Esta é uma das poucas pinturas do artista do barroco JohannesVermeer que chegaram até nós, visto que este realizava muito poucas telas por ano. A cena do interior é muito típica deste pintor, especializado em temas do quotidiano, e representa uma mulher em sua casa, abrindo uma janela com uma mão, enquanto, que com a outra, segura um jarro de água. Este tipo de cenas, aparentemente mundanos, escondia contudo uma profunda simbologia, coisa muito do agrado da sociedade holandesa da época. Aqui, trata-se de uma alegoria a pureza e da virgindade, tal como o jarro de água indica, atributo tradicional de Santa Maria.Como sempre, J.Vermeer situa o foco de luz do lado esquerdo da divisão, que é filtrado, ténue, trespassado através de uma janela. A atmosfera parece petrificar a cena conferindo-lhe um carácter intemporal, próprio da temática tratada.Se repararmos bem, a touca desta mulher, de tão branca e alva, torna.se transparente e bela revelando todo o domínio da cor de Vermeer. Por sua vez o tratamento do jarro de água ou da caixa da costura sobre a mesa de camilha, é uma verdadeira natureza morta, género holandês por excelência.Também o mapa mundi que aparece do lado direito reflecte o gosto burguês do momento.Tal como as marinas e as paisagens este tipo de telas eram as temáticas preferidas para se colocar numa sala.Esta obra, "Mulher com um Jarro de Água" realizada por J.Vermeer em 1662 é um óleo sobre tela e pode ser apreciada no Metropolitan Museum of Art em Nova Iorque.O filme abaixo mostra algumas das obras deste excepcional artista holandês.