo seja bem conhecido na praça e como a nossa "praça" é bem pequenina rapidamente a coisa torna-se conhecida, chamam uns jornalistas para publicitar a chafarica, aparecem tias e tios de tudo o que é canto para a inauguração e a dita "boca livre", e passar a palavra aos restantes indígenas, para compor o ramalhete e correr com gente indesejável os preços são exageradamente altos, mandam vir do estrangeiro os matérias essenciais para o funcionamento do negócio, plantam-no num sitio onde ainda há alguns resquícios de gente com algum dinheiro na carteira, contratam umas pobres coitadas de um modo geral gente de leste que é do melhor para trabalhar e estar calado, metem num espaço mínimo o máximo de mesas, decoram a coisa de uma forma minimalista, (no mínimo está o máximo) colocam a lista toda em bilingue, dão um nome que fica no ouvido e...voilá, temos restaurante sempre a bombar.
Num belo dia, cheia de curiosidade, resolvo lá ir. Mesa? Espera por uma e não bufes!
Há livro de marcações como aqueles que se vê nas séries americanas e depois do adequadíssimo tempo de espera, aparece então alguém que nos acompanha à nossa mesa.
Vem a lista, com a particularidade acima descrita e passando os olhos por toda ela vemos que os preços não são para o Portugal de hoje, mas como ninguém me obrigou a lá ir...alma até almeida, já dizia a minha avô.
Bem, depois de fazer os pedidos, e tendo sempre o cuidadinho de não pedir nada que me faça ficar depenada para o resto do mês, espero uns tempos vendo o panorama geral e quando vem a comida...bem aí a desilusão começa a assentar os seus arrais, pois se o que vemos é pouco o que comemos é do mais banal e pobrezinho que se pode imaginar.
Nada na comida é inovador, nada faz com que a experiência seja repetível, não há uma centelha de vida e ânimo nos alimentos, tudo é vazio e desinteressante. No fim...bem no fim...é pedir a contona e zarpar dali para fora o mais rapidamente possível.
Que haja gente empreendedora bato palminhas, mas na restauração a inovação do espaço deve (na minha modesta opinião) vir sempre acompanhada da inovação gastronómica e quando esta não existe, então que se faça boa comida e que a mesma venha em consonância com aquilo que se vai pagar no fim. Em muitos desses novos negócios de restauração isso não acontece e é uma pena. Pagamos muito comemos mal e em muitos sítios é-se mal servido.
Muitos deles ficam imediatamente condenados a ver os seus dias contados, outros vão sobrevivendo a custa de conhecimentos vários, típicos de um país muito pequeno e onde quase toda a gente se conhece e os favores são pagos com outros favores.
No fim e a caminho de casa só pensava que o lema de muitos desses negócios é:
"Cria fama e deita-te na cama a dormir", o que não deixa de ser um desconsolo.